O britânico “Attack the Block” e o japonês “Zombie Ass – Toilet of the Dead” (sim, o título deste último é mesmo este…) foram essencialmente os filmes que marcaram o certame de ontem do Fantasporto 2012. Mais conhecido por ser o argumentista do recente “The Adventures of Tintin”, o realizador estreante Joe Cornish subiu ao palco e, ao bom estilo britânico, começou por mandar umas piadas referentes ao título português do seu “Attack the Block”. É que esta obra de ficção-científica com extraterrestres em formato de orangotango de boca azulada já assegurou a sua distribuição pelos cinemas comerciais portugueses e o título nacional vai ser nada mais, nada menos que este: “ET’s In Da Bairro”. Ridículo, não é? Pois, Joe Cornish também achou que sim e deixou até uma sugestão que as distribuidoras portuguesas poderão utilizar na nomenclatura da sequela de “Avatar”: em vez de “Avatar 2”, porque não “Gajo Azul VS Exército”? Uma boa sugestão, sem dúvida.
Mas vamos a coisas sérias. Pelos inúmeros prémios que tem recebido e pelas críticas francamente positivas oriundas dos quatro cantos do planeta, esperava-se que “Attack the Block” fosse um filme a manter na memória por muito, muito tempo. Mas infelizmente não ficará na nossa memória por mais do que dois ou três dias. E isto porque se trata de um filme com um fio narrativo mais que visto e até mesmo demasiado forçado. As criaturas extraterrestres são relativamente originais e o realizador consegue fazer uma crítica mordaz ao modo de pensar (e actuar) das novas gerações britânicas. Porém, a ligação entre algumas personagens não convence de todo e os gangsters de língua afiada acabam por se transformar em heróis salvadores da pátria, o que não é propriamente reconfortante nem minimamente credível.
“Zombie Ass – Toilet of the Dead” acabou então por ser o filme mais gratificante do serão nocturno. É claro que não é nenhum portento cinematográfico digno de Óscares, Goyas, Palmas de Ouro e outros quantos prémios internacionais. Mas dentro do contexto de um Fantasporto, é de facto um filme excepcional. Imaginem o filme mais parvo que já viram em toda a vossa vida. Agora tripliquem esse nível de parvoíce e deverão ficar a uma curta distância de atingir a maluqueira desta película japonesa. Claramente inspirado nos anime japoneses e até no mundo dos videojogos, “Zombie Ass – Toilet of the Dead” é uma mistura completamente tresloucada de “Alien” com “Dreamcatcher”. Graças a uma obsessão quase mórbida do realizador Noboru Iguchi por rabos desnudados e gases fedorentos, este é daqueles filmes que nos leva a rir até às lágrimas. Mas poderíamos esperar menos do que isso do célebre realizador de “The Machine Girl” e “Robo Geisha”? A resposta é não. Claro que não.
Mas vamos a coisas sérias. Pelos inúmeros prémios que tem recebido e pelas críticas francamente positivas oriundas dos quatro cantos do planeta, esperava-se que “Attack the Block” fosse um filme a manter na memória por muito, muito tempo. Mas infelizmente não ficará na nossa memória por mais do que dois ou três dias. E isto porque se trata de um filme com um fio narrativo mais que visto e até mesmo demasiado forçado. As criaturas extraterrestres são relativamente originais e o realizador consegue fazer uma crítica mordaz ao modo de pensar (e actuar) das novas gerações britânicas. Porém, a ligação entre algumas personagens não convence de todo e os gangsters de língua afiada acabam por se transformar em heróis salvadores da pátria, o que não é propriamente reconfortante nem minimamente credível.
“Zombie Ass – Toilet of the Dead” acabou então por ser o filme mais gratificante do serão nocturno. É claro que não é nenhum portento cinematográfico digno de Óscares, Goyas, Palmas de Ouro e outros quantos prémios internacionais. Mas dentro do contexto de um Fantasporto, é de facto um filme excepcional. Imaginem o filme mais parvo que já viram em toda a vossa vida. Agora tripliquem esse nível de parvoíce e deverão ficar a uma curta distância de atingir a maluqueira desta película japonesa. Claramente inspirado nos anime japoneses e até no mundo dos videojogos, “Zombie Ass – Toilet of the Dead” é uma mistura completamente tresloucada de “Alien” com “Dreamcatcher”. Graças a uma obsessão quase mórbida do realizador Noboru Iguchi por rabos desnudados e gases fedorentos, este é daqueles filmes que nos leva a rir até às lágrimas. Mas poderíamos esperar menos do que isso do célebre realizador de “The Machine Girl” e “Robo Geisha”? A resposta é não. Claro que não.
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