Realizado por Daniel Souza
Com Daniel Souza, Rafael Sousa, José Pedro Pinto, Maria Abrantes
Muitos têm criticado “100 Volta” e parece-me óbvio que essas críticas negativas têm o seu fundamento. Esta produção nacional de cariz amador apresenta-nos um argumento fútil e vazio que é claramente baseado em vários blockbusters norte-americanos, uma realização desprovida de qualquer experiencia, um elenco amador sem grande talento e uma edição perfeitamente ridícula. No entanto, esta produção amadora de baixo orçamento, não consegue ser pior que algumas mega-produções nacionais como “Second Life” ou “Contrato”.
O filme conta-nos a história de Zé Galinha, um agente federal infiltrado que investiga Aduzer, o chefe do crime organizado mundial. Ao aceitar uma encomenda de 32 carros com destino ao Brasil e Israel, Zé Galinha começa a perder a noção dos padrões estabelecidos pela lei. No meio da investigação, rouba acidentalmente o carro do chefe da máfia russa e um programa informático no seu interior. Sousa e Meireles são os dois agentes da Polícia Judiciária que investigam os russos e se envolvem em perseguições de carros a alta velocidade. Não vou perder muito tempo a analisar este “100 Volta” porque parece-me óbvio que não há muito a destacar. Estamos simplesmente perante um filme pouco profissional que aposta tudo num sentimento de adrenalina vazio que deriva de um argumento bastante frágil. A história do filme não faz muito sentido e apresenta vários lapsos na coerência e desenvolvimento do enredo que não prende, em nenhum momento, o espectador. A realização claramente amadora mostrou-se incapaz de incutir um ambiente decente ao filme, todas as cenas estão rodeadas de um pretenso amadorismo que poderia ter sido facilmente disfarçado com algum talento e imaginação. Os aspectos técnicos como a banda sonora e a fotografia são praticamente inexistentes e o elenco oferece-nos uma prestação abaixo do medíocre que não convence ninguém.
Apesar de não encontrar nenhum aspecto positivo no filme, tenho que atribuir algum crédito aos criadores de “100 Volta” por terem conseguido desenvolver e montar uma longa-metragem com tão poucos recursos. Dito isto, estranha-me que uma obra tão pobre como esta tenha conseguido estrear em mais salas de cinema que “A Corte do Norte”, um filme português que nos representou no Festival de Cinema de Nova York. Esta situação é perfeitamente ridícula e demonstra na perfeição as prioridades do cinema português que prefere apostar em filmes fracos em detrimento de grandes obras nacionais que brilham no estrangeiro. Enquanto as mentalidades não forem alteradas, não podemos esperar que as grandes obras cinematográficas nacionais atinjam melhores resultados no estrangeiro. Entre o ICA (Instituto do Cinema e do Audiovisual) e as diferentes distribuidoras e estúdios nacionais, é difícil encontrar um culpado evidente para estes estranhos fenómenos cada vez mais frequentes mas acredito que todos contribuíram à sua medida. É claro que a estas figuras podem-se juntar outras mais secundárias que infelizmente também contribuem para a crescente desacreditação do cinema português.
Com Daniel Souza, Rafael Sousa, José Pedro Pinto, Maria Abrantes
Muitos têm criticado “100 Volta” e parece-me óbvio que essas críticas negativas têm o seu fundamento. Esta produção nacional de cariz amador apresenta-nos um argumento fútil e vazio que é claramente baseado em vários blockbusters norte-americanos, uma realização desprovida de qualquer experiencia, um elenco amador sem grande talento e uma edição perfeitamente ridícula. No entanto, esta produção amadora de baixo orçamento, não consegue ser pior que algumas mega-produções nacionais como “Second Life” ou “Contrato”.
O filme conta-nos a história de Zé Galinha, um agente federal infiltrado que investiga Aduzer, o chefe do crime organizado mundial. Ao aceitar uma encomenda de 32 carros com destino ao Brasil e Israel, Zé Galinha começa a perder a noção dos padrões estabelecidos pela lei. No meio da investigação, rouba acidentalmente o carro do chefe da máfia russa e um programa informático no seu interior. Sousa e Meireles são os dois agentes da Polícia Judiciária que investigam os russos e se envolvem em perseguições de carros a alta velocidade. Não vou perder muito tempo a analisar este “100 Volta” porque parece-me óbvio que não há muito a destacar. Estamos simplesmente perante um filme pouco profissional que aposta tudo num sentimento de adrenalina vazio que deriva de um argumento bastante frágil. A história do filme não faz muito sentido e apresenta vários lapsos na coerência e desenvolvimento do enredo que não prende, em nenhum momento, o espectador. A realização claramente amadora mostrou-se incapaz de incutir um ambiente decente ao filme, todas as cenas estão rodeadas de um pretenso amadorismo que poderia ter sido facilmente disfarçado com algum talento e imaginação. Os aspectos técnicos como a banda sonora e a fotografia são praticamente inexistentes e o elenco oferece-nos uma prestação abaixo do medíocre que não convence ninguém.
Apesar de não encontrar nenhum aspecto positivo no filme, tenho que atribuir algum crédito aos criadores de “100 Volta” por terem conseguido desenvolver e montar uma longa-metragem com tão poucos recursos. Dito isto, estranha-me que uma obra tão pobre como esta tenha conseguido estrear em mais salas de cinema que “A Corte do Norte”, um filme português que nos representou no Festival de Cinema de Nova York. Esta situação é perfeitamente ridícula e demonstra na perfeição as prioridades do cinema português que prefere apostar em filmes fracos em detrimento de grandes obras nacionais que brilham no estrangeiro. Enquanto as mentalidades não forem alteradas, não podemos esperar que as grandes obras cinematográficas nacionais atinjam melhores resultados no estrangeiro. Entre o ICA (Instituto do Cinema e do Audiovisual) e as diferentes distribuidoras e estúdios nacionais, é difícil encontrar um culpado evidente para estes estranhos fenómenos cada vez mais frequentes mas acredito que todos contribuíram à sua medida. É claro que a estas figuras podem-se juntar outras mais secundárias que infelizmente também contribuem para a crescente desacreditação do cinema português.
Classificação - 0,5 Estrela Em 5
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