domingo, 29 de janeiro de 2012

Crítica - Underworld 4: Awakening (2012)

Realizado por Bjorn Stein e Måns Mårlind
Com Kate Beckinsale, John Hlavin, Michael Ealy

A crítica nunca se rendeu à “Underworld Saga”, mas “Underworld” (2004) e “Underworld: Evolution” (2006) até são, no meu entender, filmes relativamente interessantes e esteticamente atraentes que mereceram todo o seu sucesso comercial, muito embora reconheça que nenhum deles é um clássico da sétima arte. Ao contrário dos seus cativantes antecessores, “Underworld: The Rise of the Lycans” (2009) deixou muito a desejar mas todos esperavam que o regresso da bela e mortífera Selene (Kate Beckinsale) trouxesse um novo fôlego e brilho à saga, mas infelizmente isso não aconteceu e este “Underworld 4: Awakening” acaba por ser mais um festival de acção desmesurada com uma fraca e timidamente desenvolvida narrativa. A sua história desenrola-se doze anos após os eventos de “Underworld: Evolution” e centra-se novamente em Selene (Kate Beckinsale), uma vampira e ex-mercadora da morte que acorda de um coma induzido e descobre que tem uma filha híbrida, Eve (India Eisley), que é vista como o trunfo dos Vampiros para derrotar os Lycans (Lobisomens) e os Humanos, que entretanto descobriram a existência destes seres sobrenaturais. A filha de Selene e Michael Corvin também chama a atenção dos Lycans, que pretendem utilizar o seu sistema imunitário para melhorar as características da sua raça e evitar assim a sua iminente extinção.


A vertente narrativa de “Underworld 4: Awakening” é medíocre, não só por estar recheada de irritantes clichés e vários elementos sem interesse, mas também por não contextualizar devidamente os seus acontecimentos com os de “Underworld” (2004) e “Underworld: Evolution” (2006), deixando desta forma confusos todos aqueles que não seguem religiosamente esta saga. A leviandade da sua história é lamentável, mas “Underworld 4: Awakening” também não nos oferece sequências de acção/ destruição muito cativantes e satisfatórias, já que a maioria das batalhas que Selene trava contra Humanos ou Lycans não têm nenhuma emotividade ou credibilidade, sendo apenas uma série de cenas banais e barulhentas com muito CGI à mistura. A sua estética também não é tão atractiva ou delicada como a dos seus antecessores, sendo de realçar a fraca caracterização dos seus intervenientes ou a ausência de refinados cenários. A bela Kate Beckinsale assume-se como a maior e única estrela do elenco, já que nenhum dos outros actores e actrizes consegue rivalizar com o seu estatuto ou indiscutível talento que a torna claramente no único verdadeiro atractivo deste sombrio blockbuster, que Bjorn Stein e Måns Mårlind não souberam transformar num filme decente com um nível semelhante ao dos dois “Underworld’s” que iniciaram esta saga. 

Classificação – 2 Estrelas Em 5

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