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sábado, 3 de março de 2012

FantasPorto 2012 - Vencedores

Os grandes vencedores do FantasPorto 2012 são "Hell", de Tim Fehlbaum (Secção Oficial Cinema Fantástico) e “Avé", de Konstantin Bojanov (Semana dos Realizadores). O filme de Tim Fehlbaum venceu o Grande Prémio do Festival e o Prémio de Melhor Actriz (Hannah Herzsprung). Nesta secção, "Lobos de Arga", de Juan Martinez Moreno, arrecadou o Prémio do Júri e Susan Jacobson (“The Holding") venceu o Prémio Melhor Realização. "Bellflower", de Evan Godell, recebeu uma Menção Especial do Juri. Na Secção Semana dos Realizadores, "Avé", de Konstantin Bojanov, foi considerado o Melhor Filme e "A Moral Conjugal", de Artur Serra Araújo, venceu o Prémio Especial do Júri. "Juan de los Muertos", de Alexandro Burgués, foi o filme favorito do público que marcou presença nesta trigésima segunda edição deste festival portuense

Secção Oficial Cinema Fantástico

Melhor Filme
"Hell", de Tim Fehlbaum

Prémio do Júri
"Lobos de Arga", de Juan Martinez Moreno

Menção Especial do Júri
"Bellflower", de Evan Godell

Melhor Realização
Susan Jacobson por "The Holding"

Melhor Actor
Alexis Diaz de Villegas em "Juan de los Muertos"

Melhor Actriz
Hannah Herzsprung em "Hell"

Melhor Argumento
Alejandro Burgués por "Juan de los Muertos"

Melhores Efeitos Especiais
Eva

Melhor Curta-Metragem
"ColourBleed", de Peter Szewczyk
"Lizard Girl", de Choi Si-Young

Semana dos Realizadores

Melhor Filme
"Avé", de Konstantin Bojanov

Prémio Especial do Júri
"A Moral Conjugal", de Artur Serra Araújo

Melhor Realizador
Sebastián Borensztein por "Un Cuento Chino"

Melhor Argumento
Konstantin Bojanov por "Avé"

Melhor Actor
Marcin Dorocinski em "Rose"

Melhor Actriz
Emma Levie em "Lena"

Menção Especial do Júri
"Lena", de Christophe Van Rompaey

Prémios Não-Oficiais

Prémio da Crítica
"Lobos de Arga", de Juan Martinez Moreno

Prémio do Público
"Juan de los Muertos", de Alexandro Burgués

Prémios Carreira
Mike Hodges
Karen Shaknazarov
António-Pedro Vasconcelos

Diário do Fantas - Última Parte

O último dia de competição da 32ª edição do Fantasporto ficou marcado pelas exibições de “The Maiden Danced to Death” (filme que prometia ser uma experiência fascinante para o espectador), “Kill List” (com data de estreia em Portugal marcada para a próxima semana) e “In the Dark Half” (uma arrepiante história de fantasmas em regime de antestreia mundial). Porém, o filme que mais terá ficado na retina dos espectadores (não pelas melhores razões…) terá sido “Meat”, uma produção holandesa de forte cariz experimental que acompanha as perversões sexuais de um talhante amalucado. “Meat” não prima exactamente pela qualidade cinematográfica, já que é demasiado confuso e desvairado para se perceber seja o que for. Mas no meio de tanta luxúria nojenta e sebosa que decerto faria as delícias de Sigmund Freud e companhia limitada, lá se capta uma pitada de humor irónico quando a dupla de realizadores dá ênfase ao vício que os seres humanos parecem ter para com a carne (e não estamos aqui a falar dos lombinhos de vaca com cogumelos que a nossa avó tão bem fazia). Visto à 1:15h da madrugada ainda se tornou mais difícil de suportar, mas pelo menos sempre deu para rir um bom bocado (sempre é melhor que chorar).
E assim chegou ao fim mais uma edição do festival de cinema mais prestigiado do país. Este fim-de-semana vai ficar essencialmente marcado pela exibição de filmes repetidos e/ou premiados, pelo que o “Diário do Fantas” deixa aqui a sua nota de despedida. Para o ano há mais, se Deus quiser (Deus sendo aqui o governo português, que faz de conta que apoia o festival nas cerimónias de abertura mas que cada vez lhe corta mais as pernas, quiçá para se manter fiel ao espírito do Fantas).

