sexta-feira, 10 de julho de 2009

Crítica - City of Ember (2008)

Realizado por Gil Kenan
Com Bill Murray, Tim Robbins, Saoirse Ronan, Martin Landau

Infelizmente, a estreia nacional de “City of Ember” acompanhou a tendência internacional ao não ser devidamente publicitada e minimamente acompanhada pelos diversos meios de comunicação, apesar dos inúmeros elogios tecidos pela imprensa especializada. Este latente desinteresse mediático irá muito provavelmente resultar numa fraca e tímida recepção do público que pouco ou nada sabe sobre esta valorosa e divertida produção que nos surpreende com gráficos visualmente atractivos e passagens narrativas de alguma intensidade e aventura. Esta aventura tipicamente juvenil transporta-nos até à Cidade de Ember, uma metrópole futurista e próspera que no passado permitiu à Humanidade sobreviver a um súbito e inexplicado apocalipse. Esta bela cidade caracteriza-se pela sua radiosa e incandescente iluminação que certo dia começa a desaparecer porque o gerador da cidade começa a falha. É então que dois curiosos e intrépidos adolescentes tentam descobrir as pistas que lhes permitirão não só descobrir o mistério ancestral da existência da cidade, mas também ajudar os seus habitantes, antes que as luzes da cidade se apaguem para sempre.
O filme é imperfeito em vários aspectos mas dentro das possibilidades financeiras e do próprio género, “City of Ember” assume-se como uma proposta razoavelmente interessante e cativante que entrelaça na perfeição os momentos de acção e aventura com os momentos de humor e inocência juvenil. É claro que dentro das grandes falhas desta obra temos que destacar o lento e superficial desenvolvimento do argumento que raramente sofre variações, uma simplicidade claramente direccionada aos mais jovens, o público-alvo desta obra. Dentro dos aspectos de qualidade e interesse encontramos os eficazes e cativantes efeitos visuais/especiais que dão vida e luz à cidade. A talentosa direcção de Gil Kenan, um promissor cineasta anglo-israelita, acompanha as expectativas traçadas e deixa boas indicações para um futuro previsivelmente próximo. O elenco principal é composto por dois ilustres desconhecidos que desempenham com naturalidade e simplicidade os seus papéis. O elenco secundário é abrilhantado com algumas estrelas de Hollywood como Bill Murray ou Tim Robbins que têm um papel meramente superficial e praticamente irreverente, mas que mesmo assim conseguem atribuir a “City of Ember” um pequeno mas experiente brilho extra. Esta obra de aventura é definitivamente uma agradável surpresa que muito provavelmente será ignorada pelo público português que terá em conta outras propostas mais mediáticas mas menos surpreendentes.

Classificação – 3 Estrelas Em 5

0 comentários :

Postar um comentário