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Com Sylvester Stallone, Julie Benz, Matthew Marsden, Graham McTavish
"Rambo 3" estreou nas salas de cinemas mundiais em 1988, vinte anos depois estreia "Rambo 4" a nova aventura do militar veterano John Rambo. Este filme marca não só o regresso da saga ao grande ecrã mas também a primeira incursão de Sylvester Stallone como realizador. Não se pode dizer que este filme seja muito diferente dos seus antepassados, é verdade que Stallone está mais velho e que a saga já não tem o impacto que tinha à vinte anos atrás até porque os tempos são outros e a competição nas bilheteiras também mas é verdade que a essência e o espírito da saga estão bem presentes. "Rambo 4" tem uma história muito semelhante aos filmes anteriores, aliás, devo dizer que o argumento deste quarto filme é uma cópia com modificações da história do terceiro, assim sendo, mais uma vez temos um John Rambo reformado e a viver pacificamente até que é chamado para salvar o dia num terrorífico cenário de guerra mas desta vez tem que salvar um grupo humanitário das mãos do exército birmanes. Esta quarta entrega não tem muito sentido é apenas mais do mesmo, um filme carregado de violência e sangue. Compreende-se a ideia de fazer regressar um clássico blockbuster mas, ao contrário de outros clássicos como "Indiana Jones" e "Rocky" que também regressam ao cinema após décadas de descanso, "Rambo" não tem uma história continuada ou uma mítica banda sonora e para além de John Rambo não existe mais nenhuma personagem mediática. "Rambo" só tem basicamente o nome e fama provenientes do século passado. "Rambo" é simplesmente um filme vazio sem história e brilho onde temos uma dose excessiva de guerra e violência.
Não posso culpar Stallone pelo fracasso desta obra. A sua interpretação como actor mantém-se intacta já a sua forma de realizar é fraca e denota inexperiência mas, na minha opinião, nem o melhor realizador do mundo podia fazer de "Rambo 4" um filme de sucesso que prestasse a devida homenagem à saga. O problema do filme é que nos dias de hoje o púbico geral não quer filmes de violência pura e dura, quer sim filmes com um forte argumento e que possa satisfazer as suas necessidades de entretenimento. Ora a fórmula de "Rambo" poderia resultar nos anos 70/80 onde a Guerra Fria estava em alta e principalmente os americanos sentiam necessidade de descarregar a sua frustração nesses filmes de guerra e violência mas actualmente não se justifica. A própria pobreza dos “inimigos” de Rambo chega a ser patética porque se antigamente John Rambo lutava contra os exércitos das maiores potências do mundo mas agora está reduzido a um contingente birmanês simplesmente patético. E os inimigos são só a ponta do iceberg deste filme sem sentido. A isto temos que juntar as sequências lentas e fracas de acção, os diálogos pobres e sem sentido, uma falta de credibilidade incrível na história do filme, a ausência de pormenores e de efeitos especiais que pudessem abrilhantar a obra. "Rambo" foi apenas uma triste intenção de marketing que resultou muito mal. A saga nunca deveria ter sido renascida porque o tempo de Rambo já passou e se há filmes que vale a pena trazer de volta há outros como Rambo que devem ficar enterrados no passado.
Classificação - 2 Estrelas Em 5
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