A obra “Eu, Hitchcockiano, Me Confesso” nasceu, em 2005, na blogosfera sob o endereço http://varregoso.blogspot.com. Após oito dezenas de posts, e quatro anos passados, o ecrã transformou-se num livro publicado pela Chiado Editora e que já se encontra à venda em Portugal. José Varregoso escreveu pela primeira vez em Junho de 2005: “Eu, Hitchcockiano, Me Confesso". A confissão prolongou-se por três anos, foram precisos 80 posts no blog para que, a 13 de Agosto de 2008, José Varregoso fosse o mais confesso de todos os Hitchcockianos. A data encerraria o capítulo online de forma comemorativa, Alfred Hitchcock faria 109 anos.
Os textos do blog são agora reunidos numa edição que promete ser bem mais apelativa para os adeptos da boa leitura. Como o seu autor argumenta «a leitura de textos extensos costuma ser bem mais atractiva e eficaz a partir do papel do que do écran do computador». A obra editada em livro debate intensamente – de um modo oportuno, transparente e muito pessoal – as temáticas associadas a Alfred Hitchcock: O Suspense, o Medo e a Angústia. Reflecte e questiona igualmente os valores cinematográficos e a postura do espectador de cinema. Este é o retrato de um génio pelas mãos de um homem comum. O artista plástico Bruno Miguel completa a obra com ilustrações ímpares a preto e branco daqueles que foram os momentos mais marcantes do cinema Hitchcockiano. A vida e obra do Mestre do Suspense, reflectem o progresso técnico e artístico do cinema ao longo do século XX. Mas também a visão desconcertante, sarcástica e às vezes inconveniente, de um homem que trabalhou para agitar as emoções do seu público.
Quase trinta anos após a morte de Alfred Hitchcock, este permanece uma referência acesa na memória dos cinéfilos. No livro de José Varregoso, Hitchcock é analisado como artista, perito cinematográfico, homem e mito que vive para além da sua condição humana. “Eu, Hitchcockiano, Me Confesso” evoca a memória de Hitchcock, através de uma leitura ligeira mas introspectiva, que usa um discurso simples e ao mesmo tempo profundo. O livro inclui ainda um capítulo inédito, a filmografia detalhada do cineasta e dados complementares sobre alguns dos seus incontornáveis colaboradores. A provar que a memória de Hitchcock não se esgota no seu trabalho mas se projecta nas prospecções e debates que gera, muito para além do seu tempo.
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