quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Crítica - Saw III (2006)

Realizado por Darren Lynn Bousman
Com Tobin Bell, J. LaRose, Angus Macfadyen, Debra McCabe, Dina Meyer

A expectativa que se gerou à volta de "Saw III" foi muito grande mas o filme decepcionou os fãs de suspence que tinha conquistado com os dois produtos anteriores. A produção não é má mas quando comparado com os outros filmes da saga, o espectador fica francamente decepcionado porque nesta longa-metragem o suspence e os jogos psicológicos dão lugar a uma violência sanguinária dura e crua. Os fãs de suspence podem ter perdido mas os fãs de filmes sangrentos ganharam. Este filme custou apenas 10 milhões de dólares e rendeu mais de 34 milhões só no seu fim-de-semana de estreia. Em "Saw III", Jigsaw (Tobin Bell) está às portas da morte mas quer acompanhar o seu último jogo. A sua assistente, Amanda (Shawnee Smith), sequestra a médica Lynn (Bahar Soomekh) para mantê-lo vivo até que Jeff (Angus Macfadyen) passe por três testes distintos. Jeff é um homem transtornado que foi escolhido por Jigsaw por se ter tornado vingativo e obcecado com a morte do seu filho, deixando de lado os cuidados com a sua outra filha. Lynn foi eleita por ser uma médica desleixada e fria com os seus doentes, além de bastante ausente e distante da sua família.
Darren Lynn Bousman está mais uma vez à frente da realização, repetindo a mesma linguagem visual utilizada em "Saw II" com os invariáveis efeitos de edição que confundem a mente do espectador já atormentado com as cenas fortes, no entanto, os jogos psicológicos estão mais fracos e o suspance é praticamente inexistente. Esteticamente, o filme continua a ser brilhante nos efeitos especiais que apresenta. As mortes estão mais perversas e frias, tornando bastante difícil a tarefa de ver o filme todo sem fechar os olhos uma única vez. Desta vez, Bousman preferiu causar uma maior repulsa e medo ao espectador do que confundi-lo psicologicamente. Com isto, o filme torna-se um pouco mais fraco que os anteriores, excepção feita ao final que é o melhor da saga.
Shawnee Smith é sem dúvida o grande destaque do elenco. Ela interpreta uma Amanda diferente que está mais forte e passional em relação ao segundo filme. Imprevisível, ela torna-se no único fio de suspense da produção. Já Angus Macfadye e Bahar Soomekh não conseguem transmitir o desespero e o medo que qualquer pessoa sentiria se estivesse na mesma situação que eles, ou seja, são demasiado corajosos e fazem com que o público também não sinta muito medo, nem receio do que está para vir."Saw III" não tem o mesmo vigor e tensão que os anteriores possuem; não há um clima de suspense, somente uma violência explícita que desagrada aos fãs que se apaixonaram pelas armadilhas e reviravoltas mirabolantes da série. No entanto, encanta aos espectadores mais sanguinários e ávidos por um bom filme de violência. Talvez aqui a intenção dos produtores e realizador fosse oferece algo de novo e inovador na saga Saw.

Classificação - 3 Estrelas Em 5

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