sexta-feira, 3 de julho de 2009

Crítica - The Last House on the Left (2008)

Realizado por Dennis Iliadis
Com Tony Goldwyn, Monica Potter, Sara Paxton, Garret Dillahunt

“The Last House on the Left” é um remake do filme homónimo de Wes Craven de 1972 que lançou a carreira do realizador e marcou uma nova geração de filmes de terror. Assim sendo, este filme apresenta-nos uma história interessante mas não original, pois é uma adaptação de um filme já feito (o que lhe retira alguns pontos). Neste tipo de filmes em que pessoas vulgares dão de caras com um grupo de psicopatas, estamos habituados a ver os psicopatas divertirem-se e levarem a melhor das suas inocentes vítimas. Pois bem, em “The Last House on the Left” não é bem isso que acontece e essa alteração da fórmula habitual acaba por ser o ponto mais forte do filme. Esta obra parte de uma premissa muito simples: se encontrássemos as pessoas que fizeram mal a um dos nossos entes queridos, o que faríamos? Ficaríamos aterrorizados e deixaríamos escapar os malfeitores? Ou a sede de vingança tomava conta do nosso espírito? É esta questão que torna “The Last House on the Left” uma obra tão interessante.
A história é bastante simples: uma família vulgar vai passar férias à sua remota casa de campo e a filha do casal pede para ir ter com uma amiga. Os pais deixam-na ir com a condição de que ela tenha cuidado. Eventualmente as duas amigas dão de caras com um grupo de criminosos fugitivos e eles decidem não arriscar, vendo-se obrigados a matá-las no meio de uma floresta. Mas não sem antes se divertirem com elas… Depois de despacharem as raparigas, um acidente de automóvel obriga-os a pedir refúgio na casa dos pais de uma das jovens. Eventualmente estes descobrem o que o grupo de estranhos fez à sua filha e decidem fazer vingança pelas suas próprias mãos.


Como já foi dito, esta alteração da fórmula habitual deste tipo de filmes acaba por ser o ponto mais forte deste “The Last House on the Left”. Questões éticas e morais são levantadas e o lado mais primitivo da alma humana é posto a nu. A realização de Dennis Iliadis é eficaz e por vezes o filme consegue ser brutal e perturbador, não tendo qualquer problema em mostrar tudo o que acontece numa situação destas (estejam preparados para muito sangue e alguma nudez…). As interpretações dos actores são também bastante credíveis, mas apesar de tudo e pelo facto de não ser totalmente original, “The Last House on the Left” escapa por pouco à banalidade. A tal questão do que seríamos capazes de fazer a alguém que magoa um dos nossos é muito interessante e pertinente, mas tudo acaba por cair nos clichés do género. Para além disso, as cenas finais em que os pais da rapariga procuram vingança a qualquer custo deixam no ar uma certa sensação de dúvida e exagero, levando o espectador a pensar se pessoas “normais” seriam mesmo capazes de reagir daquela forma e espalhar o sangue dos malfeitores pela casa inteira. O que não contribui para o realismo da película. “The Last House on the Left” é então um filme aconselhável para os fãs deste género de filmes de terror, mas acaba por ser mais uma obra que facilmente esqueceremos.

Classificação - 3 Estrelas Em 5

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