segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Crítica - Scooby-Doo (2002)

Realizado por Raja Gosnell
Com Freddie Prinze Jr., Sarah Michelle Gellar, Rowan Atkinson, Matthew Lillard

O conhecido cartoon/série televisiva norte-americana, “Scooby-Doo”, recebeu finalmente uma adaptação cinematográfica em 2002, no entanto, esse filme não foi um sucesso, muito pelo contrário, foi um verdadeiro desastre. Os cinco membros da Mystery Inc, Fred (Freddie Prinze Jr.), Daphne (Sarah Michelle Gellar), Velma (Linda Cardellini), Shaggy (Matthew Lillard) e Scooby Doo, chegaram à conclusão que não podem continuar a trabalhar em conjunto porque existem demasiados conflitos entre eles, assim sendo, decidem dissolver a Mystery Inc. e seguir os seus caminhos em separado, no entanto, voltam a se reencontrar quando são contratados por Emile Mondavarious (Rowan Atkinson), um famoso empresário e proprietário da Spooky Island, uma conhecida estancia de férias que tem sido alvo de vários acontecimentos misteriosos que levam Mondavarious a concluir que esta está assombrada. Os cinco ex-sócios e ex-amigos voltam então a se reunir mas a tensão entre eles continua bem presente, no entanto, serão forçados a resolver os seus problemas e voltar a trabalhar em conjunto porque só assim é que poderão resolver este mistério e salvar o mundo.


A história do filme é substancialmente mais fraca que as histórias dos episódios do cartoon que também não eram muito boas mas eram muito mais curtas, cómicas e até mais realistas porque os vilões do cartoon utilizavam o sobrenatural com um artifício, ou seja, os monstros e os fantasmas que apareciam eram meros disfarces mas em “Scooby-Doo” os monstros são reais, uma alteração que vai claramente contra a essência do produto original. O filme só é verdadeiramente fiel ao cartoon na construção das personagens principais (Fred, Daphne, Velma, Shaggy e Scooby Doo) que têm essencialmente as mesmas características e os mesmos maneirismos, no entanto, isto não é suficiente para salvar esta obra da mediocridade. A vertente humorística de “Scooby-Doo” está essencialmente presente nos diálogos entre as personagens que à semelhança do enredo também são extremamente fracos e superficiais. O mistério da Spooky Island é enfadonho e acaba por ser resolvido com alguma facilidade e sem o recurso às típicas e astutas artimanhas do cartoon. A identidade do verdadeiro vilão da história acaba por se revelar como uma boa surpresa porque este é uma personagem conhecida e muito acarinhada do universo Scooby-Doo.


A vertente técnica de “Scooby-Doo” também é muito fraca. A construção em CGI de Scooby-Doo e de Scrappy Doo é absolutamente horrível e os próprios efeitos especiais utilizados ao longo do filme são, no máximo, medíocres. O elenco também não acrescenta muito ao filme. O único elemento que nos oferece uma razoável performance é Matthew Lillard que conseguiu interpretar na perfeição o medroso mas atencioso Shaggy. As performances de Freddie Prinze Jr. como Fred e de Sarah Michelle Gellar como Daphne são claramente as piores do elenco, Linda Cardellini e Rowan Atkinson também não nos convencem. Em suma, “Scooby-Doo” é um mau filme e uma péssima homenagem a um dos mais icónicos cartoons do século passado.
Classificação – 1 Estrela Em 5

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