Realizado por Stefan Ruzowitzky
Com Karl Markovics, August Diehl, Devid Striesow, Martin Brambach
"Falscher, Die" (Os Falsificadores) é um filme que remonta aos tempos da Segunda Guerra Mundial e que venceu recentemente o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. De origem austríaca, este excelente trabalho do realizador Stefan Ruzowitzky conta a história veridica de Solomon Soeowitsch que em 1936 era considerado o rei das falsificações e portanto muito requisitado por muitos vigaristas de Berlim. A sua fama não o ajudou quando teve que lidar com a temível Gestapo de Hitler, sendo judeu e um criminoso foi preso e levado para um campo de concentração. Graças aos seus talentos únicos foi poupado da temível câmara de gás, desde que colaborasse com os Nazis numa mega operação que envolvia outros falsificadores de renome e que consistia em produzir séries de notas para alimentar a guerra. Obviamente que Solomon e os outros falsificadores estavam perante um dilema moral porque se não ajudassem os seus inimigos eram mortos sem piedade mas se ajudassem prolongariam a guerra e compactuariam com a morte de milhares de pessoas. Já muitos filmes se têm produzido com o Holocausto como pano de fundo, contudo “Os Falsificadores” aborda este tema de um modo diferente, não se focando especificamente no triste e horrível acto que foi o holocausto nem em vários aspectos badalados da segunda guerra mundial mas sim num momento especifico, numa operação que apesar de muito badalada raramente foi mencionada em filmes ou documentários. É uma história que no fundo tem como objectivo contar a saga deste grupo de prisioneiros e os dilemas morais que tiveram que enfrentar, referindo apenas em traços/ passagens muito gerais as atrocidades que os Judeus foram alvos.
O filme é um verosímil retrato humano de uma década de abstracção de regras onde a lei do mais forte imperava, onde nem mesmo os vigaristas estavam a salvo de uma tirania superior. Contem algumas sequências bastante duras mas que evidenciam da melhor forma possível a violência e a crueldade daqueles tempos, contudo acaba por ser uma das representações do holocausto mais fáceis de digerir, não focando excessivamente nem exaustivamente o extermínio dos judeus, logo é uma versão mais simples e não tanto explicita. Em tempos negros e de aflição, até os ladrões têm honra e são capazes de ter valores positivos, esta é a mensagem principal que o filme tenta passar já que os escravos/ prisioneiros unem-se numa camaradagem com laços muito fortes, trabalhando em conjunto para tentar escapar a uma morte certa ainda que internamente sofram por saber que estão a ajudar a alimentar uma poderosa maquina de guerra, esses dilemas morais mantêm-se até final. A realização do filme parece-me muito boa, dando ao argumento uma sequência digna e com principio meio e fim. O elenco está também muito bem. Eu devo confessar que nunca tinha ouvido falar de nenhum dos actores principais do filme, portanto estes foram uma agradável surpresa. “Os Falsificadores” foi um justo vencedor do Óscar da Academia. É um olhar diferente sobre o Holocausto e que certamente vai agradar aos amantes dos filmes do género.
Com Karl Markovics, August Diehl, Devid Striesow, Martin Brambach
"Falscher, Die" (Os Falsificadores) é um filme que remonta aos tempos da Segunda Guerra Mundial e que venceu recentemente o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. De origem austríaca, este excelente trabalho do realizador Stefan Ruzowitzky conta a história veridica de Solomon Soeowitsch que em 1936 era considerado o rei das falsificações e portanto muito requisitado por muitos vigaristas de Berlim. A sua fama não o ajudou quando teve que lidar com a temível Gestapo de Hitler, sendo judeu e um criminoso foi preso e levado para um campo de concentração. Graças aos seus talentos únicos foi poupado da temível câmara de gás, desde que colaborasse com os Nazis numa mega operação que envolvia outros falsificadores de renome e que consistia em produzir séries de notas para alimentar a guerra. Obviamente que Solomon e os outros falsificadores estavam perante um dilema moral porque se não ajudassem os seus inimigos eram mortos sem piedade mas se ajudassem prolongariam a guerra e compactuariam com a morte de milhares de pessoas. Já muitos filmes se têm produzido com o Holocausto como pano de fundo, contudo “Os Falsificadores” aborda este tema de um modo diferente, não se focando especificamente no triste e horrível acto que foi o holocausto nem em vários aspectos badalados da segunda guerra mundial mas sim num momento especifico, numa operação que apesar de muito badalada raramente foi mencionada em filmes ou documentários. É uma história que no fundo tem como objectivo contar a saga deste grupo de prisioneiros e os dilemas morais que tiveram que enfrentar, referindo apenas em traços/ passagens muito gerais as atrocidades que os Judeus foram alvos.
O filme é um verosímil retrato humano de uma década de abstracção de regras onde a lei do mais forte imperava, onde nem mesmo os vigaristas estavam a salvo de uma tirania superior. Contem algumas sequências bastante duras mas que evidenciam da melhor forma possível a violência e a crueldade daqueles tempos, contudo acaba por ser uma das representações do holocausto mais fáceis de digerir, não focando excessivamente nem exaustivamente o extermínio dos judeus, logo é uma versão mais simples e não tanto explicita. Em tempos negros e de aflição, até os ladrões têm honra e são capazes de ter valores positivos, esta é a mensagem principal que o filme tenta passar já que os escravos/ prisioneiros unem-se numa camaradagem com laços muito fortes, trabalhando em conjunto para tentar escapar a uma morte certa ainda que internamente sofram por saber que estão a ajudar a alimentar uma poderosa maquina de guerra, esses dilemas morais mantêm-se até final. A realização do filme parece-me muito boa, dando ao argumento uma sequência digna e com principio meio e fim. O elenco está também muito bem. Eu devo confessar que nunca tinha ouvido falar de nenhum dos actores principais do filme, portanto estes foram uma agradável surpresa. “Os Falsificadores” foi um justo vencedor do Óscar da Academia. É um olhar diferente sobre o Holocausto e que certamente vai agradar aos amantes dos filmes do género.
Classificação - 4 Estrelas Em 5
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