
É uma escolha altamente tendenciosa, de certeza que não é o melhor do mês, mas para um fã, ver finalmente uma adaptação decente desta saga é um prazer e uma emoção tão grandes que nenhum outro filme poderia substituir. Finalmente uma versão adulta, tenebrosa, dramática, de verdadeira tensão e em que é perceptível o sacrifício do protagonista, o sofrimento por que já passou e ao qual está disposto ainda a submeter-se. A solidão e o negrume em que estão imersos é palpável. O David Yates já antes tinha sido capaz de captar a essência do sentimento da história sem estar obcecado em ser fiel ao livro, mas aqui superou-se incomensuravelmente. Todas as cenas-chave estão lá, repletos de alma e coração, e não há pressa para fazer desenrolar a acção como em filmes anteriores, há tempo para explorar lugares mentais, marcar o seu próprio ritmo para que sejamos empregnados pela emoção. Um óptimo prelúdio para um final épico desta saga que conquistou o coração de milhões de pessoas em todo o mundo.

O Facebook revolucionou o mundo virtual e por isso desde logo cresceu o interesse à volta do filme. Uma boa surpresa pois ultrapassa o mediatismo da rede social e cresce como um filme interessante.

Lisa Cholodenko conseguiu criar um maravilhoso retrato sobre a família moderna, um retrato que é brilhantemente interpretado por um elenco de luxo e que se destaca claramente dos restantes retratos familiares de Hollywood.

Demasiados filmes ficaram na agenda das distribuidoras para chegar às salas de cinema nacionais no passado mês de Novembro. Assim sendo, não tive a oportunidade de visionar obras como "The Kids Are All Right" ou "The American". Ainda assim, tive a oportunidade de assistir a uma obra que, na minha opinião, mais do que merece estar presente nesta eleição mensal. Estou a falar de "Devil", o mais recente pesadelo saído da mente genial de M. Night Shyamalan. Esta foi, sem dúvida, uma das surpresas mais agradáveis do ano. Tenso, bem filmado e com uma narrativa que nos prende a atenção e nos põe em dúvida até ao fim, "Devil" é um daqueles filmes que não recebe grande atenção por parte dos media, mas que vale muito a pena ver numa sala de cinema às escuras e a abarrotar de gente. A comprovação de que os talentos de Shyamalan permanecem intactos, continuando ele a ser um dos melhores contadores de histórias da Sétima Arte contemporânea.
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