Realizado por Peter Berg
Com Will Smith, Charlize Theron, Jason Bateman, Jae Head, Eddie Marsan
Os super-heróis sempre foram idealizados como sendo os perfeitos exemplos da humanidade e da sociedade, no entanto, chega-nos agora às salas de cinema “Hancock”, um filme que nos apresenta uma personagem que vem contradizer esses idealismos predefinidos e que consagra o termo anti-heroi. Hancock (Will Smith) é um super-herói fora do normal porque é conflituoso, sarcástico e incompreendido, as suas acções são sempre bem intencionadas e apesar de salvar inúmeras vidas deixa sempre um rasto do seu “trabalho”. Os cidadãos de Los Angeles começam a ficar fartos deste herói e começam a exigir que este rebelde seja punido pelos estragos que causa. Hancock não é um homem que se preocupa muito com o que as pessoas pensam mas isto muda quando ele salva a vida do Relações Públicas Ray Embrey (Jason Bateman) e começa a perceber que também ele pode ter um lado vulnerável. Hancock também terá que lidar com a tensão romântica que se estabelece entre ele e a mulher de Ray, Mary (Charlize Theron), uma personagem que será fundamental para a sua recuperação mediática e psicológica até porque ela é a chave para Hancock compreender melhor o seu passado.
O filme funciona como uma espécie de crítica ao status que os super-heróis detêm no mundo do entretenimento, sendo sempre vistos como seres perfeitos que só praticam boas acções com o melhor comportamento possível. “Hancock” coloca uma nova situação em cima da mesa - E se um super-herói salvasse o mundo mas agisse como um idiota, seria na mesma respeitado e adorado por todos? Hancock, brilhantemente interpretado por Will Smith, tem super-poderes sobre-humanos mas uma personalidade bem humana, ou seja, bebe em demasia e não se preocupa com o seu vocabulário nem com a forma como aborda as pessoas, ele adopta uma postura em que não se preocupa com o que o mundo pensa e à luz desta terrível personalidade não tem os tradicionais fãs, não é respeitado pelos mais novos e metade da cidade de Los Angeles quer processa-lo ou vê-lo na prisão. Esta visão de um anti-heroi, abordada pelo argumento do filme, não deixa de ser inovadora, caindo muito bem numa época onde cada vez mais os típicos heróis da Marvel têm o seu próprio filme, contudo esta interessantíssima ideia acaba por não ter o aproveitamento devido, sendo pobremente executada por um argumento que apresenta demasiadas falhas, algo que leva o filme por um caminho confuso e saturante.
“Hancock” até começa bem, apresentado de forma clara a sua personagem principal, no entanto, à medida que o filme se desenvolve e Hancock começa a amolecer, o filme vai perdendo interesse. No início a personalidade aguerrida e conturbada do nosso anti-herói permite cenas de elevado teor cómico que nos fazem perceber de forma clara a sátira montada à imagem superficial de um super-herói, no entanto, à medida que Hancock começa a perder a sua rebeldia, a história começa a entrar numa espiral descendente e o drama e o romance começam a tomar conta do filme, estragando assim por completo o ambiente criado nas primeiras cenas. O argumento falha em contrabalançar a acção e diversão do início com o drama e tensão do desenvolvimento, criando assim um filme emocionalmente incoerente com um final verdadeiramente confuso e bastante aparvalhado. Outro aspecto negativo do filme é o vilão. Todos os heróis sendo super ou anti precisam de um vilão à sua altura, é certo que no inicio do filme, Hancock é o seu próprio inimigo, no entanto, com o desenrolar da história essa posição é ocupada por Red (Eddie Marsan) que é certamente um dos vilões mais fracos de sempre já que não intimida nem convence ninguém. Red é o resultado de uma má construção de uma personagem malévola que é "acompanhada" por um péssimo desempenho do actor em causa. Devido à natureza de Hancock, poder-se-ia ter levado o vilão muito mais longe e por um caminho completamente diferente.
Will Smith é a estrela do filme e do elenco, assim sendo, estamos perante mais um bom papel de Smith que tem vindo a impressionar Hollywood com as suas performances praticamente imaculadas mas em “Hancock” o nível apresentado não foi o mesmo de “I Am Legend” contudo isso seria pedir demasiado, as circunstâncias são outras e “Hancock” é claramente um filme menos exigente e mais comercial. “Hancock” poderia ter oferecido muito mais com a boa ideia que orienta o seu argumento mas a verdade é que a sua história acaba por resultar numa confusão de sentimentos e emoções. Salvam-se os momentos de humor e a intenção de criar uma sátira aos filmes tradicionais de super-heróis. Infelizmente, “Hancock” não funcionou como filme de acção/aventura.