sexta-feira, 2 de março de 2012

Diário do Fantas - Parte 6

O sétimo dia oficial do Festival Internacional de Cinema do Porto foi um dia em cheio, com películas para todos os gostos e feitios. Logo ao início da tarde, “The Theatre Bizarre” fez as delícias do público sedento de fitas repletas de gore e de um certo toque de negrume. Repartida em seis episódios dirigidos por seis realizadores diferentes, esta obra verdadeiramente internacional consegue apresentar uma variedade de temáticas que vão desde o drama puro à ficção-científica de série B, revelando-se um exercício cinematográfico bastante curioso e satisfatório. Nem todos os episódios se encontram ao mesmo nível, mas a diversão marca presença em todos eles e a estrutura narrativa não denota o mais ínfimo indício de falta de ritmo, o que é de louvar numa obra destas características.
Ao cair da noite foi a vez do japonês “Guilty of Romance” se apresentar em palco para comprovar que vale mesmo a pena prestar alguma atenção ao cinema asiático. Prometendo ser uma espécie de mistura entre a série televisiva “Law & Order” e o deveras estranho pink cinema nipónico, esta obra do realizador Sion Sono não se afirmou como um portento cinematográfico de excelência, mas sempre conseguiu retratar com sucesso o lado mais negro do sexo transformado em negócio, reservando para os cinéfilos do Fantasporto alguns dos momentos mais insólitos, perversos e surpreendentes de todo o festival. Algumas sequências são tão estranhas que o público do Rivoli não resistiu a mandar cá para fora as habituais gargalhadas ruidosas. E uma delirante sessão de chá com biscoitos entre uma família verdadeiramente disfuncional praticamente valeu pelo filme inteiro.
Contudo, o espanhol “Eva” foi o filme que brilhou mais alto em todo o dia de ontem. Já depois da exibição da divertida (e muito pertinente) curta-metragem “Error 0036”, este conto de pura ficção-científica nomeado para 12 prémios Goya encantou toda a gente com o seu drama familiar inserido num futuro muito próximo. O realizador Kike Maíllo tinha pedido aos espectadores que visionassem o filme com a bela e envolvente melodia de “E.T.” bem presente na cabeça. E de facto, o seu “Eva” insere-se num estilo cinematográfico muito similar ao das obras mais clássicas de Steven Spielberg. Por momentos, “Eva” chega a prometer transformar-se em algo de verdadeiramente extraordinário. Não chega a sofrer essa transformação porque toma uma direcção narrativa que o faz perder-se um pouco nos seus objectivos. Mas nunca deixa de ser uma película absolutamente terna e deliciosa, ficando desde já à consideração das distribuidoras nacionais para estrear nas salas de cinema comerciais de todo o país.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Diário do Fantas - Parte 5

O grande auditório do Teatro Rivoli voltou ontem a acolher uma grande enchente. O filme de co-produção argentina e espanhola “Chinese Take Away” praticamente esgotou a sala, algo invulgar para uma quarta-feira à noite. Pelo que se constou, o filme de Sebastián Borensztein encheu as medidas a toda a gente, fazendo jus às mais elevadas expectativas do grande público. Mais uma noite de gala para o Fantasporto, portanto.
Confirmado o valor de “Chinese Take Away”, chegou então a hora de ver o que valia “Hell”, um filme alemão com produção executiva do bem conhecido Roland Emmerich. Antes da exibição da película, o jovem realizador Tim Fehlbaum fez questão de mencionar que o título da obra possuía um duplo sentido: na língua inglesa já todos sabemos o que hell quer dizer (inferno), mas em alemão essa palavra refere-se a flashes de luzes intensos e repentinos. Tanto numa interpretação como noutra, o título adequa-se perfeitamente ao que a fita acaba por mostrar. Tendo como pano de fundo um cenário pós-apocalíptico em que tempestades solares secaram os solos terrestres e dizimaram uma grande parte da população humana, “Hell” exibe o planeta Terra como um inferno de raios ultravioleta verdadeiramente abrasadores, afirmando-se como uma película bastante competente a todos os níveis. Fehlbaum não foge à crítica social e à chamada de atenção para as gerações futuras, fazendo deste “Hell” uma obra de ficção-científica extremamente realista e perfeitamente plausível. Só é mesmo pena que tenha sido precedida pela exibição da curta-metragem “Pristine in Torment”, uma curta de cariz claramente experimental que depressa se revelou excessivamente bizarra para os gostos de todos. Nem mesmo os mais tolerantes pareceram ter paciência para esta curta de narrativa vertiginosa, até porque são 29 minutos com duas mulheres aparentemente maluquinhas a percorrer túneis poeirentos enquanto chiam como ratazanas… Mas o Fantas é mesmo assim. Num instante estamos absolutamente deliciados e no instante seguinte já estamos com a cabeça a andar à roda.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Diário do Fantas - Parte 4

