O sétimo dia oficial do Festival Internacional de Cinema do Porto foi um dia em cheio, com películas para todos os gostos e feitios. Logo ao início da tarde, “The Theatre Bizarre” fez as delícias do público sedento de fitas repletas de gore e de um certo toque de negrume. Repartida em seis episódios dirigidos por seis realizadores diferentes, esta obra verdadeiramente internacional consegue apresentar uma variedade de temáticas que vão desde o drama puro à ficção-científica de série B, revelando-se um exercício cinematográfico bastante curioso e satisfatório. Nem todos os episódios se encontram ao mesmo nível, mas a diversão marca presença em todos eles e a estrutura narrativa não denota o mais ínfimo indício de falta de ritmo, o que é de louvar numa obra destas características.
Ao cair da noite foi a vez do japonês “Guilty of Romance” se apresentar em palco para comprovar que vale mesmo a pena prestar alguma atenção ao cinema asiático. Prometendo ser uma espécie de mistura entre a série televisiva “Law & Order” e o deveras estranho pink cinema nipónico, esta obra do realizador Sion Sono não se afirmou como um portento cinematográfico de excelência, mas sempre conseguiu retratar com sucesso o lado mais negro do sexo transformado em negócio, reservando para os cinéfilos do Fantasporto alguns dos momentos mais insólitos, perversos e surpreendentes de todo o festival. Algumas sequências são tão estranhas que o público do Rivoli não resistiu a mandar cá para fora as habituais gargalhadas ruidosas. E uma delirante sessão de chá com biscoitos entre uma família verdadeiramente disfuncional praticamente valeu pelo filme inteiro.
Contudo, o espanhol “Eva” foi o filme que brilhou mais alto em todo o dia de ontem. Já depois da exibição da divertida (e muito pertinente) curta-metragem “Error 0036”, este conto de pura ficção-científica nomeado para 12 prémios Goya encantou toda a gente com o seu drama familiar inserido num futuro muito próximo. O realizador Kike Maíllo tinha pedido aos espectadores que visionassem o filme com a bela e envolvente melodia de “E.T.” bem presente na cabeça. E de facto, o seu “Eva” insere-se num estilo cinematográfico muito similar ao das obras mais clássicas de Steven Spielberg. Por momentos, “Eva” chega a prometer transformar-se em algo de verdadeiramente extraordinário. Não chega a sofrer essa transformação porque toma uma direcção narrativa que o faz perder-se um pouco nos seus objectivos. Mas nunca deixa de ser uma película absolutamente terna e deliciosa, ficando desde já à consideração das distribuidoras nacionais para estrear nas salas de cinema comerciais de todo o país.
Ao cair da noite foi a vez do japonês “Guilty of Romance” se apresentar em palco para comprovar que vale mesmo a pena prestar alguma atenção ao cinema asiático. Prometendo ser uma espécie de mistura entre a série televisiva “Law & Order” e o deveras estranho pink cinema nipónico, esta obra do realizador Sion Sono não se afirmou como um portento cinematográfico de excelência, mas sempre conseguiu retratar com sucesso o lado mais negro do sexo transformado em negócio, reservando para os cinéfilos do Fantasporto alguns dos momentos mais insólitos, perversos e surpreendentes de todo o festival. Algumas sequências são tão estranhas que o público do Rivoli não resistiu a mandar cá para fora as habituais gargalhadas ruidosas. E uma delirante sessão de chá com biscoitos entre uma família verdadeiramente disfuncional praticamente valeu pelo filme inteiro.
Contudo, o espanhol “Eva” foi o filme que brilhou mais alto em todo o dia de ontem. Já depois da exibição da divertida (e muito pertinente) curta-metragem “Error 0036”, este conto de pura ficção-científica nomeado para 12 prémios Goya encantou toda a gente com o seu drama familiar inserido num futuro muito próximo. O realizador Kike Maíllo tinha pedido aos espectadores que visionassem o filme com a bela e envolvente melodia de “E.T.” bem presente na cabeça. E de facto, o seu “Eva” insere-se num estilo cinematográfico muito similar ao das obras mais clássicas de Steven Spielberg. Por momentos, “Eva” chega a prometer transformar-se em algo de verdadeiramente extraordinário. Não chega a sofrer essa transformação porque toma uma direcção narrativa que o faz perder-se um pouco nos seus objectivos. Mas nunca deixa de ser uma película absolutamente terna e deliciosa, ficando desde já à consideração das distribuidoras nacionais para estrear nas salas de cinema comerciais de todo o país.
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