Com Jürgen Vogel, Frederick Lau, Jennifer Ulrich, Max Riemelt
Com tanta oferta cinematográfica de maior ou menor qualidade, existem sempre aqueles pequenos objectos de culto que fazem a diferença. "Die Welle" é desses objectos e se tivesse direito a uma maior projecção seria um daqueles filmes que faria concorrência a muitos blockbusters. O filme é baseado em factos reais, numa experiência chamada "The Third Wave" onde o professor Ron Jones questionou os seus alunos da génese de um movimento como o nazismo. No filme a discussão é a mesma sendo que a questão que se coloca : Será possível viver uma nova ditadura na Alemanha? Inserida num projecto de uma semana, o professor incute-lhes alguns princípios adoptados pelo regime como a importância de unicidade num grupo, a utilização de uniformes, uma postura correcta e ordenada. O certo é que os alunos começam a adoptar essa postura e começam a aceitar e interiorizar esses mesmos conceitos e como uma mancha o projecto começa a ganhar novos adeptos chegando a proporções que levam a um clímax dramático. Tecnicamente o filme não é nenhuma obra prima, as actuações do elenco jovem estão seguras e não desiludem. Podíamos estar perante um objecto menor do calibre de "Morangos com Açúcar" mas não é o caso, se bem que inevitavelmente existem alguns clichés próprios de este género de filmes (o caso mais recente Twilight), "A Onda" preocupa-se mais em transmitir a sua mensagem e fá-lo de forma natural sem nunca o tornar forçado.
A única crítica de maior que reitero é relativamente ao final. Sem querer dar qualquer tipo de "spoilers" e sem conhecer a veracidade dos factos é inegável que se obtém a resposta à questão principal do filme, porém a mensagem que esse final transmite pode levar a outras interpretações algo falaciosas e erráticas, isto porque a percepção com que se fica é que o filme atinge o seu clímax dramático final por força de argumento, sendo que a verdade ficcional impera sobre a realidade num opus de dramatismo e de tragédia algo exagerado, mas eficaz em termos de impacto em públicos mais susceptíveis. Numa sociedade cada vez mais ambivalente em termos de valores culturais, isentos de qualquer tipo de ordenação e cada vez mais descaracterizadas, basta uma pessoa com carisma suficiente a oferecer um sentido de ordem, unidade e identidade a um grupo, que facilmente moverá massas. Crítico sem nunca cair no burlesco " A Onda" é um pequeno grande filme a ser descoberto antes que se desvaneça no oceano de oferta cinematográfica que aí vem!
A única crítica de maior que reitero é relativamente ao final. Sem querer dar qualquer tipo de "spoilers" e sem conhecer a veracidade dos factos é inegável que se obtém a resposta à questão principal do filme, porém a mensagem que esse final transmite pode levar a outras interpretações algo falaciosas e erráticas, isto porque a percepção com que se fica é que o filme atinge o seu clímax dramático final por força de argumento, sendo que a verdade ficcional impera sobre a realidade num opus de dramatismo e de tragédia algo exagerado, mas eficaz em termos de impacto em públicos mais susceptíveis. Numa sociedade cada vez mais ambivalente em termos de valores culturais, isentos de qualquer tipo de ordenação e cada vez mais descaracterizadas, basta uma pessoa com carisma suficiente a oferecer um sentido de ordem, unidade e identidade a um grupo, que facilmente moverá massas. Crítico sem nunca cair no burlesco " A Onda" é um pequeno grande filme a ser descoberto antes que se desvaneça no oceano de oferta cinematográfica que aí vem!
Classificação - 3,5 Estrelas Em 5
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