O britânico “Attack the Block” e o japonês “Zombie Ass – Toilet of the Dead” (sim, o título deste último é mesmo este…) foram essencialmente os filmes que marcaram o certame de ontem do Fantasporto 2012. Mais conhecido por ser o argumentista do recente “The Adventures of Tintin”, o realizador estreante Joe Cornish subiu ao palco e, ao bom estilo britânico, começou por mandar umas piadas referentes ao título português do seu “Attack the Block”. É que esta obra de ficção-científica com extraterrestres em formato de orangotango de boca azulada já assegurou a sua distribuição pelos cinemas comerciais portugueses e o título nacional vai ser nada mais, nada menos que este: “ET’s In Da Bairro”. Ridículo, não é? Pois, Joe Cornish também achou que sim e deixou até uma sugestão que as distribuidoras portuguesas poderão utilizar na nomenclatura da sequela de “Avatar”: em vez de “Avatar 2”, porque não “Gajo Azul VS Exército”? Uma boa sugestão, sem dúvida.
Mas vamos a coisas sérias. Pelos inúmeros prémios que tem recebido e pelas críticas francamente positivas oriundas dos quatro cantos do planeta, esperava-se que “Attack the Block” fosse um filme a manter na memória por muito, muito tempo. Mas infelizmente não ficará na nossa memória por mais do que dois ou três dias. E isto porque se trata de um filme com um fio narrativo mais que visto e até mesmo demasiado forçado. As criaturas extraterrestres são relativamente originais e o realizador consegue fazer uma crítica mordaz ao modo de pensar (e actuar) das novas gerações britânicas. Porém, a ligação entre algumas personagens não convence de todo e os gangsters de língua afiada acabam por se transformar em heróis salvadores da pátria, o que não é propriamente reconfortante nem minimamente credível.
“Zombie Ass – Toilet of the Dead” acabou então por ser o filme mais gratificante do serão nocturno. É claro que não é nenhum portento cinematográfico digno de Óscares, Goyas, Palmas de Ouro e outros quantos prémios internacionais. Mas dentro do contexto de um Fantasporto, é de facto um filme excepcional. Imaginem o filme mais parvo que já viram em toda a vossa vida. Agora tripliquem esse nível de parvoíce e deverão ficar a uma curta distância de atingir a maluqueira desta película japonesa. Claramente inspirado nos anime japoneses e até no mundo dos videojogos, “Zombie Ass – Toilet of the Dead” é uma mistura completamente tresloucada de “Alien” com “Dreamcatcher”. Graças a uma obsessão quase mórbida do realizador Noboru Iguchi por rabos desnudados e gases fedorentos, este é daqueles filmes que nos leva a rir até às lágrimas. Mas poderíamos esperar menos do que isso do célebre realizador de “The Machine Girl” e “Robo Geisha”? A resposta é não. Claro que não.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Diário do Fantas - Parte 3

