quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Crítica - Van Helsing (2004)

Realizado por Stephen Sommers
Com Hugh Jackman, Kate Beckinsale, Richard Roxburgh, David Wenham

Van Helsing é um nome que está associado a histórias de vampiros porque ele é a “buffy” dos tempos antigos, o mítico caçador de tudo o que é maligno. O seu nome aparece referênciado em bastantes livros do género como “Dracula de Bram Stoker”. "Van Helsing" é uma super-produção que custou 95 milhões de dólares e que tem muitos efeitos especiais, uma caracterização monstruosa, um elenco que contm um batalhão de belas meninas e claro, um herói que não parece ter muito haver com o icónico Van Hellsing. O filme também contou com uma enorme máquina de publicidade que o promoveu incessantemente mas por muito atraente que poderia parecer nos vídeos publicitários, esta obra não é mais do que uma produção sem conteúdo e extremamente aborrecida que aposta numa enorme batalha de monstros que é protagonizada por Lobisomens, Vampiros e o Monstro de Frankenstein. Em suma, "Van Helsing" é um blockbuster que mistura acção e terror ao contar a história de um mítico caçador de demónios (Hugh Jackman), ao serviço da Igreja Católica, que é enviado para a Transilvânia para eliminar o maior de todos os vampiros, o Conde Drácula. Lá, forma uma aliança com Anna Valerious (Kate Beckinsale), uma atraente mulher que é a única descendente viva de uma família que há várias gerações tenta, sem êxito, eliminar o poderoso morcego que actualmente está determinado em dar vida a um exército de vampiros bébés.
O filme é composto por uma boa ideia original que não foi bem aproveitada por Stephen Sommers que transformou "Van Helsing" num enorme festival de efeitos visuais, maior parte deles desnecessários e que não deixam qualquer espaço para a história se desenvolver, tornando-a irregular e mal conduzida, não revelando também qualquer clímax. Sommers não criou aquela expectativa que os bons filmes de acção nos levam a ter, não há empolgação e tudo não passa de um grande espectáculo visual. A sua introdução até é relativamente satisfatória porque presta uma interessante homenagem aos primeiros filmes de terror. A fotografia também não está mal, sendo o único departamento do filme que sai com nota positiva, no entanto, estes dois elementos são insuficientes para dar a "Van Helsing" uma boa nota. Esta obra pode apostar numa história do imaginário mas isso não é razão para desrespeitar a inteligência do espectador porque para além do episódio da carruagem movida a cavalos que explode sem motivo aparente, somos brindados com outras pérolas como uma besta (um arma) que atira flechas a uma velocidade enorme que mais parece uma metralhadora, uma bola de ácido que corrói metal mas que envolve uma seringa de metal sem a corroer, um protagonista que mata uma imensidão de vampiros de uma só vez ao lançar uma granada solar e muitas outras cenas que mancham o filme. Realmente não admira que "Van Helsing" tenha sido um fracasso comercial.

Classificação - 1 Estrela Em 5

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