sábado, 2 de fevereiro de 2008

Crítica - X-Men 3 The Last Stand (2006)

Realizado por Brett Ratner
Com Patrick Stewart, Hugh Jackman, Ian McKellen, Halle Berry

A trilogia "X-Men" chega ao fim com "X-Men 3 – The Last Stand", uma produção que aposta no mesmo elenco que os filmes anteriores mas que nos apresenta um novo realizador. "X-Men 3" não acrescenta nada de novo à saga, muito pelo contrário, apenas lhe dá um final que por sinal é fraco. A história do filme segue o enredo deixado nas duas aventuras anteriores, começando por anunciar que foi descoberta uma cura para o gene defeituoso que leva à criação de mutantes, isto é sem dúvida uma boa notícia para os humanos e para os mutantes infelizes mas é um autêntico ultraje para Magneto (Ian Kellen) e os seus aliados que estão foragidos à lei. Este grupo maléfico grupo vai reunir o maior numero de aliados possíveis de forma a iniciar a sua posição final contra os humanos e os X-Men, liderados pelo professor Xavier (Patrick Stewart) é que se vêem mais enfraquecidos que nunca. Na derradeira luta entre os Mutantes do Bem e os Mutantes do Mal quem irá vencer? O destino da Humanidade depende desta batalha final.
Ao contrário de outras obras da Marvel como "Spider-Man" ou "Hulk", "X-Men" tem uma história já de si complicada e difícil de entender para um público que não está em contacto com a série porque existem demasiadas personagens com poderes muito variados e divididos em vários níveis, sendo difícil acompanhar quem é o bom e quem é o mau e se um poder/personagem é maligna ou benigna. Na banda-desenhada tudo é bem explicado mas nos três filmes aparece tudo muito confuso. Esta terceira produção é principalmente confusa porque apresenta pela primeira vez os níveis em que os mutantes se dividem mas também o misticismo por detrás dos poderes de Jane, a complexidade da divisão dos mutantes e a sua relação com os humanos. É impossível que alguém que desconheça a história original da saga possa entender este filme. A troca de realizador talvez tenha piorado a situação mas, na minha opinião, toda a história dos "X-Men" foi mal conduzida desde o primeiro filme porque faltou sempre informação e personagens importantes como Gambit.
Este terceiro filme é sem dúvida o pior da trilogia, os efeitos especiais são paupérrimos e a confusão e atrapalhação no argumento é bem evidente. O filme também não tem solidez nenhuma porque as próprias personagens do filme permaneceram estáticas ao longo dos três filmes, não havendo uma única mudança de carácter ou de atitude. É impressionante como é que este terceiro filme que, até deveria ser o mais emotivo, não nos apresenta umas personagens mais bem trabalhadas e desenvolvidas. A batalha final deve ter sido uma das maiores desilusões para os fãs da saga como eu. O confronto não durou cerca de cinco minutos e não houve espectáculo ou grande mostras de poderes magníficos, ou seja, foi do mais simples que se podia ter feito. Após três filmes à espera do grande final chega-nos algo fraco que apenas valeu pela intensidade dramática provocada pela morte de várias personagens. Os dois primeiros filmes da saga foram divertidos e apresentaram alguns momentos de brilhantismo, "X-Men 3" desiludiu em comparação porque raramente consegue entreter e surpreender o espectador. Dentro desta produção destaco apenas o elenco que continua num bom nível e a essência da saga que não deriva do mérito dos produtores nem do realizador mas sim do próprio miticismo da saga literária. O filme apresenta muito pouco para uma produção de que se esperava muito mais. "X-Men" merecia outro final mas acima de tudo mais respeito.

Classificação - 2 Estrelas Em 5

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