Após um dia de interregno para acompanhar a 84ª edição dos Óscares com toda a atenção do mundo, regressámos ao Teatro Rivoli para presenciar o que o quarto dia do festival tinha para nos oferecer. Depois de uma maratona diurna que, ao que parece, superou todas as expectativas, a sessão nocturna acabou por se revelar um pouco decepcionante.
O filme israelita “The Slut” foi a primeira exibição da noite e não conseguiu captar a admiração dos espectadores. A sequência final deixa-nos com um nó na garganta e provoca-nos arrepios (afinal de contas, aquilo que se pede num filme de Fantasporto), mas toda a película é contaminada por um marasmo difícil de suportar. A obra de Hagar Ben Asher praticamente não tem diálogos, dado que as suas personagens passam a vida a dizer “olá” e “adeus” sem terem uma conversa digna desse rótulo. Por um lado, isto pode ser uma tentativa de demonstrar a frivolidade das relações de uma mulher (a personagem principal) que paga os serviços dos outros com actos sexuais. Mas por outro lado denota uma falta de criatividade gritante do argumento e rapidamente deixa o espectador sem grande paciência para continuar a acompanhar as desventuras destas personagens com o interesse devido. O que salvou essa sessão das 21:15h foi mesmo a curta-metragem “The Lost Town of Switez”, que foi exibida antes do filme israelita. Esta foi mesmo uma das surpresas mais agradáveis do certame até ao presente momento. Com um design de animação claramente inspirado em pinturas renascentistas e uma fotografia absolutamente deslumbrante, “The Lost Town of Switez” suga-nos para o seu mundo de fantasia com uma facilidade tremenda, fazendo ainda as delícias do espectador com uma banda-sonora clássica e um jogo de cores simplesmente encantador. Uma curta para não esquecer tão cedo, estamos certos disso.
“Lobos de Arga” – o segundo filme da noite – prometia ser bem mais entusiasmante do que “The Slut” e, de facto, assim foi. Mas isso não quer dizer que tenha sido um triunfo completo. Um dos organizadores do festival havia dito que este era um dos filmes do género fantástico mais espectaculares dos últimos anos. E de facto, pelo menos a nível de efeitos especiais, foi deveras espectacular. Mas esteve longe de ser o portento cinematográfico que se esperava. É uma obra divertida e sanguinolenta, é certo, mas demasiado previsível e até mesmo repetitiva. De resto, para encerrar a noite houve ainda a transmissão de “The Bunny Game”, um filme chocante ao estilo dos “snuff movies”. Mas poucos foram já aqueles que permaneceram no Rivoli a essas horas tardias.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Diário do Fantas - Parte 2


O segundo dia oficial do festival trouxe o realizador Artur Serra Araújo de volta à cidade invicta. Com “Suicídio Encomendado”, o cineasta português surpreendeu tudo e todos ao arrecadar o Prémio Especial do Júri no Fantasporto 2007. Não sendo já um desconhecido, a edição deste ano decidiu reservar-lhe um cantinho muito especial na programação, exibindo-lhe a longa-metragem “A Moral Conjugal” em horário nobre de um sábado à noite e em regime de antestreia mundial. Nada mau para um produto cinematográfico nacional. Mas algo que só põe a nu a forma cada vez mais notória como o Fantasporto apoia o cinema português, afirmando-se como uma autêntica montra de luxo para muitos jovens realizadores lusitanos.
Todavia, por muito que seja de louvar esta aposta no cinema nacional, o filme deste sábado que todos realmente queriam ver era “Juan de los Muertos”, o primeiro (e propositadamente tresloucado) filme de zombies cubano. Como seria de esperar ante uma premissa tão invulgar e prometedora, o grande auditório do Teatro Rivoli voltou a acolher uma grande enchente pela segunda noite consecutiva. Antes de as portas abrirem quase não se encontrava espaço para andar no átrio do Rivoli, tal era a massa de gente animada e entusiasmada que por ali se encontrava. Mas às 23:15h em ponto as portas desaferrolharam-se finalmente e o grande auditório ficou a rebentar pelas costuras em poucos minutos. Uma vez mais, tivemos a oportunidade de escutar as palavras comovidas de um dos actores do elenco antes de a fita começar a rolar, bem como as palavras de agradecimento do realizador e do produtor da curta-metragem “8”, que antecedeu a exibição do grande filme da noite. Filme esse que cumpriu com tudo aquilo que prometia. Um dos organizadores do festival havia referido que “Juan de los Muertos” era do tipo de filme que (infelizmente) só encontrava espaço de exibição num festival como o Fantas, tal era a sua irreverência e invulgaridade. E de facto não duvidamos que este tenha sido um dos melhores e mais divertidos filmes desta 32ª edição do Fantasporto. “Juan de los Muertos” é uma espécie de “Shaun of the Dead” adaptado à realidade cubana. E a loucura que paira sobre toda a película é tão grandiosamente deliciosa que o público do Rivoli praticamente não ficou mais de cinco minutos sem soltar uma boa gargalhada. E no final, conforme se esperava, um coro bombástico de aplausos quase rebentou com as portas do grande auditório.
Mas a noite não ficou por aqui, pois a seguir a “Juan de los Muertos” foi a vez de “Some Guy Who Kills People” entrar em acção. Por comparação directa com a película cubana, esta obra de Ryan Levin saiu claramente a perder, já que não possui nem metade do brilhantismo da primeira. Ainda assim não deixou de ser uma surpresa razoável, reservando-nos bons momentos de comédia mesclados com a habitual dose de sangue a jorros.

