sexta-feira, 29 de abril de 2011

Crítica - Last Night (2010)

Realizado por Massy Tadjedin
Com Keira Knightley, Sam Worthington, Eva Mendes

O filme de estreia de Massy Tadjedin, “Last Night”, não é uma excelente obra romântica mas é claramente um início prometedor para esta cineasta iraniano-americana que nos oferece com este seu primeiro trabalho uma interessante análise sobre a instabilidade do amor. A história de “Last Night” centra-se em Joanna e Michael Reed (Keira Knightley e Sam Worthington), um feliz casal nova-iorquino que é subitamente atacado pela incerteza quando ambos se sentem atraídos por outros indivíduos (Laura (Eva Mendes) e Alex (Guillaume Canet)) que os seduzem e que os levam a ponderar o futuro do seu matrimónio.


A sua história não é imensamente criativa mas Massy Tadjedin analisa com astúcia e idoneidade várias temáticas interessantes que estão maioritariamente relacionadas com as inúmeras incertezas emocionais que costumam afectar a estabilidade romântica de um relacionamento e que por vezes conduzem à rotura do casal, uma análise séria e extremamente curiosa que poderá ser útil para vários casais reais que enfrentam incertezas semelhantes. Joanna e Michael têm um casamento feliz mas sucumbem subitamente à tentação física (Lara) e emocional (Alex), traindo assim os votos matrimoniais que fizeram um ao outro, no entanto, esta sua traição não implica necessariamente o fim do seu casamento, uma ideia que é sustentada pela sua conclusão que não nos oferece um final verdadeiramente conclusivo e ainda bem que assim é. Os vários diálogos entre Joanna e Michael ou entre estes e os seus respectivos “amantes” são maioritariamente interessantes mas tornam-se por vezes enfadonhos e pouco relevantes mas são, mesmo assim, um dos melhores elementos deste filme que conta também com um elenco de luxo que é liderado por Keira Knightley e Sam Worthington, dois famosos actores que nos oferecem duas performances amenas mas satisfatórias. Eva Mendes e Guillaume Canet têm performances secundárias razoáveis mas é o veterano Griffin Dunne que se assume como o melhor elemento do elenco secundário. “Last Night” é um filme interessante sobre as ambivalências do amor e do casamento mas não é um filme extraordinariamente cativante ou emocionante.


Classificação – 3,5 Estrelas em 5

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