segunda-feira, 28 de julho de 2008

Crítica - Romeo and Juliet (1968)

Realizado por Franco Zeffirelli
Com Olivia Hussey, Leonard Whiting, Milo O’Shea, Pat Heywood
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A mestria de um autor vê-se também pelo modo como consegue dar nova luz a uma obra conhecida de todos e muitas vezes recriada, é isso que acontece com Romeo & Juliet de Zeffirelli. Esta fabulosa produção faz viver o drama intemporal dos dois amantes inimigos com grande actualidade e simultaneamente um enorme rigor histórico. O filme foi rodado em Itália em cenários medievais. Por outro lado, o fogo do primeiro amor é de tal modo violento que contagia o espectador tal como são perfeitamente plausíveis o ódio entre as duas famílias, a galhardice dos jovens, a simpatia de Frei Lourenço. Esta pureza das emoções deve-se também ao facto de tanto o intérprete de Romeu (Leonard Whiting) como de Julieta (Olivia Hussey) serem desconhecidos do público e extremamente jovens, Whiting tinha apenas dezoito anos e Olivia Hussey quinze, tendo sido a interpretação desta última considerada na altura de tal modo notável que foi galardoada com o Globo de Ouro e o prémio David Donatello. Para além destes galardões, o filme foi ainda nomeado para quatro Óscares, incluindo melhor realizador, tendo levado para a casa as estatuetas de Melhor Cinematografia e Melhor Guarda-Roupa, entre muitos outros prémios de diferentes entidades. Lembro ainda que para filmar os seios de Olivia Hussey na cena da madrugada da consumação do casamento de Romeu e Julieta Zeffirelli teve de pedir uma autorização especial ainda assim e apesar de este ser o único nu do filme esta actriz não pode assistir à estreia dado o filme não ser para a sua idade. É mais um grande marco do cinema ocidental que todos os que se interessam por esta arte devem conhecer.

Classificação - 4 Estrelas Em 5

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