Capa do Filme Shrek Para Sempre – O Capítulo Final
Sinopse do Filme Shrek Para Sempre – O Capítulo Final
Cuidado com o que você deseja, porque pode acontecer! Essa é a mensagem que fica para o público após assistir Shrek para Sempre, o quarto filme da série da Dreamworks Animation que traz o ogro já conhecido de todos. Colocado como o último da saga, este episódio falha em ser como os demais, deixando de trazer novidades interessantes. O enredo, extremamente repetitivo, cansará a aqueles que não tendem a se encantar facilmente com os efeitos em 3D. Talvez seja a excessiva familiaridade com os personagens, a "mão ruim" do diretor Mike Mitchell ou o fato de que as piadas continuam as mesmas. O fato é que o filme não funciona da mesma forma que os outros. Se no primeiro temos a conquista de Fiona por Shrek, o segundo nos mostra a peculiar situação dos dois voltando para o reino de Tão Tão Distante e tendo de lidar com a família dela, enquanto no terceiro há os bebês. O que poderia haver reservado para o quarto filme então? A verdade é que não há novos personagens no time da família verde (não, eu não estou considerando os ogros ‘revolucionários’, que aparecem pouco e mais pro final do filme). As novidades são todas no time dos antagonistas, com um Rumpelstiltskin (voz de Walt Dohrn, que dirigiu alguns episódios de Bob Esponja e participou de Laboratório de Dexter, o desenho do Cartoon Network) bem chato e o Flautista de Hamelin inexpressivo, bem bobo.
Não há como esses personagens conquistarem as crianças. Mesmo. Das bruxas sem sal eu nem comento. Detalhe: no Brasil, os personagens acima são praticamente desconhecidos, apesar de serem dos Irmãos Grimm. Fica difícil também acreditar no fato de que Shrek seja tão idiota a ponto de ser levado a fazer o que faz. Ele não passou por situações semelhantes nas obras anteriores? Terá perdido a memória? O ogro simpático será assim tão bobo? E o pior: a solução para os problemas dele também é a mesma dos outros filmes. Um tédio. Destaque negativo para a inserção da música You Got a Friend, de Carole King, algo bastante forçado.
A intenção é boa (mostrar a eterna amizade, tema da série como um todo), mas executada de maneira bem fraca. Sem contar o fato de que a melodia é pouco conhecida dos jovens (pelo menos aqui no Brasil é assim), que dirá das crianças, que assistirão tudo dublado e acharão mais sem graça ainda. Mas nem tudo no filme é ruim: a trilha continua muito boa (com algumas ressalvas, uma eu já citei), há uma grande batalha épica levemente interessante e até mesmo uma perseguição a la Harry Potter. Destaque positivo para a única parte realmente tocante de toda a obra, quando Shrek tira um brinquedo do bolso. Comovente. No geral, Shrek para Sempre é uma animação ‘bonitinha’, que ensina às crianças a lição de moral de valorizar o que você tem de bom e a importância de se ter uma família. Mas é um enredo que também pode ser lido pelos mais ‘conspiratórios’ como "conforme-se com sua situação, você podia estar pior". De qualquer forma, deixou de ser encantador e educativo para ser apenas este último e se as crianças mais espertas, para quem o 3D não é mais novidade, vão achar chatíssimo, nem comento sobre os adultos.
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