PS: Este Domingo o Portal Cinema vai concentrar-se única e exclusivamente nos Óscares 2012. Como tal, o “Diário do Fantas” estará de regresso na terça-feira.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Diário do Fantas - Parte 1


Naquele que foi o primeiro dia oficial do Fantasporto 2012, a noite começou em grande com a antestreia nacional do muito aguardado “Shame”, de Steve McQueen. Como sempre acontece nas cerimónias de abertura do festival, muitas personalidades da política e da cultura portuguesa marcaram presença (desde o Secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, ao presidente da Câmara do Porto, Rui Rio), quanto mais não fosse para assinalar a tremenda importância deste festival no panorama cinematográfico português. Por causa dos discursos da praxe, o filme de abertura iniciou a sua exibição com sensivelmente uma hora de atraso, o que forçou o retardamento da restante programação nocturna. Mas ao que se sabe, ninguém se queixou. Pois os que compareceram à cerimónia de abertura deliciaram-se com as perversões sexuais de Michael Fassbender, e os espectadores que foram surpreendidos com a notícia de que a sessão das 23:15h só se realizaria depois da meia-noite aproveitaram para tomar um copo e pôr a conversa em dia no Espaço Cidade do Cinema.
Obviamente que o grande destaque do dia foi então a mais recente obra de Steve McQueen, que conseguiu encher o grande auditório do Teatro Rivoli. Mas “Shame” vai já estrear entre nós nas próximas semanas, pelo que preferimos aqui dar mais ênfase à sessão dupla que ocupou o resto da noite. Falamos das duas partes de “Bag of Bones”, uma série de televisão que foi adaptada ao formato cinematográfico para ser exibida em festivais como o Fantas. Antes de a fita começar a rolar na soberba escuridão do Teatro Rivoli, o realizador Mick Garris apresentou-se em palco sorridente e bem-disposto. Falou do prazer que foi trabalhar com um actor como Pierce Brosnan e mostrou-se satisfeito por estar prestes a passar metade da noite na companhia de tão calorosos cinéfilos. As palmas tomaram logo o auditório de assalto e “Bag of Bones” começou finalmente a desenrolar-se no grande ecrã. Podemos dizer que não foi propriamente o melhor filme que já vimos no Fantas. Nota-se bem que é uma série disfarçada de longa-metragem e o argumento não será exactamente dos mais brilhantes que já vimos. Mas deu para entreter e isso é que importa realmente. Aqui e acolá os sustos manifestaram-se com sucesso e um grito inesperado de uma espectadora atrás de nós levou a sala a rir-se às gargalhadas. Eram já quase três e meia da manhã quando a sessão dupla terminou, e saímos desgastados de um Rivoli a bombar música de discoteca no quarto piso. A noite foi longa, mas nem por isso os cinéfilos se apressaram a arredar pé da praça D. João I. Sinal de que estão sedentos por muito mais.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Diário do Fantas A Partir De Amanhã No Portal Cinema

Sabemos bem que, em virtude de se realizarem já no próximo Domingo (dia 26 de Fevereiro), os Óscares têm reservado para si todas as atenções dos últimos dias. Mas este fim-de-semana vai também ficar marcado por um evento que adquire cada vez mais importância no panorama cinematográfico português. Estamos a falar, é claro, do Fantasporto. Após quatro dias de pré-Fantas que serviram essencialmente para despertar o apetite dos cinéfilos nortenhos, a abertura oficial do 32º Festival Internacional de Cinema do Porto realiza-se hoje com a exibição de “Shame”, o muito aguardado filme de Steve McQueen com Michael Fassbender no papel principal. E este ano, o Portal Cinema vai acompanhar o maior e mais prestigiado festival português como nunca antes o fez. A partir de amanhã e até ao fim do festival, vamos dar destaque àquilo que de melhor o Fantasporto tem para nos oferecer nesta edição. Iremos fazê-lo num formato semelhante a um diário, num pequeno segmento a que demos o nome de “Diário do Fantas”. Como sempre, esperamos que nos acompanhem nesta viagem pelo mundo do fantástico. Pois ele já aterrou na cidade do Porto com toda a pompa e circunstância. Estão preparados?

