Maçadora, pesada e cansativa são os adjectivos que me ocorrem para descrever esta obra de Gabrielle Muccino. O enredo gira em torno de Ben Thomas (Will Smith), um homem que se faz passar junto de sete pessoas, cuja vida se encontra num ponto de viragem, por empregado das Finanças que de algum modo as ajuda a fim de se redimir, até que uma dessas pessoas, Emily Posa (Rosario Dawson), acaba por o conquistar emocionalmente. Culpa e expiação são portanto as palavras-chave do filme a um ponto que nos faz lembrar o próprio sacrifício de Jesus Cristo na cruz.
Ora este é tema é tremendamente pesado e o modo como é tratado, numa narração lenta, triste, melancólica, cheia de sofrimento mesmo nos poucos momentos mais alegres do filme, em nada contribui para nos dar um ponto de vista diferente sobre o tema. O filme vale pelo final surpreendente, sem dúvida, mas não consegui deixar de pensar que em nada me enriqueceu assistir a tal espectáculo. As interpretações de Will Smith, de Rosario Dawson e Woody Harrelson são correctas e conseguem sustentar a narrativa. Mas como já disse a soturnidade de todo o ambiente criado sem que haja uma qualquer finalidade visível assim como o facto dos elementos que compõe a narrativa só nos serem gradualmente revelados fazem do filme uma história curiosa, contada de um forma eventualmente curiosa mas completamente inverosímil e desnecessária.
Para o realizador esta história merecia ser contada porque “é uma viagem misteriosa que é ela própria uma declaração de amor”, uma “busca de sentido para a vida” muito pertinente nos nossos tempos. Tudo isto talvez seja verdade mas, fora o final que, como já referi, nos consegue apanhar completamente desprevenidos não me parece que a obra consiga chegar a nenhuma reflexão que possamos utilizar para as nossas vidas como Muccino pretende.
Classificação - 2,5 Estrelas Em 5
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