sábado, 10 de outubro de 2009

Crítica - The Informers (2008)

Realizado por Gregor Jordan
Com Billy Bob Thornton, Kim Basinger, Mickey Rourke, Winona Ryder

Os primeiros rumores sobre “The Informers” eram extremamente promissores mas foram perdendo consistência à medida que foram saindo os primeiros conteúdos mediáticos que não convenceram a imprensa especializada que rapidamente previu um verdadeiro desastre cinematográfico, previsão essa que se concretizou após a estreia norte-americana desta frágil obra.
O argumento inspirado nos polémicos contos de Bret Easton Ellis, apresenta-nos uma movimentada acção que decorre durante uma semana dos anos oitenta em Los Angeles, onde somos confrontados com sete histórias de sete personagens que representam o topo e o fundo da pirâmide social norte-americana. Esta energética e confusa narrativa pode até seduzir numa fase introdutória o espectador mais desatento, no entanto, à medida que vamos entrando no débil desenvolvimento das insatisfatórias e incompletas mini-histórias, apercebemo-nos que o conteúdo desta débil narrativa não corresponde à amplitude qualitativa da homónima obra literária de Bret Easton Ellis. As sete pequenas histórias são originais mas também são incompreensíveis e confusas, defeitos que facilmente se sobrepõem à criatividade e que tornam praticamente impossível a tarefa de encontrar um segmento narrativo de interesse relativo em todo o filme. As várias personagens do filme embarcam em vários diálogos passivos-agressivos que nos aparecem recheados de calões narcisistas e imperceptíveis paralelismos que complicam uma percepção minimamente aceitável das histórias por parte do espectador, uma situação que prejudica invariavelmente a compreensão subjectiva deste argumento que também nos apresenta outros elementos negativos de grande importância.
O insípido trabalho de realização de Gregor Jordan é simplesmente desastroso, não existindo qualquer centelha de qualidade ou originalidade na forma como comanda esta espécie de thriller dramático. As inúmeras estrelas de inegável talento que compõem o elenco desta obra também acompanham o ritmo negativo dos restantes elementos do filme ao apresentarem-nos performances sofríveis e altamente desapontantes, sendo o malogrado Brad Renfro a única excepção. Entre os piores actores do elenco encontramos Billy Bob Thornton e Kim Basinger, dois profissionais da representação que estão bastante longe do seu melhor nível. Dentro dos aspectos mais técnicos e secundários, destaco pela negativa a débil banda sonora dos anos oitenta que nos apresenta algumas sonoridades completamente despropositadas. O desequilibrado e caótico argumento é claramente o grande enfoque negativo desta obra, no entanto, a sua infeliz combinação com uma realização deinspirada e um elenco apagado, acabou por acentuar ainda mais a genérica falta de qualidade deste frágil produto.


Classificação – 1 Estrela Em 5

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