Capas de DVDs - Capas de Filmes e Capas de CDs

Mostrando postagens com marcador Into The Wild. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Into The Wild. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 24 de março de 2009

Crítica - Into The Wild (2007)

Realizado por Sean Penn
Com Emile Hirsch, Marcia Gay Harden, William Hurt, Jena Malone, Catherine Keener

É de facto uma maravilha ver obras-primas que nos tocam e nos deixam a reflectir no significado da vida, da liberdade, dos valores morais e éticos, e por aí adiante. Ver este filme do recente galardoado Sean Penn deixou-me completamente extasiado. Por dias não consegui escrever aquilo que na realidade senti e compreendi desta obra. Talvez excessiva a conduta de Christopher McCandless (Emile Hirsch) para com a sociedade, mas na verdade não pude deixar de me identificar com o seu alter-ego Alexander Supertramp quando renuncia a todo o materialismo e prazeres da vida e abraça esse estado espiritual e natura em que se rege para daí tirar os seus frutos essenciais à sobrevivência e nada mais. “Into The Wild” é uma ode à liberdade, à natureza, uma reflexão ao instinto de sobrevivência e determinação de um indivíduo, um ensaio de coragem e estupidez de quem precisou “fugir do mundo” e da sociedade para perceber que “Happiness is only real when shared” (a felicidade só é real quando partilhada). Christopher percebeu-o já tarde e de forma dura, mas é impossível censurarmos completamente esta figura rebelde e extremista, muito por culpa de Sean Penn que o transporta para o ecrã como um “anjo” que agrada a todos com quem contacta. A verdade é que essa imagem que Penn nos traz de Christopher até nos agrada, faz-nos sentir uma admiração pela coragem e destreza deste jovem inadaptado numa sociedade consumista e materialista que embora podre e corrupta é única. Christopher quis fugir desse mundo, dessa sociedade, mas aprendeu duramente que não há como fugir dela, pois uma vida solitária cria um vazio na alma por muito saudável e moralmente reconfortante que seja. Ele percebe já tarde que a única maneira é adaptar-se a esse mundo que tanto desprezava. A natureza é bela mas é também selvagem e perigosa.

CHRISTOPHER McCANDLESS (1969-1992)

Na verdade, não posso deixar de comparar este Christopher a Zaratrusta e seu Super-Homem, de Nietzsche, já que ambos se retiram do mundo numa procura de uma espiritualização e soledade, na procura de uma melhor compreensão do mundo e de uma liberdade. De facto, há uma alusão a esse Super-Homem no filme, quando Christopher numa ponte a comer uma maçã diz: “És mesmo boa. És tipo cem mil vezes melhor que qualquer maçã que já tenha comido. Não sou o Super-Homem, sou o Super-Vagabundo (Supertramp). Tu és a Super-Maçã.”
Sean Penn surpreendeu-me e muito com esta obra. Emile Hirsch também, está magnífico no papel de Christopher. Boa montagem e excelente fotografia, as paisagens são lindas e completam o filme quando as vemos ao som da música fantástica do Eddie Vedder, para quem não conhece é o vocalista dos Pearl Jam. É um filme que ficará na história do cinema, obra-prima de grande qualidade.

Classificação - 5 Estrelas Em 5

Crítica - Into The Wild (2007)

Realizado por Sean Penn
Com Emile Hirsch, Marcia Gay Harden, William Hurt, Jena Malone, Catherine Keener

É de facto uma maravilha ver obras-primas que nos tocam e nos deixam a reflectir no significado da vida, da liberdade, dos valores morais e éticos, e por aí adiante. Ver este filme do recente galardoado Sean Penn deixou-me completamente extasiado. Por dias não consegui escrever aquilo que na realidade senti e compreendi desta obra. Talvez excessiva a conduta de Christopher McCandless (Emile Hirsch) para com a sociedade, mas na verdade não pude deixar de me identificar com o seu alter-ego Alexander Supertramp quando renuncia a todo o materialismo e prazeres da vida e abraça esse estado espiritual e natura em que se rege para daí tirar os seus frutos essenciais à sobrevivência e nada mais. “Into The Wild” é uma ode à liberdade, à natureza, uma reflexão ao instinto de sobrevivência e determinação de um indivíduo, um ensaio de coragem e estupidez de quem precisou “fugir do mundo” e da sociedade para perceber que “Happiness is only real when shared” (a felicidade só é real quando partilhada). Christopher percebeu-o já tarde e de forma dura, mas é impossível censurarmos completamente esta figura rebelde e extremista, muito por culpa de Sean Penn que o transporta para o ecrã como um “anjo” que agrada a todos com quem contacta. A verdade é que essa imagem que Penn nos traz de Christopher até nos agrada, faz-nos sentir uma admiração pela coragem e destreza deste jovem inadaptado numa sociedade consumista e materialista que embora podre e corrupta é única. Christopher quis fugir desse mundo, dessa sociedade, mas aprendeu duramente que não há como fugir dela, pois uma vida solitária cria um vazio na alma por muito saudável e moralmente reconfortante que seja. Ele percebe já tarde que a única maneira é adaptar-se a esse mundo que tanto desprezava. A natureza é bela mas é também selvagem e perigosa.

