Realizado por Neil Marshall
Com Rhona Mitra, Caryn Peterson, Adeola Ariyo, Emma Cleasby
A nova obra cinematográfica de Neil Marshall, “Doomsday”, apresenta-nos uma narrativa apocalíptica que remete o espectador para algumas produções substancialmente idênticas que num passado recente abordaram os limites psicológicos e sociológicos da humanidade através de histórias destrutivas e diálogos violentos. Esta reminiscência temporal afecta claramente a criatividade e originalidade do argumento, ferindo ligeiramente o resultado final desta obra que ainda assim poderá agradar aos espectadores que procurem uma produção altamente irrealista e fictícia que apresente algumas doses de acção alternativa. Em 2008, um novo vírus mortal, conhecido como Reaper Virus, aniquila 90 por cento da população escocesa. Como medida extrema, o Governo junta todos os infectados e aprisiona-os numa única zona de quarentena, bloqueando estradas, pontes e linhas férreas de modo a prevenir a propagação da doença. Trinta anos depois, ainda com a zona sitiada e as vítimas na memória, o vírus reaparece, mais mortífero que nunca. Durante as investigações, são descobertas imagens de satélite onde se constata a existência de sobreviventes na região afectada, o que leva a presumir que existe uma cura. O Governo decide então enviar uma força de elite, dirigida por Eden Sinclair (Rhona Mitra), para a zona de catástrofe com o intuito de estudar o vírus e encontrar uma vacina. Para ela, este regresso é, acima de tudo simbólico, pois foi uma das pessoas resgatadas durante a última evacuação do local, tendo a sua mãe ficado para trás. Na fatídica zona de quarentena, a intrépida equipa chefiada por Sinclair vai encontrar uma comunidade isolada há 30 anos e consciente que foi ali deixada para morrer e que agora vive segundo uma nova organização social.
O argumento aposta numa vertente narrativa muito semelhante à presente em alguns clássicos do género como “Escape From New York” ou “28 Days Later” e “Blindness”, obras recentes mas igualmente semelhantes. Estas aproximações criativas/ideológicas reforçam a previsibilidade da história e a banalidade das mensagens transmitidas mas não afectam o poderio visual e violento desta produção que foi brilhantemente moldada por Neil Marshall. Os negros/desoladores cenários e as explosivas sequências de acção atribuem ao filme uma adrenalina viciante que enaltece as várias cenas de violência gratuita que ocupam uma grande parte do tempo de “Doomsday”. O elenco é composto por alguns actores relativamente conhecidos e habituados a papéis de grande intensidade e violência. Entre os principais rostos do elenco encontramos Rhona Mitra, uma actriz em clara ascensão de popularidade que recentemente assumiu o protagonismo em “Underworld 3: Rise of the Lycans”. Em “Doomsday”, Rhona Mitra volta a presentear-nos com uma prestação razoável e visualmente apelativa. O vilão desta história é satisfatoriamente interpretado por Craig Conway, um actor recorrente nos filmes de Neil Marshall. A insuficiência do argumento não é compensada pela força dos efeitos especiais/visuais mas este aspecto positivo atribui ao filme um pouco de qualidade que poderá satisfazer as necedades de um público específico que aprecie filmes apocalípticos com muita violência e acção mas pouca inovação narrativa.
Com Rhona Mitra, Caryn Peterson, Adeola Ariyo, Emma Cleasby
A nova obra cinematográfica de Neil Marshall, “Doomsday”, apresenta-nos uma narrativa apocalíptica que remete o espectador para algumas produções substancialmente idênticas que num passado recente abordaram os limites psicológicos e sociológicos da humanidade através de histórias destrutivas e diálogos violentos. Esta reminiscência temporal afecta claramente a criatividade e originalidade do argumento, ferindo ligeiramente o resultado final desta obra que ainda assim poderá agradar aos espectadores que procurem uma produção altamente irrealista e fictícia que apresente algumas doses de acção alternativa. Em 2008, um novo vírus mortal, conhecido como Reaper Virus, aniquila 90 por cento da população escocesa. Como medida extrema, o Governo junta todos os infectados e aprisiona-os numa única zona de quarentena, bloqueando estradas, pontes e linhas férreas de modo a prevenir a propagação da doença. Trinta anos depois, ainda com a zona sitiada e as vítimas na memória, o vírus reaparece, mais mortífero que nunca. Durante as investigações, são descobertas imagens de satélite onde se constata a existência de sobreviventes na região afectada, o que leva a presumir que existe uma cura. O Governo decide então enviar uma força de elite, dirigida por Eden Sinclair (Rhona Mitra), para a zona de catástrofe com o intuito de estudar o vírus e encontrar uma vacina. Para ela, este regresso é, acima de tudo simbólico, pois foi uma das pessoas resgatadas durante a última evacuação do local, tendo a sua mãe ficado para trás. Na fatídica zona de quarentena, a intrépida equipa chefiada por Sinclair vai encontrar uma comunidade isolada há 30 anos e consciente que foi ali deixada para morrer e que agora vive segundo uma nova organização social.
O argumento aposta numa vertente narrativa muito semelhante à presente em alguns clássicos do género como “Escape From New York” ou “28 Days Later” e “Blindness”, obras recentes mas igualmente semelhantes. Estas aproximações criativas/ideológicas reforçam a previsibilidade da história e a banalidade das mensagens transmitidas mas não afectam o poderio visual e violento desta produção que foi brilhantemente moldada por Neil Marshall. Os negros/desoladores cenários e as explosivas sequências de acção atribuem ao filme uma adrenalina viciante que enaltece as várias cenas de violência gratuita que ocupam uma grande parte do tempo de “Doomsday”. O elenco é composto por alguns actores relativamente conhecidos e habituados a papéis de grande intensidade e violência. Entre os principais rostos do elenco encontramos Rhona Mitra, uma actriz em clara ascensão de popularidade que recentemente assumiu o protagonismo em “Underworld 3: Rise of the Lycans”. Em “Doomsday”, Rhona Mitra volta a presentear-nos com uma prestação razoável e visualmente apelativa. O vilão desta história é satisfatoriamente interpretado por Craig Conway, um actor recorrente nos filmes de Neil Marshall. A insuficiência do argumento não é compensada pela força dos efeitos especiais/visuais mas este aspecto positivo atribui ao filme um pouco de qualidade que poderá satisfazer as necedades de um público específico que aprecie filmes apocalípticos com muita violência e acção mas pouca inovação narrativa.
Classificação – 2,5 Estrelas Em 5
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