Realizado por Danny Boyle
Com Mia Drake, Imran Hasnee, Anil Kapoor
Com 5 Critics´ Choice Awards e 4 galardões atribuídos pela imprensa estrangeira dos E.U.A, aconteça o que acontecer na noite dos Óscares é seguro dizer que estamos já perante um dos filmes do ano. Danny Boyle mantém o seu estilo habitual, com acção permanente, complementada por uma montagem que vem enriquecer ainda mais esse ritmo (concretizada por um relativamente desconhecido Chris Dickens), uma banda sonora igualmente frenética que conta com nomes como M.I.A (criada por um conhecido compositor de Bollywood, já galardoada tanto nos Golden Globes como nos Critics´ Choice Awards) e um argumento simultaneamente criativo e aliciante para o espectador (brilhante adaptação do romance indiano “Q & A” por Simon Beaufoy), que aguarda ansioso o desenrolar das aventuras e desventuras de Jamal Malik.
A Índia é o pano de fundo que envolve toda a trama. É quase palpável o ar pesado, quente, carregado de aromas e cores, o quotidiano de uma das grandes potências mundiais tanto demográfica como económica e cinematográfica. Bollywood é constantemente citada e celebrada, culminando nos créditos finais já completamente embrenhados nesse espírito de celebração, dança, alegria que tão frequentemente associamos ao cinema daquela zona do Mundo.
Tudo começa “in media res”, como qualquer bom filme capaz de manter o público bem preso no seu lugar, e as respostas (literalmente) vão surgindo ao mesmo tempo que o passado de Jamal nos é revelado, assim como o segredo para o facto de um miúdo de um bairro de lata, auxiliar numa empresa de telemarketing de Mombai, estar a uma pergunta de vencer o “Quem quer ser Milionário”. O artifício que torna a acção mais fluida é facto de o argumento mesclar sem mácula aventura (a fazer lembrar a espaços “Cidade de Deus”), romance e suspense, num “melting pot” irresistível aos sentidos, a que com certeza não são alheios os inúmeros prémios do público com que esta película tem sido agraciada em quase todos os festivais por onde passa (a lista é interminável: Austin, Chicago, Toronto etc.). É um dos raros exemplos dos últimos anos em que público e crítica especializada são unânimes na atribuição de elogios. E a noite dos Óscares, havendo nomeações que confirmem o favoritismo, vai ser apenas mais uma prova dessa consensualidade, tendo em conta a concorrência até agora pouco à altura. Vejam e digam de vossa justiça.
Escrito e Enviado por Devil Advocate
Com Mia Drake, Imran Hasnee, Anil Kapoor
Com 5 Critics´ Choice Awards e 4 galardões atribuídos pela imprensa estrangeira dos E.U.A, aconteça o que acontecer na noite dos Óscares é seguro dizer que estamos já perante um dos filmes do ano. Danny Boyle mantém o seu estilo habitual, com acção permanente, complementada por uma montagem que vem enriquecer ainda mais esse ritmo (concretizada por um relativamente desconhecido Chris Dickens), uma banda sonora igualmente frenética que conta com nomes como M.I.A (criada por um conhecido compositor de Bollywood, já galardoada tanto nos Golden Globes como nos Critics´ Choice Awards) e um argumento simultaneamente criativo e aliciante para o espectador (brilhante adaptação do romance indiano “Q & A” por Simon Beaufoy), que aguarda ansioso o desenrolar das aventuras e desventuras de Jamal Malik.
A Índia é o pano de fundo que envolve toda a trama. É quase palpável o ar pesado, quente, carregado de aromas e cores, o quotidiano de uma das grandes potências mundiais tanto demográfica como económica e cinematográfica. Bollywood é constantemente citada e celebrada, culminando nos créditos finais já completamente embrenhados nesse espírito de celebração, dança, alegria que tão frequentemente associamos ao cinema daquela zona do Mundo.
Tudo começa “in media res”, como qualquer bom filme capaz de manter o público bem preso no seu lugar, e as respostas (literalmente) vão surgindo ao mesmo tempo que o passado de Jamal nos é revelado, assim como o segredo para o facto de um miúdo de um bairro de lata, auxiliar numa empresa de telemarketing de Mombai, estar a uma pergunta de vencer o “Quem quer ser Milionário”. O artifício que torna a acção mais fluida é facto de o argumento mesclar sem mácula aventura (a fazer lembrar a espaços “Cidade de Deus”), romance e suspense, num “melting pot” irresistível aos sentidos, a que com certeza não são alheios os inúmeros prémios do público com que esta película tem sido agraciada em quase todos os festivais por onde passa (a lista é interminável: Austin, Chicago, Toronto etc.). É um dos raros exemplos dos últimos anos em que público e crítica especializada são unânimes na atribuição de elogios. E a noite dos Óscares, havendo nomeações que confirmem o favoritismo, vai ser apenas mais uma prova dessa consensualidade, tendo em conta a concorrência até agora pouco à altura. Vejam e digam de vossa justiça.
Escrito e Enviado por Devil Advocate
2ª Crítica - AQUI
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