sexta-feira, 17 de abril de 2009

Crítica - Fast & Furious (2009)

Realizado por Justin Lin
Com Vin Diesel, Paul Walker, Jordana Brewster

A famosa saga de acção e adrenalina “The Fast & The Furious” tem vindo a conquistar fãs desde 2001, data do lançamento do primeiro filme que foi um verdadeiro sucesso de bilheteiras nos EUA. Este inegável sucesso comercial impulsionou a criação de duas sequelas que à semelhança dessa primeira obra, não convenceram a maioria da crítica mas conseguiram agradar aos fãs de acção e velocidade. “Fast & Furious”, a quarta entrega da saga e a terceira sequela da obra original, acompanha a tendência dos seus antecessores e volta a reunir todos os elementos típicos dum filme de acção popular que infelizmente não deve muito à qualidade. A história desta obra recupera as personagens que iniciaram a saga com “The Fast & The Furious” em 2001. Oito anos depois dos eventos desse filme acompanhamos a nova vida de Dominic Toretto (Vin Diesel) e Lety (Michelle Rodriguez) na República Dominicana. O famoso corredor tornou-se num criminoso internacional e após completar um grande assalto refugia-se no Panamá sem a sua fiel companheira que regressa a Los Angeles para não ser associada aos seus crimes. Mas infelizmente, Letty é misteriosamente assassinada e Torreto regressa a casa para ajustar contas com o seu assassino. É durante esta procura que se encontra com Brian O'Conner (Paul Walker) que agora representa o FBI. Os dois acabam por formar uma aliança inesperada com o intuito de derrubar um inimigo comum que é simultaneamente responsável pelo homicídio de Letty e por uma lucrativa operação de transporte de droga.
O argumento deste “The Fast & The Furious” mantém essencialmente, os mesmos elementos que celebrizaram o primeiro filme, incluindo as personagens principais que recuperam as relações pessoais que iniciaram em 2001, no entanto, esses elementos foram claramente desaproveitados através duma realização comedida e duma narrativa incompleta. Entre os exemplos mais claros de desaproveitamento encontramos as vertentes que englobam as corridas ilegais que nesta obra são praticamente inexistentes porque se excluirmos uma corrida de rua num circuito citadino, não conseguimos encontrar mais nenhum momento de competição ilegal e de customização extrema de automóveis, dois elementos que no passado celebrizaram esta saga. É claro que existem outras situações onde a adrenalina e a velocidade conquistam todas as atenções mas verdade seja dita que apenas a sequência inicial do filme, consegue entusiasmar o espectador porque as restantes pecam por falta de intensidade e espectacularidade. É de conhecimento público que este tipo de filmes nunca aposta numa narrativa concisa e explicita porque todos nós sabemos que o seu público-alvo não se interessa pela profundidade ou significado da história, no entanto, tendo em conta que o filme recupera algumas personagens de obras passadas, um pouco mais de contextualização e aprofundamento sobre o reatar das relações pessoais/sociais dessas personagens não faria mal nenhum, muito pelo contrário, ajudaria a contextualizar e explicar certas situações que são bastante incompreensíveis e confusas, nomeadamente o reatar da relação amorosa entre Brian e Mia.
O elenco recupera a carismática dupla de amigos/rivais que celebrizou o primeiro filme e que volta a ser interpretada por Vin Diesel e Paul Walker. Os dois actores não desempenham um papel soberbo mas cumprem as expectativas criadas em redor do seu reaparecimento na saga. O elenco feminino apresenta-nos algumas actrizes de beleza extrema, ou não estivéssemos nós perante um filme que aposta constantemente nos atributos femininos para rentabilizar a sua história. Neste campo, o maior destaque vai para Jordana Brewster que regressa em grande estilo à saga que a notabilizou. Ao apostar num enredo que combina a adrenalina da velocidade com algumas situações de acção que são apimentadas pela presença de belas mulheres e atractivos efeitos visuais, “Fast & Furious” repete a fórmula de sucesso dos três filmes anteriores, assumindo-se assim como uma obra que apenas conseguirá agradar aos fãs do género.

Classificação - 2 Estrelas Em 5

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