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

FantasPorto 2012 - Semana dos Realizadores e Premiére & Panorama

A organização do FantasPorto 2012 revelou a lista de filmes que vão ser exibidos nas secções Semana dos Realizadores e Premiére & Panorama. “Rose”, de Wojciech Smarzowski (Polónia); “A Moral Conjugal”, de Artur Ribeiro (Portugal); “Ave”, de Konstantin Bojanov (Bulgária); “Almanya”, de Yasemin Samdereli (Alemanha), “The Slut”, de Hagar Ben Asher (Israel); “Cherry”, de Quinn Saunders (EUA); “Immaturi”, de Paolo Genovese (Itália); “Guilty of Romance”, de Sion Sono (Japão); “Lena”, de Christophe van Rompaey (Bélgica); “Hotel Lux”, de Leander Haussmann (Alemanha); “El Artifício”, de José Enrique March (Espanha) e “Shame”, de Steve McQueen (Reino Unido) vão todos ser exibidos durante a Semana dos Realizadores. O já anunciado “Shame”, de Steve McQueen, é claramente o filme mais mediático desta secção, mas também há que destacar a presença de “A Moral Conjugal”, um filme de Artur Serra Ribeiro, que volta assim a um certame que já premiou um dos seus filmes em 2007. O controverso “Slut”, de Hagar Bem Ashe, tem deixado irritada a critica mais conservadora, mas promete agitar o FantasPorto 2012, com a sua história sobre uma mulher ninfomaníaca que tenta balançar o seu polémico vício com os seus encargos parentais. A comédia “Almanya”, de Yasemin Samdereli, também parece ser um filme interessante, no entanto, este será um dos poucos filmes do FantasPorto 2012 que não será uma novidade/ estreia, porque vai ter a sua estreia nacional na KINO 2012 em Lisboa. O asiático “Guilty of Romance”, de Sion Sono (Japão), e o norte-americano “Cherry”, de Quinn Saunders, também se avizinham como alguns dos melhores filmes desta secção.
A secção Premiére & Panorama vai contar com a exibição dos seguintes filmes: “Bag of Bones”, de Mick Garris (EUA); “Kill List”, de Ben Wheatley (Reino Unido); “Some Guy Who Kills People”, de Ryan Levin (EUA); “The Bunny Game”, de Adam Rehmeier (EUA); “Monster Brawl”, de Jesse T. Cook (Canadá); “This Must be the Place”, de Paolo Sorrentino (EUA); “The Maiden Danced to Death”, de Endre Hules (Hungria); “Adventures in Plymptoons!”, de Alexia Anastasio (EUA); “Meat”, de Victor Nieuwenhuijs e Maartje Seyferth (Holanda); “The Truth of Lie”, de Roland Reber (Alemanha); “Gandu”, de Q (Índia); “Life in One Day" de Mark  Cloe (Holanda); “Zombie’s Ass”, de Noboru Iguchi (Japão); “Savages Crossing”, de Kevin James Dobson (Austrália); “Exit Humanity”, de John Geddes (Canadá); “The Front Line”, de Renato de Maria (Itália); “Untitled”, de Jonathan Parker e Manfred Baumann (EUA); “Tear This Heart Out”, de Robert Sneider (México); “La Milagrosa”, de Rafael Lara (Colombia); “A Boyfriend for My Wife”, de Juan Taratuto (Argentina) e “Glorious 39”, de Stephen Poliakoff (Reino Unido). A estreia continental de “Bag of Bones”, um filme/ minissérie de Mick Garris cuja história é baseada na homónima obra literária de Stephen King, assume-se claramente como um dos maiores destaques desta secção, até porque Mick Garris vai estar presente na exibição deste thriller, que conta com Pierce Brosnan e Melissa George no seu elenco. Um dos maiores sucessos indies britânicos dos últimos anos, “Kill List”, de Ben Wheatley, também faz parte desta secção, bem como o já anunciado “This Must be The Place”, de Paolo Sorrentino”, que inclusivamente vai fechar o festival. O violentíssimo “ The Bunny Game”, de Adam Rehmeier, promete ser o “A Serbian Film” do FantasPorto 2012, já que tem causado fortes ondas de controvérsia por onde tem passado. “Zombie’s Ass”, de Noboru Iguchi, já arrecadou o Prémio de Título Mais Curioso do FantasPorto 2012, mas o conteúdo desta obra também parece ser merecedora de atenção, até porque tem tido um bom feedback na Ásia. O elenco de luxo de “Glorious 39”, de Stephen Poliakoff, também torna este drama britânico numa das escolhas mais interessantes da Premiére & Panorama, onde também vão ser exibidos os curiosos e alternativos “Monster Brawl”, de Jesse T. Cook ou “Meat”, de Victor Nieuwenhuijs e Maartje Seyferth, bem como os fortes dramas sul-americanos “Tear This Heart Out”, de Robert Sneider (México) e “La Milagrosa”, de Rafael Lara (Colombia). O FantasPorto 2012 vai decorrer de 20 de Fevereiro a 4 de Março de 2012.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

