quinta-feira, 20 de março de 2008

Crítica - August Rush (2007)

Realizado Kirsten Sheridan
Com Freddie Highmore, Keri Russell, Jonathan Rhys Meyers, Robin Williams

A música e o cinema são duas artes que me agradam bastante. Ao longo dos anos assisti a vários filmes onde estes dois mundos se juntam em perfeita harmonia criando magníficas obras cinematográficas e musicais mas também é verdade que já assisti a filmes que conseguem oferecer o pior das duas áreas, “August Rush” acaba por ser mais um desses casos dramáticos. A história de “August Rush” resulta do factor “Oliver Twist”, temos um rapaz órfão que acaba num orfanato de uma grande cidade mundial e que apesar da sua idade irá fazer de tudo para encontrar os seus pais, no entanto, “August Rush” oferece um pequeno twist à “história original” ao adicionar a música como um factor preponderante do enredo. O órfão é Evan, mais tarde August Rush, um rapaz nova-iorquino determinado em encontrar os seus pais Louis Connelly (Jonathan Rhys Meyers) e Lyla Novacek (Keri Russell)e para tal vai partir numa viagem “mágica” à sua procura. Para reunir o dinheiro necessário para realizar a sua viagem usa o seu enorme talento musical (herdado dos seus pais que são ambos músicos) mas os talentos de Evan não são ainda perfeitos e para os aperfeiçoar vai contar com a preciosa ajuda de um misterioso mas simpático homem interpretado por Robin Williams.
Como é facilmente perceptível, o argumento do filme contem emoção, romance e sentimento em demasia o que acaba por afectar irremediavelmente a coerência e credibilidade do filme, tornando a obra demasiado superficial e sem conteúdo. Isto acontece por culpa da realizadora Kisrten Sheridan que não soube controlar devidamente as emoções das personagens, não impondo os limites necessários para que o filme pudesse ser minimamente interessante de um ponto de vista intelectual. Também o seu tratamento da parte musical não é o melhor, conferindo ao talento musical de August Rush uma perfeição quase exagerada ao nível de génios como Mozart. O elenco é desapontante, Robin Williams anda mais uma vez perdido em história infantis sem interesse e qualidade, Kerry Russel e Jonathan Rhys Meyers passam praticamente despercebidos, apresentando actuações medíocres e o jovem Freddie Highmore tem uma actuação razoável mas longe de alguns dos seus papéis anteriores. Num filme com a música como pano de fundo, a banda sonora não é das mais bem conseguidas, era necessário algo mais para um filme deste género, contudo apresenta uma canção original bastante criativa que até foi nomeada para o Óscar da Academia de Melhor Música Original. “August Rush” é um filme com um argumento fraco a todos os níveis, não tem originalidade e criatividade, é repetitivo e pouco criativo, estando demasiado preso às emoções e à inacreditável história de Rush.

Classificação - 1 Estrela Em 5

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