Realizado por Jake Paltrow
Com Penélope Cruz , Martin Freeman , Gwyneth Paltrow , Simon Pegg , Danny DeVito
O realizador estreante, Jake Paltrow, explora em "The Good Night" a linha que separa os sonhos da realidade. Um filme algo complexo e bastante ortodoxo, focando um tema ambíguo mas muito interessante. No fundo, o filme não faz mais que realçar as imperfeições de relações pessoais e das próprias pessoas que as constituem tendo como base de comparação o mundo perfeito dos sonhos. Gary Sheller (Martin Freeman) é uma ex-estrela pop inglesa que vive em Nova York com a sua namorada de longa data, Dora (Gwyneth Paltrow). A sua relação tem vindo a deteriorar-se e Gary sente, cada vez mais, que Dora não o apoia a um nível emocional. Gary e Dona partilham tudo mas parece que a linha de comunicação entre ambos já se esgotou à algum tempo. O apoio de Gary acaba por ser o seu antigo colega de banda, Paul (Simon Pegg), que para além de seu amigo também é o seu chefe na empresa de marketing onde trabalha. Por muito que os dois se dêem bem, Gary não consegue ultrapassar o facto de Paul ser o seu chefe. Os seus problemas em casa e com o seu melhor amigo começam a afecta-lo e cada vez mais ele desanima até que certa noite, Gary sonha com uma bonita mulher latina chamada Anna (Penélope Cruz) que existe unicamente para apoiar Gary e faze-lo sentir-se o mais amado e respeitado homem a face da terra, apoiando-o nos diversos projectos que quer realizar por muito idiotas que sejam. Gary fica viciado no seu sonho e quer passar mais tempo a dormir para estar com Anna, assim sendo, consulta um especialista na matéria, Mel (Danny DeVitto), que o ensina a controlar melhor o mundo dos sonhos e entrar na sua “fantasia” sempre que queira. Gary vê-se dividido entre a sua mulher fantasia e a sua mulher real e, como é óbvio, a sua relação com Dora deteriora-se, pior fica quando ele descobre que Anna existe na realidade sob a forma de Melody, uma modelo fotográfica. Acompanhado pela sua própria psicose, Gary vai tentar de tudo para conquistar a mulher que deu o corpo à sua fantasia mas terá a concorrência de peso do recém-solteiro e amigo de longa data Paul.
O argumento do filme é muito bom. O tema em si não é nada fácil de abordar devido à sua ambiguidade e complexidade mas a equipa de guionistas esteve muito bem, conseguindo captar de uma maneira simples e até cómica o efeito que um sonho pode ter na realidade de uma pessoa e como pode afectar as suas relações amorosas e de amizade, expondo as suas maiores fraqueza. No fundo, o filme ensina que os sonhos podem ser os nossos melhores amigos mas também os nossos piores inimigos, tudo depende de como nos deixamos afectar por eles. Se o argumento é bom, o mesmo não se pode dizer da realização. A inexperiência de Jake Paltrow veio ao de cima, o próprio argumento do filme talvez fosse demasiado complexo para um filme de estreia e o peso foi demasiado para o jovem realizador que falha em conseguir dar vida à obra, torna-a muito parada e aborrecida. As sequências de sonho também não estão ao melhor nível, tornando-se demasiado psicadélicas e enervantes de se ver. O elenco está na sua generalidade bem, o destaque do filme vai para Gwyneth, soberba no papel da melancólica Dora. A catriz consegue interpretar na perfeição uma personagem carrancuda, sem traços de uma felicidade aparente e que está simplesmente contentada com a vida que leva. Apesar de não ser uma personagem de grande relevo, Dora é bastante importante para contextualizarmos a realidade de Gary e o porque de ele se tornar obcecado por uma mulher que lhe aparece nos sonhos.
Concluindo, o filme é bom mas não é uma obra-prima, tem um argumento bom, um elenco razoável e pouco mais. É um olhar bastante interessante sobre o duelo Sonho Vs Realidade mas que se torna aborrecido e bastante parado e, em algumas partes, um pouco confuso aos olhos do público em geral. Eu acredito que outro realizador e outro orçamento teriam feito deste filme um grande sucesso dramático.