FantasPorto 2012 - Secção Competitiva

A organização do FantasPorto 2012 revelou a lista oficial dos catorze filmes que vão ser exibidos no âmbito da Secção Competitiva desta trigésima sétima edição do Festival Internacional de Cinema do Porto. Os filmes escolhidos são - “Juan of the Dead”, de Alexandro Bruguès (Espanha/ Cuba); “Lobos de Arga”, de Juan Martinez Moreno (Espanha); “The Holding”, de Susan Jacobson (Reino Unido), “Eva”, de Kike Maíllo (Espanha); “Bellflower”, de Evan Godell (EUA); "Eddie, The Sleepwalking Cannibal”, de Boris Rodriguez (EUA); “Key Hole”, de Guy Maddin (Canadá); “Madonna’s Pig”, de Frank van Passel (Bélgica); “Code 37: The Movie”, de Jakob Verbruggen (Canadá); “Calibre 9”, de Jean-Christian Tassy (França); “Attack the Block”, de Joe Cornish (Reino Unido/ França); “Hell”, de Tim Fehlbaum (Alemanha); “In the Dark Half”, de Alastair Siddons (Reino Unido) e “The Whisperer in the Darkness”, de Sean Barney (EUA). Os cinéfilos mais desatentos não deverão conhecer muitos destes filmes, mas até estes já devem ter ouvido falar de “Bellflower”, de Evan Godell (EUA), um dos filmes indies de terror/ acção mais louvados do último ano que arredou o Prémio do Júri de Melhor Filme no Festival STIGES 2011, tendo também sido exibido no Festival de Sundance 2011. O drama sci-fi “Eva”, de Kike Maíllo (Espanha), também será uma das maiores atracções desta Secção Competitiva, ou não fosse este um dos filmes mais nomeados aos honrosos Prémios Goya (Óscares de Espanha). “Lobos de Arga”, de Juan Martinez Moreno, deixou muitas boas impressões no Festival de STIGES 2011 e será certamente um filme a ver. A mistura entre comédia, terror e ficção-cientifica está bem presente em “Juan of the Dead”, de Alexandro Bruguès (Espanha/ Cuba) e “Attack the Block”, de Joe Cornish (Reino Unido/ França), duas obras de valor reconhecido, cujos elementos promocionais têm feito furor na internet e nas redes sociais. O único filme alemão da secção - “Hell”, de Tim Fehlbaum - também promete ser uma das agradáveis surpresas deste festival, bem como o belga “Madonna’s Pig”, de Frank van Passel. É de recordar que “Shame”, de Steve McQueen e “This Must be The Place”, de Paolo Sorrentino vão abrir e fechar este FantasPorto 2012 que decorrerá 20 de Fevereiro a 4 de Março no Porto.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Shame e Bellflower No FantasPorto 2012

A organização do FantasPorto 2012 revelou uma pequena lista de filmes que vão fazer parte da programação oficial deste certame. Uma dessas obras é “Shame”, um drama de Steve McQueen que nos conta a história de um viciado em sexo (Michael Fassbender), que é forçado a conter o seu vício com a súbita visita da sua irmã mais nova. O aclamado “Bellflower”, de Evan Glodell, também fará parte da selecção oficial deste festival. “Un Cuento Chino”, de Sebastián Borensztein, “Madonna's Pig”, de Frank Van Passel, “Rose”, de Wojciech Smarzowski, e “Meat”, de Victor Nieuwenhuijs e Maartje Seyferth, também se juntam ao já anunciado “This Must Be The Place”, um filme de Paolo Sorrentino que será exibido na sessão de encerramento deste certame que decorrerá de 20 de Fevereiro a 4 de Março de 2012.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

