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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Crítica - Hellboy II: The Golden Army (2008)

Realizado por: Guillermo del Toro
Com Ron Perlman, Selma Blair, Doug Jones e Luke Goss


O Melhor do Filme:
Uma direcção artística estonteante e a riqueza dramática do vilão.

O Pior do Filme:
A consistência das personagens por vezes perde-se em prol de um "happy ending" algo infantil.

Fui ver este segundo filme de Hellboy sem ter visto o primeiro, pelo que não sabia muito bem o que esperar. Esperava muita criatividade e fantasia pois claro, não estivéssemos a falar de um filme de Guillermo del Toro, mas não sabia o que esperar da história e das personagens. Tinha o receio de que as personagens fossem algo infantis e sem consistência dramática. Felizmente estava enganado. “Hellboy II – The Golden Army” impressionou-me. E não foi pelos seus efeitos especiais (que, já agora, são óptimos), mas antes por uma realização fantástica de del Toro, uma história bem delineada e contada, e acima de tudo, pela autenticidade e consistência das personagens.
O filme conta-nos a história do Príncipe Nuada, que se exilou com o coração cheio de raiva e revolta após o seu pai ter feito um acordo de paz com a raça humana. Ao longo dos tempos a raça humana foi aniquilando a raça de Nuada e usurpando o território que por selo real dignamente lhes pertence. Para acabar com a chacina, o pai de Nuada (o grande Rei) mandou construir um grande exército dourado de robôs impiedosos e cruéis que rapidamente encheram a Terra com o sangue dos humanos. Chocado com os monstros que havia criado, o Rei acaba com o exército dourado (mantendo os milhares de robôs bem fechados num local recôndito e longínquo) e oferece paz aos humanos. Os humanos aceitam mas Nuada não e após vários anos de exílio e treino árduo, regressa para acordar o grande exército, eliminar a raça humana e recuperar as terras que por direito lhe pertencem, devolvendo a dignidade ao seu povo. Como é óbvio, caberá a Hellboy e aos seus companheiros impedir o príncipe de ter sucesso no seu plano.

Guillermo del Toro é um realizador de imenso talento e génio criativo. A cada filme que faz é notória a evolução na sua capacidade de contar histórias (apesar de obviamente este filme estar longe da qualidade de “El Labirinto del Fauno”, mas também não era esse o seu propósito). A sua imaginação não tem limites e os mundos fantásticos que cria são simplesmente fenomenais, assim como as personagens que habitam o mundo das sombras (destaque para o anjo da morte, que é de cortar a respiração!). A nível técnico o filme é muito bom, com uma direcção artística boa, bons efeitos especiais e uma caracterização fantástica. Porém, o grande trunfo do filme e o que o torna algo de especial é a química existente entre as várias personagens. Ron Perlman é perfeito na encarnação do herói descontraído e confiante e as restantes personagens da equipa contribuem para um filme bem-humorado e que se vê com prazer.
Mas para mim, o grande destaque vai mesmo para a personagem do príncipe Nuada. Neste tipo de filmes é essencial que o vilão da história tenha carisma e uma personalidade forte e demarcada. Por outro lado, as personagens em sofrimento têm sempre uma aura diferente. Nuada não é o simples vilão que quer conquistar o mundo e ter todo o poder para governar a seu bel-prazer. Nuada é um príncipe que despreza os humanos pela sua decadência e falta de princípios (a crítica ao Homem é sublime mas bem vincada e já agora, pertinente!). Nuada quer restabelecer a glória ao seu povo e à sua raça, sofrendo intensamente pelo facto de ter de se rebelar contra o seu pai e a sua irmã gémea. Nuada emana uma luz de honra e sabedoria que apenas se encontra nos melhores “vilões”. Para além disso, Nuada é um grande vilão porque tem estilo e dá uma carga de trabalhos ao herói da fita!
“Hellboy II – The Golden Army” é um filme que agradará a miúdos e graúdos. Porém, os graúdos terão de ter um espírito aberto e gostar minimamente de fantasia. Caso contrário poder-se-ão sentir algo perdidos frente a tamanha balbúrdia de personagens “freaks”. Este filme tem como objectivo entreter e proporcionar aos espectadores uma “boa viagem” cheia de adrenalina por um mundo encantado. Como filme de acção, esse é o seu grande objectivo. E cumpre.
Classificação - 4 Estrelas Em 5

Crítica - Hellboy II: The Golden Army (2008)

Realizado por: Guillermo del Toro
Com Ron Perlman, Selma Blair, Doug Jones e Luke Goss


O Melhor do Filme:
Uma direcção artística estonteante e a riqueza dramática do vilão.

