sábado, 25 de setembro de 2010

Crítica - Going The Distance (2010)

Realizado por Nanette Burstein
Com Drew Barrymore, Justin Long, Christina Applegate

O Verão de 2009 foi abundante em comédias românticas medíocres mas obras como “500 Days Of Summer” ou “The Proposal” conseguiram salvar a honra deste género cinematográfico que no Verão de 2010 voltou a ser muito mal representado por obras verdadeiramente fracas como “The Back-Up Plan” ou “Killers”. “Going The Distance” não é um filme tão bom como os grandes sucessos românticos de 2009 mas é claramente uma das melhores comédias românticas do Verão de 2010. Erin e Garret (Drew Barrymore e Justin Long) são dois solteiros que se conhecem num bar nova-iorquino e que imediatamente se apaixonam um pelo outro, no entanto, este seu amor é posto à prova quando Erin é obrigada a regressar a São Francisco. O casal pondera terminar a sua relação mas ambos decidem tentar a todo o custo suportar a distância que os separa porque podem ter finalmente encontrado o “verdadeiro amor” mas entre ciúmes e mal entendidos poderá esta história ter um final feliz?


O tema central de “Going The Distance” é obviamente o amor à distância, um tema actual e relativamente interessante que se encaixa muito bem no espírito das comédias românticas norte-americanas. A sua história aborda levemente os vários problemas que normalmente se associam a um relacionamento à distância mas também nos mostra como este pode ser encarado como um excelente teste à relação e ao seu futuro. Erin e Garret têm a certeza que o seu amor é verdadeiro mas quando a distância se intromete entre eles vemos que o seu inabalável romance é enfraquecido pelos inevitáveis ciúmes e pelas incontroláveis saudades que são fragilmente combatidas pelas extensas e ocasionalmente sensuais chamadas telefónicas. A dúvida sobre o futuro do seu relacionamento também está sempre presente na mente de ambos e é constantemente exacerbada pelos nocivos comentários dos seus respectivos amigos e familiares que também oferecem ao filme vários momentos cómicos muito agradáveis, uma vertente humorística que é claramente dominada pelos melhores amigos de Garret, Box (Jason Sudeikis) e Dan (Charlie Day), duas personagens excêntricas e extremamente divertidas. A conclusão de “Going The Distance” acaba por não nos surpreender porque é a mais adequada tendo em conta o que nos é apresentado no seu desenvolvimento, no entanto, um pouco mais de drama não teria ficado mal a este final.


O trabalho de Nanette Burstein em “Going The Distance” é francamente positivo mas não é claramente o melhor da sua carreira até porque esta cineasta esteve nomeada para o Óscar de Melhor Documentário em 1999 por “On the Ropes”. A banda sonora desta obra é muito provavelmente um dos seus melhores elementos porque aposta em sonoridades conhecidas e românticas que exteriorizam a essência da sua temática. O seu elenco tem em Drew Barrymore e Justin Long as suas maiores estrelas. O passado romântico de Barrymore e Long favoreceu claramente as suas performances porque ambos demonstram um enorme à-vontade e uma forte química nos vários momentos românticos da história, uma situação que tornou o romance das suas respectivas personagens muito mais convincente. O elenco secundário é composto por algumas caras conhecidas como Christina Applegate e Jason Sudeikis que também nos convencem com as suas respectivas performances. Em suma, “Going The Distance” é uma comédia romântica moderadamente interessante que não deverá desiludir os espectadores que procurem um filme simples mas divertido.

Classificação – 3 Estrelas Em 5

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