domingo, 7 de dezembro de 2008

"The Lord of the Awards"


Antes de Peter Jackson decidir “pegar” nos complexos livros de J. R. R. Tolkien, dizia-se que uma eventual adaptação de “The Lord of the Rings” ao cinema seria impossível. Fosse pela complexidade da obra, ou pelo facto de ser uma história muito extensa, ou mesmo pelo facto da narrativa conter demasiados elementos fantásticos, ninguém acreditava que “The Lord of the Rings” pudesse ser adaptado para a linguagem cinematográfica com sucesso. Pois bem, Peter Jackson entrou em cena, gritou Action! e provou que todos os pessimistas estavam errados.
Peter Jackson admitiu por várias vezes que sempre tivera o sonho de adaptar “The Lord of the Rings” para o cinema. O amor e o respeito pela obra colossal de Tolkien estão bem patentes em cada frame das películas dos 3 filmes, tendo Jackson conseguido não apenas adaptar a obra ao cinema, mas também fazê-lo com a dignidade e a qualidade que tal obra merecia. A trilogia de Peter Jackson entrou para a História da Sétima Arte e aos poucos conseguiu captar a atenção de miúdos e graúdos com a fantasia, a magia, a espectacularidade e a qualidade dramática da sua narrativa. “The Lord of the Rings” tornou-se no primeiro grande épico cinematográfico do século XXI e trouxe o devido respeito ao género do fantástico, tantas vezes desprezado e maltratado com obras como “Conan e os Bárbaros” ou “Dungeons and Dragons”. Nos anos posteriores ao sucesso da trilogia de Peter Jackson foi notório o crescimento do investimento neste tipo de filmes. Filmes como “The Golden Compass”, “The Chronicles of Narnia” ou “Eragon” depressa surgiram (também eles adaptados de obras literárias), mas estão a anos-luz da qualidade de “The Lord of the Rings”. Algo que torna a trilogia de Peter Jackson e Tolkien muito, muito especial.
Se quisermos ser mais racionalistas e analisar a trilogia através dos prémios alcançados, verificamos que a qualidade evidenciada nos filmes se reflecte nos inúmeros prémios internacionais obtidos. “The Lord of the Rings” afirma-se como um verdadeiro “papa-prémios”, algo que demonstra a grandeza e magnificência desta obra. Juntando os 3 filmes (analisando a trilogia, portanto), verificamos que “The Lord of the Rings” venceu 247 prémios internacionais, tendo obtido ainda 227 nomeações em que não venceu. Analisando os 3 filmes separadamente, verificamos que “The Fellowship of the Ring” venceu 76 prémios internacionais e obteve outras 83 nomeações. O primeiro filme da saga venceu 4 Oscar (Melhor Fotografia, Efeitos Especiais, Caracterização e Banda-Sonora) e esteve nomeado para 4 Golden Globes (Melhor Filme de Drama, Realizador, Banda-Sonora e Canção Original).
“The Two Towers” peca pelo facto de não ter um verdadeiro início nem fim, pelo que foi um pouco mais discreto: 65 prémios internacionais e outras 76 nomeações, tendo arrecadado 2 Oscar (Melhor Montagem de Som e Efeitos Especiais) e 2 nomeações para os Golden Globes (Melhor Filme de Drama e Realizador). “The Return of the King” correspondeu às expectativas e afirmou-se como um verdadeiro colosso: 106 prémios internacionais e 68 outras nomeações, tendo vencido 11 Oscar da Academia (Melhor Filme, Realizador, Argumento Adaptado, Som, Direcção Artística, Guarda-Roupa, Montagem, Caracterização, Banda-Sonora, Canção Original e Efeitos Especiais) e 4 Golden Globes (Melhor Filme de Drama, Realizador, Banda-Sonora e Canção Original). Números verdadeiramente impressionantes que suportam a ideia de que “The Lord of the Rings” foi, é e sempre será um marco da História do cinema.

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