Realizado por Joon-Ho Bong
Com Bin Won, Kim Hye-Ja
O criativo cineasta que nos apresentou “Memories of Murder” (2003) e “The Host” (2006), Joon-Ho Bong, voltou a maravilhar os especialistas cinematográficos com “Madeo” ou Mother”, um excelente exercício cinematográfico que nos apresenta uma interessante abordagem psicológica sobre as inúmeras consequências positivas e negativas que acompanham o exercício maternal e as suas espontâneas manifestações, no entanto, esta produção também nos consegue oferecer uma excelente investigação criminal que nos fascina com as suas imprevisíveis e intensas características. Hye-Ja (Kim Hye-Ja) é a mãe de Do-Joon (Won Bin), um inocente rapaz que, aos vinte e sete anos, ainda é inteiramente dependente dos cuidados dos adultos. Quando uma jovem rapariga é encontrada brutalmente assassinada num lugar abandonado, todas as pistas apontam para Do-Joon que acaba por ser condenado pelo crime, uma decisão que não agrada à sua mãe que está absolutamente convicta da inocência do seu filho e que vai fazer de tudo para encontrar o verdadeiro responsável pelo trágico homicídio e é assim que começa a sua obstinada saga contra todas as evidências judiciais e um sistema policial muito pouco eficaz.
Joon-Ho Bong é um excelente realizador mas também é um excelente guionista. Em “Madeo” este inventivo cineasta/escritor conseguiu construir uma intensa narrativa que nos oferece uma interessante e engenhosa coligação entre o género dramático/sentimental e o género policial/criminal. A principal interveniente desta história é Hye-Ja, uma intrincada personagem que exterioriza claramente os extremos que compõem o instinto maternal graças ao seu espírito sacrificial e super protector. É graças à competente construção desta personagem que somos presenteados com uma vertente emocional extremamente competente porque são as exteriorizações do seu excessivo mas valoroso instinto maternal que originam os maiores momentos dramáticos desta assombrosa história, momentos esses que demonstram até que ponto uma mãe está disposta a ir para salvar e proteger o seu filho. As suas acções maternais são executadas na sequência de uma investigação amadora mas extremamente emotiva que é composta por inúmeros incidentes e reviravoltas que conseguem prender o espectador ao seu imprevisível progresso. “Madeo” também explora alguns elementos secundários muito interessantes, como por exemplo, os efeitos nocivos que a crescente e perceptível incompetência das autoridades policiais têm no quotidiano coreano ou as perturbadoras consequências que os preconceitos sociais têm nos incapazes e nos inaptos da sociedade. “Madeo” também conta com uma realização irrepreensível de Joon-Ho Bong, um cineasta que nos conseguiu apresentar um trabalho que é tecnicamente e criativamente competente. A grande estrela do ilustre elenco de “Madeo” é Kim Hye-Ja, uma experiente actriz coreana que interpreta na perfeição a sua complexa personagem. Won Bin também nos oferece uma interessante prestação, no entanto, esta sua performance não é tão memorável como aquela que nos é apresentada pela sua mãe fictícia.
À semelhança dos últimos trabalhos cinematográficos de Joon-Ho Bong, “Madeo”, não é um filme comercial que consiga agradar aos espectadores que privilegiem os filmes mais superficiais e menos sérios, no entanto, estamos perante uma produção que merece ser visionada. “Madeo” é imprevisível, surpreendente, relativamente violento e emocionalmente poderoso mas são estas características que o tornam num grande filme. “Madeo”representou a Coreia do Sul na corrida ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2010, no entanto, não conseguiu chegar aos cinco nomeados finais.
Com Bin Won, Kim Hye-Ja
O criativo cineasta que nos apresentou “Memories of Murder” (2003) e “The Host” (2006), Joon-Ho Bong, voltou a maravilhar os especialistas cinematográficos com “Madeo” ou Mother”, um excelente exercício cinematográfico que nos apresenta uma interessante abordagem psicológica sobre as inúmeras consequências positivas e negativas que acompanham o exercício maternal e as suas espontâneas manifestações, no entanto, esta produção também nos consegue oferecer uma excelente investigação criminal que nos fascina com as suas imprevisíveis e intensas características. Hye-Ja (Kim Hye-Ja) é a mãe de Do-Joon (Won Bin), um inocente rapaz que, aos vinte e sete anos, ainda é inteiramente dependente dos cuidados dos adultos. Quando uma jovem rapariga é encontrada brutalmente assassinada num lugar abandonado, todas as pistas apontam para Do-Joon que acaba por ser condenado pelo crime, uma decisão que não agrada à sua mãe que está absolutamente convicta da inocência do seu filho e que vai fazer de tudo para encontrar o verdadeiro responsável pelo trágico homicídio e é assim que começa a sua obstinada saga contra todas as evidências judiciais e um sistema policial muito pouco eficaz.
Joon-Ho Bong é um excelente realizador mas também é um excelente guionista. Em “Madeo” este inventivo cineasta/escritor conseguiu construir uma intensa narrativa que nos oferece uma interessante e engenhosa coligação entre o género dramático/sentimental e o género policial/criminal. A principal interveniente desta história é Hye-Ja, uma intrincada personagem que exterioriza claramente os extremos que compõem o instinto maternal graças ao seu espírito sacrificial e super protector. É graças à competente construção desta personagem que somos presenteados com uma vertente emocional extremamente competente porque são as exteriorizações do seu excessivo mas valoroso instinto maternal que originam os maiores momentos dramáticos desta assombrosa história, momentos esses que demonstram até que ponto uma mãe está disposta a ir para salvar e proteger o seu filho. As suas acções maternais são executadas na sequência de uma investigação amadora mas extremamente emotiva que é composta por inúmeros incidentes e reviravoltas que conseguem prender o espectador ao seu imprevisível progresso. “Madeo” também explora alguns elementos secundários muito interessantes, como por exemplo, os efeitos nocivos que a crescente e perceptível incompetência das autoridades policiais têm no quotidiano coreano ou as perturbadoras consequências que os preconceitos sociais têm nos incapazes e nos inaptos da sociedade. “Madeo” também conta com uma realização irrepreensível de Joon-Ho Bong, um cineasta que nos conseguiu apresentar um trabalho que é tecnicamente e criativamente competente. A grande estrela do ilustre elenco de “Madeo” é Kim Hye-Ja, uma experiente actriz coreana que interpreta na perfeição a sua complexa personagem. Won Bin também nos oferece uma interessante prestação, no entanto, esta sua performance não é tão memorável como aquela que nos é apresentada pela sua mãe fictícia.
À semelhança dos últimos trabalhos cinematográficos de Joon-Ho Bong, “Madeo”, não é um filme comercial que consiga agradar aos espectadores que privilegiem os filmes mais superficiais e menos sérios, no entanto, estamos perante uma produção que merece ser visionada. “Madeo” é imprevisível, surpreendente, relativamente violento e emocionalmente poderoso mas são estas características que o tornam num grande filme. “Madeo”representou a Coreia do Sul na corrida ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2010, no entanto, não conseguiu chegar aos cinco nomeados finais.
Classificação – 4 Estrelas Em 5