Com Will Smith, Charlize Theron, Jason Bateman, Jae Head, Eddie Marsan
Os super-heróis sempre foram idealizados como sendo os perfeitos exemplos da humanidade e da sociedade, no entanto, chega-nos agora às salas de cinema “Hancock”, um filme que nos apresenta uma personagem que vem contradizer esses idealismos predefinidos e que consagra o termo anti-heroi. Hancock (Will Smith) é um super-herói fora do normal porque é conflituoso, sarcástico e incompreendido, as suas acções são sempre bem intencionadas e apesar de salvar inúmeras vidas deixa sempre um rasto do seu “trabalho”. Os cidadãos de Los Angeles começam a ficar fartos deste herói e começam a exigir que este rebelde seja punido pelos estragos que causa. Hancock não é um homem que se preocupa muito com o que as pessoas pensam mas isto muda quando ele salva a vida do Relações Públicas Ray Embrey (Jason Bateman) e começa a perceber que também ele pode ter um lado vulnerável. Hancock também terá que lidar com a tensão romântica que se estabelece entre ele e a mulher de Ray, Mary (Charlize Theron), uma personagem que será fundamental para a sua recuperação mediática e psicológica até porque ela é a chave para Hancock compreender melhor o seu passado.
O filme funciona como uma espécie de crítica ao status que os super-heróis detêm no mundo do entretenimento, sendo sempre vistos como seres perfeitos que só praticam boas acções com o melhor comportamento possível. “Hancock” coloca uma nova situação em cima da mesa - E se um super-herói salvasse o mundo mas agisse como um idiota, seria na mesma respeitado e adorado por todos? Hancock, brilhantemente interpretado por Will Smith, tem super-poderes sobre-humanos mas uma personalidade bem humana, ou seja, bebe em demasia e não se preocupa com o seu vocabulário nem com a forma como aborda as pessoas, ele adopta uma postura em que não se preocupa com o que o mundo pensa e à luz desta terrível personalidade não tem os tradicionais fãs, não é respeitado pelos mais novos e metade da cidade de Los Angeles quer processa-lo ou vê-lo na prisão. Esta visão de um anti-heroi, abordada pelo argumento do filme, não deixa de ser inovadora, caindo muito bem numa época onde cada vez mais os típicos heróis da Marvel têm o seu próprio filme, contudo esta interessantíssima ideia acaba por não ter o aproveitamento devido, sendo pobremente executada por um argumento que apresenta demasiadas falhas, algo que leva o filme por um caminho confuso e saturante.
“Hancock” até começa bem, apresentado de forma clara a sua personagem principal, no entanto, à medida que o filme se desenvolve e Hancock começa a amolecer, o filme vai perdendo interesse. No início a personalidade aguerrida e conturbada do nosso anti-herói permite cenas de elevado teor cómico que nos fazem perceber de forma clara a sátira montada à imagem superficial de um super-herói, no entanto, à medida que Hancock começa a perder a sua rebeldia, a história começa a entrar numa espiral descendente e o drama e o romance começam a tomar conta do filme, estragando assim por completo o ambiente criado nas primeiras cenas. O argumento falha em contrabalançar a acção e diversão do início com o drama e tensão do desenvolvimento, criando assim um filme emocionalmente incoerente com um final verdadeiramente confuso e bastante aparvalhado. Outro aspecto negativo do filme é o vilão. Todos os heróis sendo super ou anti precisam de um vilão à sua altura, é certo que no inicio do filme, Hancock é o seu próprio inimigo, no entanto, com o desenrolar da história essa posição é ocupada por Red (Eddie Marsan) que é certamente um dos vilões mais fracos de sempre já que não intimida nem convence ninguém. Red é o resultado de uma má construção de uma personagem malévola que é "acompanhada" por um péssimo desempenho do actor em causa. Devido à natureza de Hancock, poder-se-ia ter levado o vilão muito mais longe e por um caminho completamente diferente.
Will Smith é a estrela do filme e do elenco, assim sendo, estamos perante mais um bom papel de Smith que tem vindo a impressionar Hollywood com as suas performances praticamente imaculadas mas em “Hancock” o nível apresentado não foi o mesmo de “I Am Legend” contudo isso seria pedir demasiado, as circunstâncias são outras e “Hancock” é claramente um filme menos exigente e mais comercial. “Hancock” poderia ter oferecido muito mais com a boa ideia que orienta o seu argumento mas a verdade é que a sua história acaba por resultar numa confusão de sentimentos e emoções. Salvam-se os momentos de humor e a intenção de criar uma sátira aos filmes tradicionais de super-heróis. Infelizmente, “Hancock” não funcionou como filme de acção/aventura.
Classificação - 2,5 Estrelas Em 5
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