quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Crítica - One Day (2011)

Realizado por Lone Scherfig
Com Anne Hathaway, Jim Sturgess, Patricia Clarkson

O bestseller “One Day” de David Nicholls foi lançado em 2009 mas não demorou a ser transformado num filme medíocre e emocionalmente inconstante onde Anne Hathaway e Jim Sturgess dão vida a Emma Morley e a Dexter Mayhew, dois indivíduos com sonhos e mentalidades totalmente diferentes que se conhecem durante o seu último dia na universidade e que juram encontrar-se, uma vez por ano, na mesma data em que se conheceram para reacender a sua amizade e falar sobre as suas vivências e sobre o seu futuro.


A história de “One Day” tinha tudo para ser uma das mais comoventes e românticas do ano, mas as suas inúmeras deficiências narrativas acabaram por condenar este filme ao fracasso crítico e comercial. O desenvolvimento individual das vidas e das carreiras de Dexter e Emma é feito de uma forma muito artificial e só as cenas onde estes dois se reúnem é que saltam à vista devido ao seu inerente interesse melodramático, sendo o seu relacionamento o único elemento minimamente interessante deste filme onde tudo o resto parece ser meramente decorativo e secundário. A sua conclusão não nos oferece um clássico final romântico, mas dá-nos um final feliz que confirma a sua essência melodramática.


A realização de Lone Scherfig também não está isenta de erros. É verdade que esta talentosa cineasta nórdica maravilhou a crítica com o mundialmente aclamado “An Education”, mas não soube controlar e emendar o enredo desta obra que não nos demonstra o seu real valor como realizadora. O elenco de “One Day” também não nos maravilha. Jim Sturgess até está muito bem como o mimado e convencido Dexter Mayhew, mas Anne Hathaway desilude-nos como Emma Morley, uma personagem sonhadora e ambiciosa mas ocasionalmente irritante que é dotada de uma pronúncia ridícula e claramente falsa. Jodie Whittaker, Patricia Clarkson, Romola Garai e Rafe Spall são as caras mais conhecidas do elenco secundário, mas não deixam muitas marcas neste filme porque as suas respectivas personagens são pouco desenvolvidas. O livro de David Nicholls obteve um enorme sucesso mundial devido aos seus fascinantes elementos românticos que, infelizmente, foram descurados nesta sua sofrível versão cinematográfica.

Classificação – 2 Estrelas Em 5

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