This Must Be The Place Fecha FantasPorto 2012

O novo filme de Paolo Sorrentino, “This Must be The Place”, vai encerrar o Fantasporto 2012. Sean Penn, Frances McDormand, Judd Hirsch e Harry Dean Stanton são as maiores estrelas do elenco deste “This Must be The Place”, cuja história se centra num músico (Sean Penn) que, ao saber que o pai está prestes a morrer, viaja para Nova Iorque na esperança de se reconciliar com o seu progenitor, durante as suas últimas horas de vida, mas chega muito tarde. A sua viagem não é feita em vão porque descobre, entretanto, a humilhação que o pai viveu em Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial, nas mãos de um ex-oficial da SS, Aloise Muller. Cheyenne embarca então numa viagem para descobrir o homem que torturou o pai, um nazi criminoso de guerra que se esconde no interior dos Estados Unidos da América. “This Must be The Place” esteve na corrida à Palma de Ouro do Festival de Cannes 2011, e é descrito como sendo uma forte comédia dramática sobre a aceitação e redenção. A sua estreia nas salas de cinemas nacionais deverá acontecer em Março de 2012. O FantasPorto realiza-se entre 20 de Fevereiro e 4 de Março no Porto.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

FantasPorto 2012 Homenageia Bram Stoker

A 32ª Edição do Festival Internacional de Cinema do Porto vai homenagear Bram Stoker, através da exibição de “Nosferatu” de Murnau e “Drácula” de Francis Ford Coppola, dois dos maiores clássicos de terror da sétima arte, cuja história é baseada em “Drácula”, um dos romances mais famosos deste icónico escritor irlandês que faleceu há cem anos. Os dois clássicos vão ser novamente exibidos num ecrã gigante, sendo a cópia de “Nosferatu”, uma versão restaurada.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Karen Shakhnazarov Vai Ser Homenageado No FantasPorto 2012

Karen Shakhnazarov, um dos cineastas russos mais influentes da sétima arte, vai receber o Prémio de Carreira na 32ª Edição do Festival Internacional de Cinema do Porto. O certame também vai-lhe fazer uma devida homenagem ao exibir um lote de filmes que foi escolhidos pelo próprio realizador. “Zero City” (1988), “Assasin” (1991), “Day of Full Moon” (1998), “Poisons or World History of Poisoning” (2000), “The Rider Named Death” (2004), “The Vanished Empire” (2008) e “Ward Number 6” (2009) são as obras que vão ser exibidas na Retrospectiva de Shakhnazarov.

sábado, 29 de outubro de 2011

Novidades Sobre o FantasPorto 2012

As últimas semanas têm sido muito ricas em novidades sobre o FantasPorto 2012. A 32ª Edição do Fantas vai comemorar o 30º Aniversário da estreia de “Blade Runner”, um clássico sci-fi e um dos maiores filmes de culto deste festival que o vai voltar a exibir. Este certame também vai contar com uma Retrospectiva de Ed Wood, um cineasta norte-americano que foi considerado o pior realizador da história do cinema, sendo "Plan 9 from Outer Space" o filme de culto que mais se destaca na sua carreira recheada de insucessos críticos e comerciais. A organização também revelou que o realizador britânico Milke Hodges vai receber, durante este certame, um Prémio Honorário de Carreira pelo seu valioso contributo para a sétima arte. O FantasPorto 2012 também vai ficar marcado pela exibição de uma versão restaurada de um dos seus maiores trabalhos – “Get Carter”, uma obra de 1971 onde Michael Caine brilhou ao mais alto nível. O Portal Cinema também informa que o Livre-Trânsito do FantasPorto 2012 já se encontra à venda, custando apenas 60 Euros até 30 de Dezembro de 2011.

sábado, 23 de julho de 2011

FantasPorto 2012 - Poster

O poster oficial do FantasPorto 2012 foi revelado. A 32ª Edição do Festival Internacional do Porto vai realizar-se no Teatro Rivoli (Porto) entre 20 de Fevereiro e 4 de Março de 2012 e vai ficar marcada pela homenagem a António-Pedro Vasconcelos, um dos cineastas nacionais mais conhecidos e conceituados.