Realizado por Oxide Pang Chun e Danny Pang
Com Nicolas Cage, James With, Charlie Yeung, Philip Waley
Em 1999 os irmãos Pang lançaram na Ásia a versão original de “Bangkok Dangerous”, um razoável filme de acção que alcançou um sucesso moderado junto do público asiático. Em 2008, os irmãos Pang decidiram criar uma versão mais comercial dessa sua obra de 99, na esperança de finalmente conseguirem apresentar um filme que agradasse e surpreendesse o publico norte-americano. Essa intenção acabou por não se concretizar já que esta versão americanizada de “Bangkok Dangerous” apresenta uma qualidade incrivelmente pobre em todos os aspectos. Neste remake de “Bangkok Dangerous”, Nicolas Cage dá vida a Joe, um assassino profissional sem escrúpulos que é contratado para viajar até a Tailândia e executar quatro inimigos de Surat, um perigoso líder mafioso conhecido pela sua crueldade. Em Banguecoque, Joe contrata um pequeno carteirista chamado Kong como intermediário, de forma a não deixar nenhuma pista e nenhum rasto que o comprometa a si e à sua missão. No entanto, mesmo sendo um solitário, Joe acaba por desenvolver uma relação de amizade com o rapaz, tornando-se no seu mentor e melhor amigo. À medida que se deixa seduzir pela beleza inebriante de Banguecoque, ao ponto de questionar o seu modo de vida e a sua existência, Joe baixa perigosamente a guarda e esta sua imprudência pode custar-lhe a vida.
O argumento desta nova versão de “Bangkok Dangerous” apresenta uma história de fundo semelhante à da versão original, no entanto a forma como essa história é desenvolvida marca a diferença de qualidade entre os dois filmes. Neste caso, o argumento exageradamente comercial e irreal pauta este remake com inúmeros clichés do género e várias situações incompreensíveis que roçam o ridículo. O caso mais flagrante desses crassos erros narrativos é a personagem Fon (Charlie Yeung), uma surda-muda tailandesa que caracteriza a submissão das mulheres asiáticas e que desempenha uma profissão que claramente não pode ser exercida por incapacitados auditivos. Se a construção desta personagem não é a das melhores, pior fica quando se envolve romanticamente com o protagonista, iniciando uma série de cenas românticas dispensáveis e de claro mau gosto. Outro problema deste argumento é a má construção de diálogos e monólogos, estes em vez de elucidarem o espectador, confundem-no ainda mais ao dar informações desnecessárias e pouco desenvolvidas que em nada ajudam a clarificar a história do filme.
A realização dos irmãos Pang também não é das melhores. As cenas de acção são enfadonhas e pouco originais, os cenários são demasiado pesados e melancólicos e as cenas dramáticas foram muito mal aproveitadas. Em termos técnicos, tenho também que dar nota negativa à fotografia e à banda sonora, a primeira nunca conseguiu captar de forma clara a beleza da capital tailandesa, já a segunda passa completamente despercebida ao longo do filme. Outro grande problema do filme é Nicolas Cage, um actor que já a algum tempo não consegue apresentar uma performance digna do seu nome. Longe vão os tempos em que Cage era cabeça de cartaz de grandes blockbusters ou de grandes filmes dramáticos, actualmente limita-se a mostrar a sua má forma em filmes medíocres que passam ao lado do espectador. Em “Bangkok Dangerous”, Cage fez o mesmo que em “Ghostrider”, assumiu de forma deplorável o papel principal dum projecto fraco e claramente condenado ao insucesso comercial. Neste caso específico, nunca conseguiu encarnar de forma realista e convincente o assassino profissional Joe, cometendo erros de expressão em praticamente todas as cenas importantes. O elenco secundário iguala Cage na mediocridade com que dão vida às personagens secundárias do filme.
Em suma, este remake americanizado de “Bangkok Dangerous” não apresenta qualquer ponto positivo. Os irmãos Pang mancharam a sua obra original e a sua carreira ao terem apostado num filme que nunca deu sinais de qualidade. A carreira de Nicolas Cage também sofreu (mais) um grave golpe, este actor precisa rapidamente de um bom papel ou arrisca-se a cair no esquecimento e no desemprego.