CHRISTOPHER McCANDLESS (1969-1992)

Na verdade, não posso deixar de comparar este Christopher a Zaratrusta e seu Super-Homem, de Nietzsche, já que ambos se retiram do mundo numa procura de uma espiritualização e soledade, na procura de uma melhor compreensão do mundo e de uma liberdade. De facto, há uma alusão a esse Super-Homem no filme, quando Christopher numa ponte a comer uma maçã diz: “És mesmo boa. És tipo cem mil vezes melhor que qualquer maçã que já tenha comido. Não sou o Super-Homem, sou o Super-Vagabundo (Supertramp). Tu és a Super-Maçã.”
Sean Penn surpreendeu-me e muito com esta obra. Emile Hirsch também, está magnífico no papel de Christopher. Boa montagem e excelente fotografia, as paisagens são lindas e completam o filme quando as vemos ao som da música fantástica do Eddie Vedder, para quem não conhece é o vocalista dos Pearl Jam. É um filme que ficará na história do cinema, obra-prima de grande qualidade.

Classificação - 5 Estrelas Em 5

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Crítica - Into The Wild (2007)

Realizado por Sean Penn
Com Emile Hirsch, Vince Vaughn. William Hurt

Algumas nomeações e um ou outro prémio de menor importância foi o que Sean Penn recebeu pelo seu novo trabalho como realizador, "Into The Wild". A verdade é que ao contrário de casos semelhantes ao seu (Mel Gibson, George Clooney, Clint Eastwood) Sean Penn continua a obter mais repercussão nos media com os seus trabalhos como actor do que com os de realizador. É uma pena, apesar de ainda não ter realizado um grande número de obras, as poucas que já fez são de excelente qualidade e mereciam mais crédito por parte da média norte-americanos, "Into The Wild" não foge à regra e é um excelente filme de aventura e sobrevivência. Neste filme, Penn recorre a um género de viagem interior, onde progressivamente o protagonista vai descobrindo a sua própria identidade e o seu papel neste mundo. Esse protagonista é Christopher McCandless (Emille Hirsch), um recém-licenciado de 22 anos com graves problemas de comunicação com os seus pais e que se encontra num mundo à parte. Confuso e solitário, ele sente a necessidade de fugir da sua vida actual e embarca numa viagem espiritual até ao remoto Alaska à procura de respostas. Ao longo do filme vemos Cristopher constantemente em mudança uma vezes para melhor outras para pior mas o importante a destacar é que ele se torna num símbolo de resistência e de força mas será que todas estas transformações valem a pena?
"Into the Wild" é a adaptação cinematográfica do sucesso literário de Jon Krakauer, uma adaptação inteligente e séria desta dramática história. É um filme que mescla a sensação de aventura com o duelo interior da personagem principal, poderemos dizer que acima de tudo o filme é uma história de auto-suficiência e sobrevivência. Sean Penn fez questão de contar com excelentes actores como Marcia Gay Harden, Hall Holbrook, Vince Vaugh e Catherine Keener. Mas o maior destaque é para o jovem Emile Hirsch, não só pelo filme centrar-se na sua personagem mas também por ter aqui um grande papel que merecia mais visibilidade mediática. Sean Penn, para alem de nos levar numa viagem interior, leva-nos também a conhecer as magnificas paisagens do belo Alaska. O cineasta vai-nos mostrar, entre rios e florestas, os seus pensamentos e sentimentos mais íntimos e profundos. Ao misturar a beleza natural com a beleza da mente Sean Penn mostra o seu génio e a sua criatividade artística. "Into the Wild" é certamente o seu trabalho mais pessoal e não tenho dúvidas que ele se imagina muita das vezes na pele de Cristopher. Não estamos perante uma maravilha da sétima arte, nem perante um título que irá arrecadar milhões de dólares de bilheteira, estamos sim perante um bom filme, algo diferente e interessante, um filme com uma história estimulante e sincera com uma narração clara e personagens cuidadas.

Classificação - 4 Estrelas Em 5
2ª Crítica - AQUI