Realizado por Chris Nahon
Escrito por Chris Chow, Kenji Kamiyama e Katsuya Terada
Com Gianna Jun, Allison Miller, Liam Cunningham, Koyuki, Yasuaki Kurata
No ano 2000, o ano de passagem ao novo milénio, a animação passava a um outro nível com “Blood: The Last Vampire” a abrir as portas à animação digital. Este anime foi um filme de facto inovador e surpreendente, recebendo mesmo aplausos de realizadores visionários e tão conceituados como James Cameron (realizador de “Aliens”, “The Terminator” ou “Titanic”). Assim sendo, a fechar a primeira década do novo milénio, os produtores de “Crouching Tiger Hidden Dragon” e “Hero” decidiram apostar numa adaptação em imagem real das aventuras de Saya – uma vampira fria e determinada que tem como objectivo de vida eliminar todos os demónios à face da Terra. Ora, aquilo que funciona num anime, não tem necessariamente de funcionar num filme de imagem real e como tantas vezes acontece nestas adaptações, o filme de imagem real fracassa e não consegue chegar aos calcanhares do filme original.
“Blood: The Last Vampire” segue a história da vampira Saya, que trabalha para uma organização secreta e a quem é atribuída a missão de se infiltrar numa escola militar americana no Japão pós-segunda guerra mundial, na tentativa de desmascarar um sangrento demónio que se faz passar por um dos estudantes da escola. Como é óbvio, Saya (Jun) terá de utilizar os seus poderes de vampira para retalhar o demónio em pedaços e ao longo da história, ela deixar-se-á levar pela sua própria obsessão de enfrentar Onigen (Koyuki) – o líder dos demónios – afastando-se assim da sua missão e tornando-se uma guerreira incontrolável e sedenta de sangue.
Escrito por Chris Chow, Kenji Kamiyama e Katsuya Terada
Com Gianna Jun, Allison Miller, Liam Cunningham, Koyuki, Yasuaki Kurata
No ano 2000, o ano de passagem ao novo milénio, a animação passava a um outro nível com “Blood: The Last Vampire” a abrir as portas à animação digital. Este anime foi um filme de facto inovador e surpreendente, recebendo mesmo aplausos de realizadores visionários e tão conceituados como James Cameron (realizador de “Aliens”, “The Terminator” ou “Titanic”). Assim sendo, a fechar a primeira década do novo milénio, os produtores de “Crouching Tiger Hidden Dragon” e “Hero” decidiram apostar numa adaptação em imagem real das aventuras de Saya – uma vampira fria e determinada que tem como objectivo de vida eliminar todos os demónios à face da Terra. Ora, aquilo que funciona num anime, não tem necessariamente de funcionar num filme de imagem real e como tantas vezes acontece nestas adaptações, o filme de imagem real fracassa e não consegue chegar aos calcanhares do filme original.
“Blood: The Last Vampire” segue a história da vampira Saya, que trabalha para uma organização secreta e a quem é atribuída a missão de se infiltrar numa escola militar americana no Japão pós-segunda guerra mundial, na tentativa de desmascarar um sangrento demónio que se faz passar por um dos estudantes da escola. Como é óbvio, Saya (Jun) terá de utilizar os seus poderes de vampira para retalhar o demónio em pedaços e ao longo da história, ela deixar-se-á levar pela sua própria obsessão de enfrentar Onigen (Koyuki) – o líder dos demónios – afastando-se assim da sua missão e tornando-se uma guerreira incontrolável e sedenta de sangue.
Estas adaptações têm sempre de ser encaradas com muito cuidado e doses de planeamento (pré-produção) elevadas, pois a linguagem dos anime difere muito da linguagem de uma longa-metragem de imagem real. Quando se levam à letra os fatos das personagens e as suas habilidades demonstradas no desenho animado, corre-se o risco de perder a noção do realismo e oferecer doses gigantescas de disparate ao filme de imagem real. É um pouco aquilo que acontece neste filme. Toda a preocupação dos produtores foi dirigida para a fidelidade ao anime original. Isso pode ser bom, mas neste caso não é. Os produtores pouco se preocuparam com a construção de um argumento profundo, complexo e credível, sendo que as personagens não convencem ninguém e a relação entre elas é simplesmente inexistente. O filme apresenta doses elevadas de acção e sangue a rodos, o que acaba por atribuir algum ritmo e entretenimento à película. Porém, isso não chega para estarmos perante um filme decente. A acção desenrola-se em piloto automático e no início do filme já sabemos como a história vai acabar. É mesmo assim tão previsível.
Gianna Jun, apesar de esforçada, acaba por ser também um erro de casting. Isto porque a personagem de Saya é bastante complexa, profunda e fria. Exigia-se a procura de uma actriz mais madura, mas os produtores decidiram optar por uma jovem belíssima que ficasse sexy num uniforme escolar japonês. De facto, tenho de concordar que Jun enche o olho e chama a atenção pela sua beleza, mas Saya não tem como principal característica o seu sex-appeal, mas antes a sua dureza e crueldade. Desta forma, Jun nunca consegue ser credível no papel de Saya. O ponto forte do filme acabam por ser as sequências de acção (algumas bem conseguidas e inspiradas), mas nem por isso os efeitos especiais são os melhores. Nota-se que houve falta de dinheiro para conseguir transpor para o ecrã criaturas demoníacas mais credíveis, mas enfim. O oriente não é Hollywood.
Resumindo e concluindo, “Blood: The Last Vampire” acaba por se revelar como um interessante filme de série B, um daqueles prazeres proibidos para ver com os amigos, um daqueles filmes que dão um gozo tremendo de ver mas que todos sabemos que pouca ou nenhuma qualidade possuem.
Gianna Jun, apesar de esforçada, acaba por ser também um erro de casting. Isto porque a personagem de Saya é bastante complexa, profunda e fria. Exigia-se a procura de uma actriz mais madura, mas os produtores decidiram optar por uma jovem belíssima que ficasse sexy num uniforme escolar japonês. De facto, tenho de concordar que Jun enche o olho e chama a atenção pela sua beleza, mas Saya não tem como principal característica o seu sex-appeal, mas antes a sua dureza e crueldade. Desta forma, Jun nunca consegue ser credível no papel de Saya. O ponto forte do filme acabam por ser as sequências de acção (algumas bem conseguidas e inspiradas), mas nem por isso os efeitos especiais são os melhores. Nota-se que houve falta de dinheiro para conseguir transpor para o ecrã criaturas demoníacas mais credíveis, mas enfim. O oriente não é Hollywood.
Resumindo e concluindo, “Blood: The Last Vampire” acaba por se revelar como um interessante filme de série B, um daqueles prazeres proibidos para ver com os amigos, um daqueles filmes que dão um gozo tremendo de ver mas que todos sabemos que pouca ou nenhuma qualidade possuem.
Classificação - 2 Estrelas Em 5
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