Com Nicolas Cage, James With, Charlie Yeung, Philip Waley
Em 1999 os irmãos Pang lançaram na Ásia a versão original de “Bangkok Dangerous”, um razoável filme de acção que alcançou um sucesso moderado junto do público asiático. Em 2008, os irmãos Pang decidiram criar uma versão mais comercial dessa sua obra de 99, na esperança de finalmente conseguirem apresentar um filme que agradasse e surpreendesse o publico norte-americano. Essa intenção acabou por não se concretizar já que esta versão americanizada de “Bangkok Dangerous” apresenta uma qualidade incrivelmente pobre em todos os aspectos. Neste remake de “Bangkok Dangerous”, Nicolas Cage dá vida a Joe, um assassino profissional sem escrúpulos que é contratado para viajar até a Tailândia e executar quatro inimigos de Surat, um perigoso líder mafioso conhecido pela sua crueldade. Em Banguecoque, Joe contrata um pequeno carteirista chamado Kong como intermediário, de forma a não deixar nenhuma pista e nenhum rasto que o comprometa a si e à sua missão. No entanto, mesmo sendo um solitário, Joe acaba por desenvolver uma relação de amizade com o rapaz, tornando-se no seu mentor e melhor amigo. À medida que se deixa seduzir pela beleza inebriante de Banguecoque, ao ponto de questionar o seu modo de vida e a sua existência, Joe baixa perigosamente a guarda e esta sua imprudência pode custar-lhe a vida.
O argumento desta nova versão de “Bangkok Dangerous” apresenta uma história de fundo semelhante à da versão original, no entanto a forma como essa história é desenvolvida marca a diferença de qualidade entre os dois filmes. Neste caso, o argumento exageradamente comercial e irreal pauta este remake com inúmeros clichés do género e várias situações incompreensíveis que roçam o ridículo. O caso mais flagrante desses crassos erros narrativos é a personagem Fon (Charlie Yeung), uma surda-muda tailandesa que caracteriza a submissão das mulheres asiáticas e que desempenha uma profissão que claramente não pode ser exercida por incapacitados auditivos. Se a construção desta personagem não é a das melhores, pior fica quando se envolve romanticamente com o protagonista, iniciando uma série de cenas românticas dispensáveis e de claro mau gosto. Outro problema deste argumento é a má construção de diálogos e monólogos, estes em vez de elucidarem o espectador, confundem-no ainda mais ao dar informações desnecessárias e pouco desenvolvidas que em nada ajudam a clarificar a história do filme.
A realização dos irmãos Pang também não é das melhores. As cenas de acção são enfadonhas e pouco originais, os cenários são demasiado pesados e melancólicos e as cenas dramáticas foram muito mal aproveitadas. Em termos técnicos, tenho também que dar nota negativa à fotografia e à banda sonora, a primeira nunca conseguiu captar de forma clara a beleza da capital tailandesa, já a segunda passa completamente despercebida ao longo do filme. Outro grande problema do filme é Nicolas Cage, um actor que já a algum tempo não consegue apresentar uma performance digna do seu nome. Longe vão os tempos em que Cage era cabeça de cartaz de grandes blockbusters ou de grandes filmes dramáticos, actualmente limita-se a mostrar a sua má forma em filmes medíocres que passam ao lado do espectador. Em “Bangkok Dangerous”, Cage fez o mesmo que em “Ghostrider”, assumiu de forma deplorável o papel principal dum projecto fraco e claramente condenado ao insucesso comercial. Neste caso específico, nunca conseguiu encarnar de forma realista e convincente o assassino profissional Joe, cometendo erros de expressão em praticamente todas as cenas importantes. O elenco secundário iguala Cage na mediocridade com que dão vida às personagens secundárias do filme.
Em suma, este remake americanizado de “Bangkok Dangerous” não apresenta qualquer ponto positivo. Os irmãos Pang mancharam a sua obra original e a sua carreira ao terem apostado num filme que nunca deu sinais de qualidade. A carreira de Nicolas Cage também sofreu (mais) um grave golpe, este actor precisa rapidamente de um bom papel ou arrisca-se a cair no esquecimento e no desemprego.
Classificação - 1 Estrela Em 5
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