Realizado por D.J. Caruso
Com Shia LaBeouf, Michelle Monaghan, Rosario Dawson, Michael Chiklis
Um ano depois de ter lançado nos cinemas o medíocre “Disturbia”, o cineasta D.J Caruso volta-nos a presentear com mais uma obra cinematográfica de fraca qualidade que deixa muito a desejar nos campos do argumento e da realização. “Eagle Eye” é um produto meramente comercial que aposta praticamente tudo nas suas visualmente atractivas cenas de acção, no entanto, estas não chegam para esconder as claras debilidades de um argumento bastante confuso e de uma realização claramente incapaz. A história do filme é protagonizada por Jerry Shaw (Shia LaBeouf) e Rachel Holloman (Michelle Monaghan), dois desconhecidos que se cruzam por causa de um estranho telefonema feito por uma misteriosa mulher. Ameaçando a sua vida e a das suas famílias, essa estranha mulher manipula-os de forma a coloca-los numa série de situações crescentemente perigosas usando a tecnologia do dia-a-dia para rastrear e controlar todos os seus movimentos. Sem saberem qual a finalidade das suas missões, Rachel e Jerry vão ter que trabalhar em conjunto para completar e sobreviver às suas complicadas tarefas.
Grande parte do filme é composto por cenas de acção que habitualmente pautam este tipo de obras norte- americanas, falo claro está das habituais perseguições e cenas de luta sempre recheadas por barulhentas e coloridas explosões que se sucedem no tempo e no espaço. Estas cenas de acção são agraciadas por vários efeitos visuais/especiais que inevitavelmente chamam à atenção do público, contudo por debaixo da apelativa camada visual das cenas não encontramos mais nenhum aspecto valorativo. Tanto as perseguições como as cenas de luta pecam pela falta de adrenalina e emoção, a sua excessiva simplicidade de conteúdo também vem claramente prejudicar o resultado final que de positivo apenas se resume à superficialidade visual dos efeitos computorizados. O argumento também não apresenta grande qualidade, a história do filme parte de um conceito que chama a atenção para a perigosidade da tecnologia e para o excessivo poder que os humanos lhe conferem, uma ideia bastante interessante que já foi utilizada em alguns êxitos comerciais do passado. No entanto, a equipa criativa que redigiu o argumento de “Eagle Eye” não soube lidar da melhor maneira com a complexidade intelectual e amplamente criativa deste conceito e acabou por criar uma história demasiado confusa que se perde nos seus próprios erros de coerência e lógica. Entre os muitos erros e lapsos que o enredo apresenta, o mais inexplicável acaba por ser a razão que desponta os acontecimentos que movem toda a trama do filme, afinal de contas para que é que uma entidade computorizada amplamente inteligente e com acesso global ilimitado precisa de dois simples e aborrecidos seres humanos para completar a sua missão?
O elenco tem em Shia LaBeouf o seu principal atractivo. É certo que este jovem actor ainda precisa de mostrar o seu real valor num filme que puxe pelas suas capacidades artísticas já que até hoje todos os seus grandes papéis estiveram enquadrados em filmes de acção/aventura que por norma nunca realçam o verdadeiro valor artístico dos seus protagonistas. Em “Eagle Eye”, LaBeouf assina uma boa performance bem dentro do nível que já nos habituou. Michelle Monaghan apresenta uma performance bastante apagada e medíocre que nunca desperta a atenção do público para a sua personagem supostamente principal. O elenco secundário é claramente desaproveitado pelo próprio argumento do filme que não conseguiu criar personagens secundárias minimamente completas e interessantes que fossem qualitativamente representadas por nomes como Rosario Dawson e Billy Bob Thornton. Em suma, “Eagle Eye” é um filme de acção visualmente estimulante à primeira vista mas bastante vazio em conteúdo e bastante pobre em aspectos de qualidade.
Com Shia LaBeouf, Michelle Monaghan, Rosario Dawson, Michael Chiklis
Um ano depois de ter lançado nos cinemas o medíocre “Disturbia”, o cineasta D.J Caruso volta-nos a presentear com mais uma obra cinematográfica de fraca qualidade que deixa muito a desejar nos campos do argumento e da realização. “Eagle Eye” é um produto meramente comercial que aposta praticamente tudo nas suas visualmente atractivas cenas de acção, no entanto, estas não chegam para esconder as claras debilidades de um argumento bastante confuso e de uma realização claramente incapaz. A história do filme é protagonizada por Jerry Shaw (Shia LaBeouf) e Rachel Holloman (Michelle Monaghan), dois desconhecidos que se cruzam por causa de um estranho telefonema feito por uma misteriosa mulher. Ameaçando a sua vida e a das suas famílias, essa estranha mulher manipula-os de forma a coloca-los numa série de situações crescentemente perigosas usando a tecnologia do dia-a-dia para rastrear e controlar todos os seus movimentos. Sem saberem qual a finalidade das suas missões, Rachel e Jerry vão ter que trabalhar em conjunto para completar e sobreviver às suas complicadas tarefas.
Grande parte do filme é composto por cenas de acção que habitualmente pautam este tipo de obras norte- americanas, falo claro está das habituais perseguições e cenas de luta sempre recheadas por barulhentas e coloridas explosões que se sucedem no tempo e no espaço. Estas cenas de acção são agraciadas por vários efeitos visuais/especiais que inevitavelmente chamam à atenção do público, contudo por debaixo da apelativa camada visual das cenas não encontramos mais nenhum aspecto valorativo. Tanto as perseguições como as cenas de luta pecam pela falta de adrenalina e emoção, a sua excessiva simplicidade de conteúdo também vem claramente prejudicar o resultado final que de positivo apenas se resume à superficialidade visual dos efeitos computorizados. O argumento também não apresenta grande qualidade, a história do filme parte de um conceito que chama a atenção para a perigosidade da tecnologia e para o excessivo poder que os humanos lhe conferem, uma ideia bastante interessante que já foi utilizada em alguns êxitos comerciais do passado. No entanto, a equipa criativa que redigiu o argumento de “Eagle Eye” não soube lidar da melhor maneira com a complexidade intelectual e amplamente criativa deste conceito e acabou por criar uma história demasiado confusa que se perde nos seus próprios erros de coerência e lógica. Entre os muitos erros e lapsos que o enredo apresenta, o mais inexplicável acaba por ser a razão que desponta os acontecimentos que movem toda a trama do filme, afinal de contas para que é que uma entidade computorizada amplamente inteligente e com acesso global ilimitado precisa de dois simples e aborrecidos seres humanos para completar a sua missão?
O elenco tem em Shia LaBeouf o seu principal atractivo. É certo que este jovem actor ainda precisa de mostrar o seu real valor num filme que puxe pelas suas capacidades artísticas já que até hoje todos os seus grandes papéis estiveram enquadrados em filmes de acção/aventura que por norma nunca realçam o verdadeiro valor artístico dos seus protagonistas. Em “Eagle Eye”, LaBeouf assina uma boa performance bem dentro do nível que já nos habituou. Michelle Monaghan apresenta uma performance bastante apagada e medíocre que nunca desperta a atenção do público para a sua personagem supostamente principal. O elenco secundário é claramente desaproveitado pelo próprio argumento do filme que não conseguiu criar personagens secundárias minimamente completas e interessantes que fossem qualitativamente representadas por nomes como Rosario Dawson e Billy Bob Thornton. Em suma, “Eagle Eye” é um filme de acção visualmente estimulante à primeira vista mas bastante vazio em conteúdo e bastante pobre em aspectos de qualidade.
Classificação - 2 Estrelas Em 5
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