Álvaro Martins – The Wrestler
Aronofsky traz-nos uma portentosa obra sobre o Wrestling amador, a solidão, a decadência de um indivíduo, o companheirismo entre os lutadores, a procura de relacionamentos estáveis e sociavelmente sadios por parte de um indivíduo que é aqui magistralmente interpretado por Mickey Rourke. Grande realização de um realizador que vem se afirmando cada vez mais como um dos mais promissores e talentosos cineastas actuais. Grande fotografia, interpretações, música…Grande filme
Ana Pires - Slumdog Millionaire
Confesso que estava bastante céptica em relação a este filme... quando se ganha assim tantos prémios, começo a achar que é um fenómeno de massas e apetece-me desvalorizar e encontrar defeitos. Se calhar num ano diferente com um Scorsese ou um filme épico pelo meio, não teria levado tantos Óscares, mas a verdade é que “Slumdog Millionaire” é um filme completíssimo. Tem uma história riquíssima, que contempla romance, suspense, policial, História, retrato da realidade actual da Índia, contada em várias linhas narrativas que se entrelaçam com uma perfeição sublime, um encaixe sempre adequado à máxima fluidez da acção. A montagem é extraordinária e a realização fora-de-série, simultaneamente subtil, eficaz, sensível e única. De qualquer forma, menção honrosa para “The Wrestler” brutalmente intenso e “Coraline”, um revisitar delicioso da Cidade do Halloween!
Bruno Pereira - Slumdog Millionaire
Foi o vencedor dos Óscares e demonstrou todos os argumentos para isso. Mesmo que peque em um ou outro aspecto no seu todo trata-se de um produto maravilhoso. Porém não deixar de realçar que este mês teve excelentes filmes.
JT – The Wrestler
Como seguidor assíduo da modalidade, só poderia escolher “The Wrestler” como o filme deste mês. É claro que “Slumdog Millionaire” foi a grande estreia do mês, ou não tivesse conquistado 8 Óscares da Academia mas neste caso concreto, tenho que premiar um filme que apostou numa história inovadora sobre um tema interessante e sobre uma modalidade tida como secundária mas que cresce a olhos vistos na Europa. Dentro de “The Wrestler” temos a grande performance de Mickey Rourke e a magnifica música original de Bruce Springsteen que surpreendentemente não conseguiu a nomeação para o Óscar. Foi um mês repleto de excelentes filmes mas na minha opinião, “The Wrestler” aplicou-lhes a todos uma valente pinfall para conquistar uma merecida vitória.
Liliana Pereira – Coraline
A lógica comandaria a escolha de “Slumdog Millionaire” mas “Coraline” diz-me muito mais que um filme romântico sobre as diferenças culturais e sociais indianas. “Coraline” é uma fantástica história de animação que vem oferecer uma concorrência diferente mas igualmente valorosa à Pixar. Esta obra oferece-nos um conto um pouco negro mas incrivelmente simples que através de uma grande originalidade criativa e visual consegue deslumbrar os espectadores de todas as idades. Após anos de ausência, Henry Selick volta a surpeender o mundo.
Paulo Silva - Slumdog Millionaire
O meu filme do mês é sem dúvida “Slumdog Millionaire” (Quem Quer Ser Bilionário?). Por todas as razões e mais uma. A história é simples. Começamos com Jamal Malik em pleno "Quem quer ser milionário" a uma pergunta do prémio máximo. Como chegou ele a este nível tão avançado no jogo, sendo um menino pobre sem qualquer instrução? Responder a esta questão agora seria desvendar o que torna este filme especial. O fenómeno de popularidade que se gerou em torno desta história explica-se pela síntese que consegue entre um enredo que cria forte empatia com o público e a qualidade e excelência cinematográficas, em todos os aspectos, desde as interpretações à realização partilhada entre Danny Boyle e Loveleen Tandeen, passando pelo argumento que Simon Beaufoy adaptou brilhantemente da obra de Vikas Swarup ou a montagem de Chris Dickens, a quem o filme deve o seu pulsar...Isto para citar apenas alguns exemplos. A empatia com as personagens é quase imediata, sem nunca haver recurso ao facilitismo dos clichés óbvios e com o cuidado de manter coerência no decorrer da acção. Sem nunca conseguir nem pretender ser um filme cheio de "twists" ou acontecimentos surpreendentes, apela abertamente à emoção e foca temáticas tão caras ao cinema como o Destino, a inocência da infância ou a eterna luta entre o Bem/o Amor e o Mal/Ódio. A escolha da Academia foi apenas o corolário de um ano de sonho para Boyle, que viu a sua obra amplamente celebrada e premiada em praticamente todos os festivais por onde passou. Um filme a ver, perfeito para o grande ecrã e para quem gosta do melhor que o cinema tem para dar.
Rui Madureira – The Wrestler
O poster deste filme diz: "Assistam à ressurreição de Mickey Rourke!". E de facto, é a isso mesmo que assistimos. Rourke oferece-nos uma interpretação fenomenal de um homem atingido pela dor da crise de meia-idade, que quando dá por si está só e não tem ninguém para amar. Um filme brutal mas também terno e muito comovente, com uma brilhante realização de Darren Aronofsky a mostrar o lado mais cruel deste mundo. Merecia mais na recente cerimónia dos Óscares.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
0 comentários :
Postar um comentário