quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Crítica - Secretariat (2010)

Realizado por Randall Wallace
Com Diane Lane, Scott Glenn, John Malkovich, Dylan Walsh, Margo Martindale

A Walt Disney e a DreamWorks têm vários filmes com temas semelhantes, assim sendo, não é de estranhar que a Walt Disney tenha tentado obter com este “Secretariat” o mesmo sucesso que a DreamWorks obteve com o seu “Seabiscuit” (2003), um filme que esteve nomeado aos Óscares da Academia e que arrecadou uma excelente receita no mercado norte-americano. Os dois filmes abordam praticamente os mesmos temas mas “Secretariat” não é um filme tão sério ou tão interessante como “Seabiscuit”, no entanto, esta obra da Walt Disney é, ainda assim, um bom drama que deve ser tido em conta por qualquer pessoa que aprecie filmes deste género. A sua história centra-se em Penny Chenery (Diane Lanne), uma mulher de família que decide assumir o controlo da Meadow Stables, uma herdade especializada na criação de cavalos de corrida que era controlada pelo seu pai que se encontra muito doente, no entanto, ela nada percebe de herdades ou de cavalos, assim sendo, terá que contar com a sua natural teimosia e astúcia para quebrar as várias barreiras que lhe são impostas por este mundo controlado por homens. Penny vai contar com o precioso apoio de Lucien Laurin (John Malkovich), um carismático treinador de cavalos que a vai auxiliar a treinar e a desenvolver Secretariat, um cavalo que prometia pouco mas que acaba por ser o primeiro a vencer a Triple Crown em 25 anos, tornando-se assim num dos cavalos de corrida mais bem sucedidos do Século XX.


Tal como “Seabiscuit”, “Secretariat” conta-nos a fantástica e verídica história de um cavalo (Secretariat) que contra tudo e contra todos se tornou num dos melhores cavalos de corrida do mundo, um sucesso que é creditado ao seu treinador (Lucien Laurin) mas sobretudo à sua dona (Penny Chenery), uma mulher que lutou contra os preconceitos sociais e sexuais da sociedade norte-americana para levar Secretariat à vitória num mundo controlado por homens, um percurso comovente que é habilmente retratado por um enredo razoável que se caracteriza pela sua clara simplicidade e óbvia previsibilidade mas também por uma essência excessivamente melodramática e familiar, características clássicas de um filme da Walt Disney. A bonita história de “Secretariat” é interpretada por um elenco idóneo que é liderado por Diane Lane, uma actriz conceituada que nos oferece uma excelente e carismática performance como Penny Chenery. Lane é apoiada por John Malkovich (Lucien Laurin) e Scott Glenn (Christopher Chenery), dois actores talentosos que interpretam dois homens muito importantes para Penny Chenery.


O cineasta Randall Wallace ofereceu a Secretariat um filme à sua altura, uma obra historicamente fiel que nos mostra a alma deste pequeno cavalo que maravilhou os Estados Unidos da América com as suas fantásticas corridas na Triple Crown, corridas essas que foram maravilhosamente recriadas por Wallace neste filme. “Secretariat” também é um excelente tributo a Penny Chenery, uma mulher que travou uma luta crucial contra a intolerância sexual nas corridas de cavalos e que abriu portas a muitas mulheres neste mundo machista. A nível técnico, “Secretariat” é composto por uma banda sonora mediana mas que cumpre o seu papel. Em suma, “Secretariat” não é um “Seabiscuit” mas é um bom filme dramático sobre uma história verídica que merece ser visto em família até porque é uma obra da Walt Disney, um estúdio claramente direccionado para o entretenimento familiar.

Classificação – 3,5 Estrelas Em 5

0 comentários :

Postar um comentário