O Pior do Filme:
A consistência das personagens por vezes perde-se em prol de um "happy ending" algo infantil.

Fui ver este segundo filme de Hellboy sem ter visto o primeiro, pelo que não sabia muito bem o que esperar. Esperava muita criatividade e fantasia pois claro, não estivéssemos a falar de um filme de Guillermo del Toro, mas não sabia o que esperar da história e das personagens. Tinha o receio de que as personagens fossem algo infantis e sem consistência dramática. Felizmente estava enganado. “Hellboy II – The Golden Army” impressionou-me. E não foi pelos seus efeitos especiais (que, já agora, são óptimos), mas antes por uma realização fantástica de del Toro, uma história bem delineada e contada, e acima de tudo, pela autenticidade e consistência das personagens.
O filme conta-nos a história do Príncipe Nuada, que se exilou com o coração cheio de raiva e revolta após o seu pai ter feito um acordo de paz com a raça humana. Ao longo dos tempos a raça humana foi aniquilando a raça de Nuada e usurpando o território que por selo real dignamente lhes pertence. Para acabar com a chacina, o pai de Nuada (o grande Rei) mandou construir um grande exército dourado de robôs impiedosos e cruéis que rapidamente encheram a Terra com o sangue dos humanos. Chocado com os monstros que havia criado, o Rei acaba com o exército dourado (mantendo os milhares de robôs bem fechados num local recôndito e longínquo) e oferece paz aos humanos. Os humanos aceitam mas Nuada não e após vários anos de exílio e treino árduo, regressa para acordar o grande exército, eliminar a raça humana e recuperar as terras que por direito lhe pertencem, devolvendo a dignidade ao seu povo. Como é óbvio, caberá a Hellboy e aos seus companheiros impedir o príncipe de ter sucesso no seu plano.

Guillermo del Toro é um realizador de imenso talento e génio criativo. A cada filme que faz é notória a evolução na sua capacidade de contar histórias (apesar de obviamente este filme estar longe da qualidade de “El Labirinto del Fauno”, mas também não era esse o seu propósito). A sua imaginação não tem limites e os mundos fantásticos que cria são simplesmente fenomenais, assim como as personagens que habitam o mundo das sombras (destaque para o anjo da morte, que é de cortar a respiração!). A nível técnico o filme é muito bom, com uma direcção artística boa, bons efeitos especiais e uma caracterização fantástica. Porém, o grande trunfo do filme e o que o torna algo de especial é a química existente entre as várias personagens. Ron Perlman é perfeito na encarnação do herói descontraído e confiante e as restantes personagens da equipa contribuem para um filme bem-humorado e que se vê com prazer.
Mas para mim, o grande destaque vai mesmo para a personagem do príncipe Nuada. Neste tipo de filmes é essencial que o vilão da história tenha carisma e uma personalidade forte e demarcada. Por outro lado, as personagens em sofrimento têm sempre uma aura diferente. Nuada não é o simples vilão que quer conquistar o mundo e ter todo o poder para governar a seu bel-prazer. Nuada é um príncipe que despreza os humanos pela sua decadência e falta de princípios (a crítica ao Homem é sublime mas bem vincada e já agora, pertinente!). Nuada quer restabelecer a glória ao seu povo e à sua raça, sofrendo intensamente pelo facto de ter de se rebelar contra o seu pai e a sua irmã gémea. Nuada emana uma luz de honra e sabedoria que apenas se encontra nos melhores “vilões”. Para além disso, Nuada é um grande vilão porque tem estilo e dá uma carga de trabalhos ao herói da fita!
“Hellboy II – The Golden Army” é um filme que agradará a miúdos e graúdos. Porém, os graúdos terão de ter um espírito aberto e gostar minimamente de fantasia. Caso contrário poder-se-ão sentir algo perdidos frente a tamanha balbúrdia de personagens “freaks”. Este filme tem como objectivo entreter e proporcionar aos espectadores uma “boa viagem” cheia de adrenalina por um mundo encantado. Como filme de acção, esse é o seu grande objectivo. E cumpre.
Classificação - 4 Estrelas Em 5

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Crítica - Hellboy (2004)

Realizado por Guillermo Del Toro
Com Ron Perlman, Selma Blair, Rupert Evans, John Hurt

