quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Crítica - Green Lantern (2011)

Realizado por Martin Campbell
Com Ryan Reynolds, Blake Lively, Peter Sarsgaard, Mark Strong

O Green Lantern (Lantena Verde) é um dos heróis mais conhecidos da DC Comics nos Estados Unidos da América mas na Europa e na Ásia é virtualmente desconhecido. O seu filme live action tinha portanto que ser um enorme sucesso em território norte-americano mas tal como “Steel” (1997), “Catwoman” (2004) ou “Jonah Hex” foi um verdadeiro fracasso crítico e comercial. A sua história centra-se em Hal Jordan (Ryan Reynolds), um destemido e ambicioso piloto de aeronaves que certo dia encontra Abin Sur (Temuera Morrison), um soldado extraterrestre que pertence aos Green Lantern Corps, um grupo de guerreiros intergaláticos que mantêm a paz no Universo. Abin Sur foi mortalmente ferido e nos últimos momentos da sua vida confia o seu incrível anel a Hal, transformando-o assim num Green Lantern e no único guerreiro capaz de salvar a Terra e o Universo de Parallax, um maléfico e destrutivo extraterrestre que utiliza o medo dos seus rivais como arma.


A banda desenhada de “Green Lantern” criada por Bill Finger e Martin Nodell em 1941 tinha potencial para ser transformada num blockbuster minimamente cativante mas infelizmente tal não aconteceu. O maior defeito deste filme é claramente a sua narrativa que nem é muito emocionante nem muito ambiciosa, sendo também notória a ausência de uma análise cuidada aos vários elementos científicos que constituem o fantástico mas confuso universo de "Green Lantern". Os clichés heróicos também abundam nesta obra que conta ainda com um medíocre romance entre Hal Jordan e Carol Ferris e com dois sofríveis melodramas familiares (Hal Jordan/ Pai e Dr. Hector Hammond/ Robert Hammond). A estas falhas somam-se também as fracas construções e evoluções mentais de vários intervenientes secundários como Siniestro ou Parallax, este último é mesmo um vilão absolutamente ridículo que nada tem a ver com a maléfica criatura da banda desenhada.


A nível visual, “Green Lantern” está ao nível de “Thor” ou de “Captain America: The First Avenger”. As criaturas e os cenários extraterrestres feitos em CGI não são excessivamente artificiais e acabam por conferir ao filme uma dimensão visual muito interessante, no entanto acho que a utilização do CGI para criar os uniformes dos Green Lanterns foi desnecessária e absolutamente inútil. Ainda dentro dos elementos técnicos tenho que destacar os efeitos sonoros e a banda sonora criada por James Newton Howard. Martin Campbell soube trabalhar a vertente técnica mas não criou muitas cenas de acção, uma falha imperdoável para um blockbuster baseado numa banda desenhada conhecida pelos combates estrelares entre Hal Jordan e seus rivais. A única verdadeira cena de combate de “Green Lantern” é a da batalha final entre Hal Jordan e Parallax já que as restantes ou são muitos curtas ou estão inseridas no treino do herói, não tendo portanto a intensidade necessária para nos maravilhar. O elenco desta obra também não nos oferece uma performance colectiva fantástica. O Hal Jordan de Ryan Reynolds não tem o carisma de outros heróis como Iron Man (Robert Downey Jr.) ou Batman (Christian Bale) mas Reynolds até tem uma performance mais satisfatória do que inicialmente se pensava. Black Lively (Carol Ferris), Tim Robbins (Robert Hammond) e Peter Sarsgaard (Hector Hammond) também não deslumbram num elenco secundário que tem em Mark Strong (Siniestro) o seu melhor elemento. Em suma, “Green Lantern” tinha tudo para funcionar mas vários erros crassos inviabilizaram o seu sucesso e transformaram-no num dos piores blockbusters de 2011.


Classificação – 2 Estrelas Em 5

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