terça-feira, 8 de novembro de 2011

Crítica - The Thing (2011)

Realizado por Matthijs van Heijningen Jr.
Com Mary Elizabeth Winstead, Joel Edgerton, Ulrich Thomsen

O slasher “Halloween” (1978) é, indiscutivelmente, o filme mais aclamado e laureado da ilustre carreira de John Carpenter, mas este icónico cineasta criou outras obras de luxo como “The Fog” (1980) ou “The Thing” (1981), um verdadeiro clássico de terror sci-fi, onde um grupo de cientistas é confrontado com um extraterrestre assassino que assume a aparência das suas vítimas. O estatuto de culto de “The Thing” levou a Strike Entertainment e a Morgan Creek Productions a desenvolverem um filme medíocre e sem muito sentido que nos relata os acontecimentos que antecederam os eventos desse clássico da sétima arte, cuja história não precisava de um prólogo tão extenso e tão ridículo com este. A narrativa desta nova obra leva-nos então até a Antártica, um continente extraordinariamente frio e isolado, onde um grupo de cientistas internacionais descobre e desenterra uma misteriosa criatura extraterrestre que acorda do seu sono e decide matar todos os humanos à sua volta, utilizando para esse efeito as suas fantásticas habilidades de camuflagem.


O enredo deste “The Thing” é muito semelhante ao do homónimo trabalho de John Carpenter, no entanto, este último incutiu à luta pela sobrevivência dos cientistas uma maior incerteza e dinamismo. As cenas de terror também são muito mais abundantes e eficazes no “The Thing” de 1981,uma obra muito mais refinada que este enfadonho trabalho de Matthijs van Heijningen Jr., onde os momentos de intensidade e horror são extremamente raros. O seu único elemento de valor é a sua fantástica conclusão, no entanto, um final assustador e uma transição astuta não são suficientes para o salvar da mediocridade. O estreante Matthijs van Heijningen Jr. bem tentou criar uma obra interessante, mas acabou por evidenciar uma clara falta de “know-how” que vem ao de cima em muitos momentos do filme, nomeadamente nas cenas onde existem mortes ou revelações arrebatadoras. O seu elenco também não nos maravilha e nem as suas maiores estrelas - Mary Elizabeth Winstead, Joel Edgerton e Eric Christian Olsen – conseguem convencer-nos com as suas performances. Em suma, “The Thing (2011) é um desinteressante e insultuoso anexo a um clássico certificado da sétima arte que não merecia esta desfeita.

Classificação – 1,5 Estrelas Em 5

0 comentários :

Postar um comentário