Em 2004, chegou às salas de cinema mundiais o filme “Hellboy”, uma fiel adaptação cinematográfica da famosa banda desenhada criada por Mike Mignola em 1993. Este filme de acção sobrenatural foi realizado por Guillermo Del Toro que se dedicou de corpo e alma a este ambicioso e arriscado projecto que só se tornou possível graças a perseverança do cineasta. A verdade é que a banda desenhada “Hellboy”, nunca gozou dos mesmos níveis de popularidade registados por maior parte das obras da Marvel, isto impediu durante algum tempo que os principais estúdios cinematográficos apostassem num filme baseado numa história pouco popular e mais violenta e obscura que as obras da Marvel, contudo graças aos apelos de Del Toro e outros fãs da obra, os estúdios Revolucion e Columbia uniram esforços para produzir o filme. Contudo a obra acabou por apresentar algumas falhas imperdoáveis a nível da realização e argumento, o que impediu que o filme superasse os 100 milhões de dólares de lucro no Box-Office internacional.
Em plena II Guerra Mundial, nasceu das chamas do inferno o temível Herói Vermelho – Hellboy, trazido para a Terra pelo diabólico Rasputin, através de um ritual pagão, com o objectivo de ajudar os Nazis a ganharem a Guerra, contudo Hellboy é salvo das forças Hitlerianas pelo seu amigo e protector Dr. Broom, um investigador paranormal ao serviço do governo americano e posteriormente responsável pela criação de uma agência de pesquisa de fenómenos paranormais que irá ter Hellboy como figura de proa na luta contra o mal, este será auxiliado por outros indivíduos de elevado poder paranormal que farão de tudo para salvar o planeta do maléfico Rasputin e seus aliados. Guillermo Del Toro manteve-se fiel ao espírito negro e alternativo da obra literária, criando um filme obscuro e misterioso onde a acção decorre quase sempre de noite e onde os demónios e seres fantásticos dominam as atenções do princípio ao fim. As cenas de acção, apesar de razoáveis, poderiam ter saído muito melhor, isto é notório quando as comparamos com as cenas de outros filmes de super heróis como “X-Men” ou “Spider- Man”, as lutas de “Hellboy” estão demasiado cheias o que as torna muito confusas e pouco perceptíveis, no final só ficamos a saber que os maus foram derrotados pelos heróis mas ficamos sem saber como é que eles o fizeram. Na minha opinião faltou um pouco mais de planeamento na coreografia das lutas. O argumento começa por ser interessante, interpelando as origens de Hellboy com os Nazis e o mundo do oculto, no entanto, à medida que a trama se desenvolve, a história começa a perder ritmo e interesse, acabando por ter um final pouco apelativo e amplamente previsível. Outro aspecto onde o argumento falha é na caracterização e análise das principais personagens do filme, isto impede que o espectador se interesse pelos protagonistas e que se “incorpore” na sua história, nenhuma das personagens sobressai nem mesmo Hellboy, o principal super-herói do filme, também o vilão Rasputine não tem o carisma necessário para ombrear com a qualidade de alguns dos melhores vilões da banda desenhada já o seu fiel seguidor, Karl Ruprecht Kroenen, acaba por ser a personagem que mais curiosidade desperta graças ao seu enigmático e oculto passado.
“Hellboy”, como todos os filmes de super heróis, conta com algumas cenas de romance, neste caso somos apresentados a um triângulo amoroso entre o demónio Hellboy (Ron Perlman), a mutante Liz Sherman (Selma Blair) e o humano John Myers (Rupert Evans), em última análise estas cenas amorosas centram-se em Hellboy e Liz e servem para revelar o lado humano e carinhoso destes dois seres pouco dados a sentimentos e emoções. O elenco tem uma performance razoável, não existindo nenhum actor que sobressaia no meio da mediocridade, isto deve-se sobretudo ao argumento que não deixa ninguém brilhar, nem mesmo o protagonista Hellboy, que durante grande parte do filme anda à pancada com outros demónios, o que não deixa grande espaço para uma grande interpretação narrativa ou emotiva. Em termos técnicos o filme apresenta uma boa banda sonora e uns efeitos especiais de qualidade aceitável, estes poderiam ter sido utilizados de forma mais recatada já que em muitas cenas o seu uso é claramente excessivo.
“Hellboy” tem como base uma boa ideia, contudo o argumento não a conseguiu materializar totalmente no grande ecrã. A história que começa por ser interessante perde-se na previsibilidade e aborrecimento, as cenas de acção poderiam ter sido alvo de uma maior atenção e cuidado, os efeitos especiais deviam ter sido utilizados com mais moderação e as personagens do filme mereciam um melhor tratamento narrativo, estas são apenas algumas falhas de um filme que poderia ter ido mais longe.