Com Penélope Cruz , Martin Freeman , Gwyneth Paltrow , Simon Pegg , Danny DeVito
O realizador estreante, Jake Paltrow, explora em "The Good Night" a linha que separa os sonhos da realidade. Um filme algo complexo e bastante ortodoxo, focando um tema ambíguo mas muito interessante. No fundo, o filme não faz mais que realçar as imperfeições de relações pessoais e das próprias pessoas que as constituem tendo como base de comparação o mundo perfeito dos sonhos. Gary Sheller (Martin Freeman) é uma ex-estrela pop inglesa que vive em Nova York com a sua namorada de longa data, Dora (Gwyneth Paltrow). A sua relação tem vindo a deteriorar-se e Gary sente, cada vez mais, que Dora não o apoia a um nível emocional. Gary e Dona partilham tudo mas parece que a linha de comunicação entre ambos já se esgotou à algum tempo. O apoio de Gary acaba por ser o seu antigo colega de banda, Paul (Simon Pegg), que para além de seu amigo também é o seu chefe na empresa de marketing onde trabalha. Por muito que os dois se dêem bem, Gary não consegue ultrapassar o facto de Paul ser o seu chefe. Os seus problemas em casa e com o seu melhor amigo começam a afecta-lo e cada vez mais ele desanima até que certa noite, Gary sonha com uma bonita mulher latina chamada Anna (Penélope Cruz) que existe unicamente para apoiar Gary e faze-lo sentir-se o mais amado e respeitado homem a face da terra, apoiando-o nos diversos projectos que quer realizar por muito idiotas que sejam. Gary fica viciado no seu sonho e quer passar mais tempo a dormir para estar com Anna, assim sendo, consulta um especialista na matéria, Mel (Danny DeVitto), que o ensina a controlar melhor o mundo dos sonhos e entrar na sua “fantasia” sempre que queira. Gary vê-se dividido entre a sua mulher fantasia e a sua mulher real e, como é óbvio, a sua relação com Dora deteriora-se, pior fica quando ele descobre que Anna existe na realidade sob a forma de Melody, uma modelo fotográfica. Acompanhado pela sua própria psicose, Gary vai tentar de tudo para conquistar a mulher que deu o corpo à sua fantasia mas terá a concorrência de peso do recém-solteiro e amigo de longa data Paul.
O argumento do filme é muito bom. O tema em si não é nada fácil de abordar devido à sua ambiguidade e complexidade mas a equipa de guionistas esteve muito bem, conseguindo captar de uma maneira simples e até cómica o efeito que um sonho pode ter na realidade de uma pessoa e como pode afectar as suas relações amorosas e de amizade, expondo as suas maiores fraqueza. No fundo, o filme ensina que os sonhos podem ser os nossos melhores amigos mas também os nossos piores inimigos, tudo depende de como nos deixamos afectar por eles. Se o argumento é bom, o mesmo não se pode dizer da realização. A inexperiência de Jake Paltrow veio ao de cima, o próprio argumento do filme talvez fosse demasiado complexo para um filme de estreia e o peso foi demasiado para o jovem realizador que falha em conseguir dar vida à obra, torna-a muito parada e aborrecida. As sequências de sonho também não estão ao melhor nível, tornando-se demasiado psicadélicas e enervantes de se ver. O elenco está na sua generalidade bem, o destaque do filme vai para Gwyneth, soberba no papel da melancólica Dora. A catriz consegue interpretar na perfeição uma personagem carrancuda, sem traços de uma felicidade aparente e que está simplesmente contentada com a vida que leva. Apesar de não ser uma personagem de grande relevo, Dora é bastante importante para contextualizarmos a realidade de Gary e o porque de ele se tornar obcecado por uma mulher que lhe aparece nos sonhos.
Concluindo, o filme é bom mas não é uma obra-prima, tem um argumento bom, um elenco razoável e pouco mais. É um olhar bastante interessante sobre o duelo Sonho Vs Realidade mas que se torna aborrecido e bastante parado e, em algumas partes, um pouco confuso aos olhos do público em geral. Eu acredito que outro realizador e outro orçamento teriam feito deste filme um grande sucesso dramático.
Classificação - 3,5 Estrelas Em 5
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