Classificação - 2 Estrelas Em 5

Crítica - Hellboy (2004)

Realizado por Guillermo Del Toro
Com Ron Perlman, Selma Blair, Rupert Evans, John Hurt

Em 2004, chegou às salas de cinema mundiais o filme “Hellboy”, uma fiel adaptação cinematográfica da famosa banda desenhada criada por Mike Mignola em 1993. Este filme de acção sobrenatural foi realizado por Guillermo Del Toro que se dedicou de corpo e alma a este ambicioso e arriscado projecto que só se tornou possível graças a perseverança do cineasta. A verdade é que a banda desenhada “Hellboy”, nunca gozou dos mesmos níveis de popularidade registados por maior parte das obras da Marvel, isto impediu durante algum tempo que os principais estúdios cinematográficos apostassem num filme baseado numa história pouco popular e mais violenta e obscura que as obras da Marvel, contudo graças aos apelos de Del Toro e outros fãs da obra, os estúdios Revolucion e Columbia uniram esforços para produzir o filme. Contudo a obra acabou por apresentar algumas falhas imperdoáveis a nível da realização e argumento, o que impediu que o filme superasse os 100 milhões de dólares de lucro no Box-Office internacional.
Em plena II Guerra Mundial, nasceu das chamas do inferno o temível Herói Vermelho – Hellboy, trazido para a Terra pelo diabólico Rasputin, através de um ritual pagão, com o objectivo de ajudar os Nazis a ganharem a Guerra, contudo Hellboy é salvo das forças Hitlerianas pelo seu amigo e protector Dr. Broom, um investigador paranormal ao serviço do governo americano e posteriormente responsável pela criação de uma agência de pesquisa de fenómenos paranormais que irá ter Hellboy como figura de proa na luta contra o mal, este será auxiliado por outros indivíduos de elevado poder paranormal que farão de tudo para salvar o planeta do maléfico Rasputin e seus aliados. Guillermo Del Toro manteve-se fiel ao espírito negro e alternativo da obra literária, criando um filme obscuro e misterioso onde a acção decorre quase sempre de noite e onde os demónios e seres fantásticos dominam as atenções do princípio ao fim. As cenas de acção, apesar de razoáveis, poderiam ter saído muito melhor, isto é notório quando as comparamos com as cenas de outros filmes de super heróis como “X-Men” ou “Spider- Man”, as lutas de “Hellboy” estão demasiado cheias o que as torna muito confusas e pouco perceptíveis, no final só ficamos a saber que os maus foram derrotados pelos heróis mas ficamos sem saber como é que eles o fizeram. Na minha opinião faltou um pouco mais de planeamento na coreografia das lutas. O argumento começa por ser interessante, interpelando as origens de Hellboy com os Nazis e o mundo do oculto, no entanto, à medida que a trama se desenvolve, a história começa a perder ritmo e interesse, acabando por ter um final pouco apelativo e amplamente previsível. Outro aspecto onde o argumento falha é na caracterização e análise das principais personagens do filme, isto impede que o espectador se interesse pelos protagonistas e que se “incorpore” na sua história, nenhuma das personagens sobressai nem mesmo Hellboy, o principal super-herói do filme, também o vilão Rasputine não tem o carisma necessário para ombrear com a qualidade de alguns dos melhores vilões da banda desenhada já o seu fiel seguidor, Karl Ruprecht Kroenen, acaba por ser a personagem que mais curiosidade desperta graças ao seu enigmático e oculto passado.
“Hellboy”, como todos os filmes de super heróis, conta com algumas cenas de romance, neste caso somos apresentados a um triângulo amoroso entre o demónio Hellboy (Ron Perlman), a mutante Liz Sherman (Selma Blair) e o humano John Myers (Rupert Evans), em última análise estas cenas amorosas centram-se em Hellboy e Liz e servem para revelar o lado humano e carinhoso destes dois seres pouco dados a sentimentos e emoções. O elenco tem uma performance razoável, não existindo nenhum actor que sobressaia no meio da mediocridade, isto deve-se sobretudo ao argumento que não deixa ninguém brilhar, nem mesmo o protagonista Hellboy, que durante grande parte do filme anda à pancada com outros demónios, o que não deixa grande espaço para uma grande interpretação narrativa ou emotiva. Em termos técnicos o filme apresenta uma boa banda sonora e uns efeitos especiais de qualidade aceitável, estes poderiam ter sido utilizados de forma mais recatada já que em muitas cenas o seu uso é claramente excessivo.
“Hellboy” tem como base uma boa ideia, contudo o argumento não a conseguiu materializar totalmente no grande ecrã. A história que começa por ser interessante perde-se na previsibilidade e aborrecimento, as cenas de acção poderiam ter sido alvo de uma maior atenção e cuidado, os efeitos especiais deviam ter sido utilizados com mais moderação e as personagens do filme mereciam um melhor tratamento narrativo, estas são apenas algumas falhas de um filme que poderia ter ido mais longe.

Classificação - 2 Estrelas Em 5